Moraes concede saída de Bolsonaro da prisão domiciliar para realização de exames

Advogados pediram a liberação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele possa se submeter a exames após episódios de refluxo e soluço

12 ago, 2025
Jair Bolsonaro | Reprodução/X/@g1
Jair Bolsonaro | Reprodução/X/@g1

Nesta terça-feira (12), os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informaram ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o mesmo necessita passar por avaliação médica após apresentar sintomas de soluços refratários e refluxo.

Foi pedida uma autorização ao ministro Alexandre de Moraes para que Bolsonaro posso deixar a prisão domiciliar no próximo sábado (16) para se submeter aos exames. A duração dos procedimentos deverá ser de 6h às 8h.

Moraes autorizou a saída do ex-presidente para que os exames, que serão realizados em um hospital particular em brasília, sejam realizados.

A defesa de Jair Bolsonaro deverá apresentar um atestado médico que comprove a realização de tais exames em até 48 horas após os procedimentos.

Os exames

Segundo a avaliação da equipe médica que acompanha o ex-presidente, os exames indicados para a investigação do caso são: coleta de sangue e urina, endoscopia e uma tomografia.

A defesa de Bolsonaro alega que a solicitação para o cumprimento dos exames faz parte do tratamento medicamentoso a qual o ex-presidente está fazendo, sendo assim necessária a reavaliação dos sintomas apresentados, além da verificação da condição geral de saúde atual do mesmo.


Defesa pede saída de Bolsonaro para exames (Vídeo: reprodução/YouTube/@g1globo)

Já a duração dos exames poderá depender da necessidade de indicação de diagnósticos complementares ou medidas terapêuticas adicionais, disseram os advogados.

Prisão domiciliar

Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. A decisão foi decretada pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes, após o ex-presidente descumprir as restrições já impostas anteriormente pelo Supremo.

A determinação da prisão domiciliar foi concedida após Bolsonaro utilizar as redes sociais de seus aliados, incluindo as de seus três filhos, para emitir mensagens em que o conteúdo era voltado para incentivar e instigar ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal, além de evidenciar o apoio à intervenção do governo dos Estados Unidos no poder judiciário do Brasil.

Para Alexandre de Moraes, a movimentação de Jair Bolsonaro, mesmo não utilizando diretamente seus perfis pessoais nas redes sociais, apresentou uma maneira de intencional a forma de tentar fraudar as restrições previamente impostas.

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