Moda

Argentino Adrian Appiolaza é o novo diretor criativo da Moschino

Reconhecido por sua ampla bagagem no mundo da moda, o designer argentino, Adrian Appiolaza, de 51 anos, é nomeado como novo diretor criativo da Moschino

30 Jan 2024 - 09h58 | Atualizado em 30 Jan 2024 - 09h58
Argentino Adrian Appiolaza é o novo diretor criativo da Moschino Lorena Bueri

Nesta terça-feira (30), a Moschino contempla o designer argentino Adrian Appiolaza como seu novo diretor criativo.

Appiolaza mudou-se recentemente de Paris para Milão, com o objetivo de aprimorar a primeira coleção exposta sob sua assinatura no final de janeiro. Sua nomeação o posiciona como sucessor de Davide Renne, estilista italiano que faleceu no mês de novembro, quando fazia 10 dias de nomeação pela marca.

Adrian é reconhecido pela sua bagagem

Segundo o presidente executivo do Aeffe Group, Massimo Ferretti, Adrian é portador de uma riqueza singular de experiência, conhecimento e criatividade da história da moda, o que será essencial para escrever um novo capítulo repleto de boas expectativas, na aventura da marca fundada por Franco Moschino.

Appiolaza, por sua vez, comunica: "Estou profundamente grato a Massimo Ferretti por me permitir acessar o mundo de Moschino, bem como entrar em uma casa cujas paredes exalam uma história que estou ansioso para ouvir. Estou pronto para transportar a maison para um novo capítulo, com um toque teatral, no puro estilo de Moschino."


Moschino tem Adrian Appiolaza como novo diretor (Foto: reprodução/Tag 24)


O profissional é mencionado há um bom tempo, para atuar frente a uma marca, devido ao seu conhecimento amplo e destacado abaixo de descks criativos. Recentemente, atuou na aclamada Loewe, apresentando trabalhos no período de 10 anos como design prêt-à-porter.

Anteriormente, trabalhou por dois anos na Clare Waight Keller, durante um subestimado período passado na Chloé, seguida de dois anos com a Marc Jobs na Louis Vuitton, além de quatro anos com a estilista Miuccia Prada na Miu Miu, em uma parceria no ano de 2006.

Em um comunicado, o designer afirmou que foi Phoebe Philo que mudou o curso de sua carreira.

Ao trabalhar como designer júnior para a Alexander McQueen e Miguel Adrover durante a virada do milênio, Appialoza esteve matriculado na Universidade Central Saint Martins. "Ela viu a coleção com a qual me formei e me convidou para me juntar a ela na Chloé em 2002", afirmou.

Em 2005, Phoebe estava em licença maternidade, e Appiolaza compunha uma equipe de design e teria feito uma participação honrosa, logo depois da coleção de outono do ano ter sido exposta. Adrian retotnou um ano após a saída de Phoebe e pouco antes de iniciar seu trabalho na Miu Miu.

Outros nomes do design foram inspiração

Nascido em 1972, Adrian fala sobre sua infância e adolescência vivenciadas em boa parte, em torno da alfaiataria da avó. No entanto, foi a obsessão pela música, e não pela moda, que teria o incentivado a sair de casa em mudança para o Reino Unido.

"Durante os anos em que a cena musical em Manchester estava prosperando, isso me levou a imaginar outro universo, aparentemente distante, onde eu pudesse me expressar como nunca antes”, afirmou.

Para além da grande carreira que vem construindo com sucesso no design de moda, Adrian Appiolaza também coleciona e se inspira no trabalho de outros designers. Comme des Garçons foi sua primeira obsessão, em seu arquivo também são encontratas peças iniciais que são consideradas raridades, entre elas, Yohji Yamamoto, Jean Paul Gaultier, Martin Margiela, Vivienne Westwood e Issey Miyake.

"Franco Moschino sempre esteve entre eles. Ter acesso hoje a essas memórias; caminhando por esses corredores transbordando de história apenas esperando para ser ouvida; tocar em roupas que eu só tinha visto em revistas foi inestimável e servirá de bússola na jornada que acabei de começar”, comunicou com entusiasmo, o novo diretor da marca.

22 de fevereiro contará com o primeiro registro dessa trajetória. Appiolaza carrega consigo o desafio oposto aos seus empregadores bem sucedidos que o antecederam, afinal o Aeffe de menor recursos, quando comparado aos grupos  LVMH e no Richemont Group, o que exige maior esforço para que se mantenha de forma notória. Adrian é, sem dúvidas, um designer repleto de potencial, voltado para a transformação e inovação por meio de sua arte, o que pode tornar mais ameno o desafio de compor a frente de um grupo de menores recursos.

Foto destaque: Adrian Appiolaza (Reprodução/Harpers Bazaar/Daria Svertilova/Moschino)

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