Discurso de ódio e desinformação disseminados no Facebook têm mais alcance no Brasil

Brasil é relacionado entre os países com maior alcance na propagação de conteúdos tóxicos no Facebook, sendo citado entre os que devem ter prioridade em monitoramento.

06 nov, 2021

De acordo com documentos vazados ao consórcio jornalístico Facebook Papers, conteúdos tóxicos como discurso de ódio, desinformação, violência explícita e desencorajamento cívico possuem maior alcance no Brasil.

Estudos e relatórios foram vazados do Facebook, pelo Frances Haugen, ex-funcionário da empresa de Marck Zuckerberg. Parte destes documentos apontam que o Brasil é classificado como um “país de risco”, em relação a esses conteúdos, em companhia de Índia, Egito, Turquia e Filipinas.


A rede social Facebook tem documentos vazados por ex-funcionário. (Foto: Solen Feyissa/Unsplash)


Em 2020, a rede social questionou a forma como os usuários se sentiam ao serem convidados para participar de grupos onde conteúdos tóxicos são divulgados. De acordo com o estudo, nos países classificados como “países de risco”, esse tipo de informação causa maior impacto.

O Facebook realizou outro estudo, entre os meses de março e abril de 2020, com o objetivo de identificar experiências negativas dos usuários do Brasil, Colômbia, Índia, Indonésia, Japão, Estados Unidos e Reino Unido.

Além de analisar experiências dos usuários, o estudo aponta os conteúdos publicados que violam as regras do serviços. Questionamentos sobre outras redes sociais como Twitter e Snapchat também foram abordados.

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Na pesquisa elaborada, 17 categorias foram examinas, entre elas destacamos conteúdo cívico inflamatório, inautenticidade cívica, conteúdo falso ou enganoso, bullying, violência explícita, discurso de ódio, nudez terrorismo e exposição infantil indevida.

De acordo com a pesquisa, o Brasil é o país que possui o maior alcance em relação ao conteúdo considerado com “de baixa qualidade”, sendo o 2º pior colocado em discurso cívico inflamatório.

Em outro documento vazado, é divulgado uma lista de países que deveriam ter prioridade em monitoramento sendo o Brasil um deles.

“Bilhões de pessoas no mundo, inclusive no Brasil, usam nossos serviços porque veem utilidade neles e têm boas experiências. Já investimos US$ 13 bilhões em segurança globalmente desde 2016 –estamos a caminho de investir US$5 bilhões só neste ano”, declarou a rede social Facebook.  

 

Foto destaque: rede social Facebook. REUTERS/Dado Ruvic 

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