A Influenza H3N2, a cepa Darwin, é um subtipo de influenzavirus A como o H1N1 e apresenta sintomas semelhantes ao da gripe comum. Atualmente, os números de casos da H3N2 estão crescendo no Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
Embora o vírus circule no país durante todo o ano, sua manifestação clínica costuma ocorrer no outono e inverno. No entanto, este ano o patógeno está com alta transmissibilidade também no verão. Em entrevista à Sanar, o infectologista Dr. Álvaro Furtado indica que o fenômeno incomum pode estar relacionado à baixa cobertura vacinal contra a gripe e a flexibilização das medidas preventivas contra a covid-19.
“As campanhas foram centralizadas para a vacinação contra a Covid-19. Tivemos as campanhas de influenza, mas a adesão à vacina da gripe foi pequena. Quando há uma baixa adesão, também há um nível mais baixo de proteção”, explica o médico.
Outro ponto importante é a propagação da variante Ômicron do novo coronavírus, o que pode gerar dúvidas e pânico nos pacientes. De acordo com o Instituto Butantan, a variante descoberta pela cientista Raquel Viana na África do Sul, tem como sintomas mais comuns:
- Cansaço extremo
- Dores pelo corpo
- Dor de cabeça
- Dor de garganta
No caso da Influenza H3N2, os sintomas mais comuns são:
- Dor de cabeça
- Febre
- Congestão nasal
Criança com sintomas gripais. (Foto: Reprodução/Pixabay).
Tal como uma gripe comum, detectar a cepa Darwin inclui a realização de exames laboratoriais. Em casos sintomáticos que incluem o contato com uma pessoa gripada, é necessário ir ao médico e fazer testes para definir se a condição é influenza ou coronavírus. Em alguns casos, a pessoa só está gripada, mas entra em pânico pelo receio de se tratar do novo coronavírus.
Para prevenir as doenças, é importante tomar a vacina contra a gripe (distribuída gratuitamente pelo governo), sendo essencial aos idosos e crianças. Ainda, utilizar máscaras e manter o distanciamento social diminui de forma considerável o contágio pelo coronavírus e a influenza. Lembre-se também de não permanecer em locais fechados por muito tempo e evitar o contato com olhos e boca antes de lavar as mãos. A higienização das mãos pode ser feita com água e sabão ou álcool 70%.
Foto Destaque: Coronavírus no mundo. Foto: Reprodução/Pixabay.