Prisão de Bolsonaro reacende pressão de aliados por anistia

Neste sábado (22) aconteceu a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o que provocou uma nova movimentação entre setores da oposição, que passaram a intensificar as articulações para reabrir o debate sobre o Projeto da Dosimetria.

A iniciativa, que modifica critérios de cálculo das penas, vinha sendo considerada como uma saída alternativa diante da dificuldade de avançar com a proposta de anistia aos participantes dos atos considerados golpistas.

Movimento do PL cresce no Congresso

Nesta segunda-feira (24) após a reunião, os parlamentares do PL, declararam que planejam reforçar sua mobilização para tentar aprovar o projeto ainda em 2025. A movimentação avança mesmo diante das declarações de aliados que, em público, continuam sustentando que a pauta central do partido permanece sendo a anistia.

Esse movimento revela uma estratégia dupla, enquanto a legenda mantém o discurso oficial em torno da anistia, nos bastidores cresce a pressão para acelerar a tramitação de propostas alternativas, vistas como instrumentos capazes de oferecer algum alívio político e jurídico aos envolvidos nos episódios contestados.

Parlamentares avaliam que a prisão preventiva — motivada por risco de fuga, violação da tornozeleira e tentativa de mobilizar apoiadores contra medidas cautelares — abriu um novo cenário político na oposição.

A postura indica que o partido busca equilibrar narrativa e ação prática, tentando preservar apoio de sua base sem abrir mão de soluções imediatas no Congresso.

Flávio Bolsonaro destaca anistia

O filho de Jair Bolsonaro e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que a oposição não pretende recorrer a manobras de obstrução,  que são instrumentos regimentais usados para retardar deliberações, e destacou o interesse em ver o Projeto da Dosimetria avançar no plenário. Apesar disso, enfatizou que a prioridade política da bancada segue sendo a anistia.


Senador Flavio Bolsonaro (PL)  (Foto: reprodução/Sergio Lima/Getty images)


O senador afirmou às 17h47 que a prioridade da oposição continua sendo a anistia, ressaltando que esse tema deve ganhar força novamente em 2026. Flávio destacou que a bancada sempre deixou claro quais tipos de acordos não aceitariam, reforçando que o compromisso político não está voltado para a dosimetria, mas sim para a anistia.

Integrantes da oposição afirmam que o uso da tornozeleira era secundário. Mesmo com laudo médico comprovando os remédios tomados por Bolsonaro, Alexandre de Moraes teria ignorado as evidências científicas, adotando postura considerada negacionista.

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