A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou atrás em sua decisão de recolhimento e interdição de lotes de diversos fabricantes de losartana, medicamento utilizado para o tratamento de pressão alta.
Losartana. (Foto: Reprodução/G1)
Segundo o site “G1”, tal decisão foi tomada em junho depois que foi detectado “azido”, um tipo de impureza, até então presente em níveis maiores do que o apropriado. O surgimento da substância ocorre durante o processo de fabricação do insumo farmacêutica e, a princípio, foi considerada um “mutagênico em potencial”, ou seja, um provável responsável por alterações que podem causar malefícios para as células humanas. Perante novos estudos, essa impureza foi reclassificada para “não mutagênica”.
A própria Anvisa afirma que a reversão da medida foi ocasionada pelo recebimento, na quinta-feira (7), de novos dados científicos solicitados à agência reguladora europeia, European Medicines Agency (EMA). Em comunicado, a Anvisa traz: “As evidências demonstraram, a partir de novos testes realizados, que a impureza ‘azido’ não possui a toxicidade inicialmente identificada. Assim, com os novos dados apresentados, os limites de segurança foram recalculados, indicando que os lotes do medicamento que foram recolhidos ou interditados não ultrapassam os limites de segurança”.
Medicamentos. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
De acordo com informações da “Folha de S. Paulo”, a resolução da Anvisa vai ser publicada nesta quarta-feira (13) no Diário Oficial da União, confirmando a revogação da antiga decisão.
Em nota, a agência disse: “A toxicologia, como as demais áreas do conhecimento científico, está em constante e rápido aprimoramento. Assim, a agência permanece atenta aos avanços científicos, e mantém o compromisso com a promoção e a proteção da saúde da população brasileira, sempre pautada no risco sanitário e fundamentada nos dados científicos disponíveis". A mesma complementa reafirmando que os medicamentos com losartana em sua composição são seguros e os pacientes que o utilizam devem continuar o uso normalmente.
Foto Destaque: Medicamento losartana. Reprodução/Ac24Horas.