O cropped não faz sucesso apenas nos dias atuais. Isto porque, já na década dos anos 80 ele fazia muito sucesso entre os homens que praticavam esportes e desejavam mostrar ‘’aquele tanquinho’’.
No entanto, já nos anos 90, começando a fazer sucesso na comunidade LGBTQIAP+, o cropped passou a cair em desuso por parte dos homens héteros, que inclusive deixaram de usá-lo justamente por essa questão de querer manter a sua ‘’masculinidade’’.
Em pleno século 21 o preconceito ainda está presente. Porém, o que não há como negar é que existem muitas celebridades adeptas a peça. Artistas como Vitão e Gabriel Santana são um deles.
Vitão e Gabriel Santana. Reprodução/Instagram @vitao e @gbielsantana
Gabriel Santana, inclusive, tanto dentro como fora do reality, sofreu muitas críticas, levantando assim a questão do homem ‘’poder ou não’’ utilizar cropped.
Além dele, também temos o caso do Fiuk, que participou da edição do BBB 21. No reality, o artista adorava utilizar seus vestidos e saias. Porém, justamente por ser o único homem a não ter tido vergonha de apresentar seu próprio estilo - e com muita personalidade -, Fiuk foi duramente criticado.
Fiuk utilizando uma saia. Reprodução/Instagram @fiuk
Fiuk no BBB21. Reprodução/ No Amazonas é assim
Todas essas questões vêm sendo muito discutidas também dentro da moda agênero, que consiste justamente na não distinção de roupas que podem ser utilizadas ou não tanto por homens como por mulheres.
Existe uma discussão de que o futuro da moda também possa ser agênero, visto que cada vez mais homens são vistos utilizando peças como vestidos, saias e os próprios croppeds, que, na visão de algumas pessoas, saem do ‘’padrão’’.
Criador de conteúdo Isaiah Xavier. Reprodução/Instagram @isaiahxavier
Segundo a modelo Thayna Soares, apesar de não terem determinado exatamente como ‘’moda agênero’’, marcas como a da Zara e também C&A já deram um passo dentro dessa desconstrução: ‘’Muitas ainda se atentaram mais ao unissex, que é uma roupa que veste homens e mulheres e não uma roupa sem determinação.’’ , disse.
Além disso, Thayna afirma que por mais que tímidas, essas iniciativas são completamente válidas, a partir do momento que elas permitem esse espaço para pensar como a moda será no futuro.
Thayna Soares. Reprodução/Instagram @thaynasoare_)
Voltando ao assunto, a discriminação vem muito do conceito de masculinidade tóxica e machismo que percorrem a sociedade.
Entretanto, vale a pena ressaltar que a moda é para todas as pessoas e que não há uma regra. O vestir ou não uma peça de roupa é uma situação completamente pessoal, e tem como base apenas o gosto da pessoa e se ela se sente confortável ou não.
Aliás, é válido dizer que por mais que não haja um ‘’concordar’’, o respeito pode e deve prevalecer, uma vez que somos livres para vestirmos a roupa que quisermos, de acordo com o nosso livre arbítrio.
Foto destaque: Vitão e Gabriel Santana. Reprodução/ Instagram @vitao e @gbielsantana
