Louis Vuitton revisita seu arquivo artístico em “Carré D’Artiste”

A Louis Vuitton relança a cápsula “Carré D’Artiste”, revisitando clássicos dos anos 1980 com arte, memória e savoir-faire em lenços de seda colecionáveis

16 nov, 2025
Peças da coleção-capsula "Carré D'artiste" da Louis Vuitton | Reprodução/Instagram/@nfwmagazine
Peças da coleção-capsula "Carré D'artiste" da Louis Vuitton | Reprodução/Instagram/@nfwmagazine

A Louis Vuitton abre a temporada com uma cápsula que combina memória, arte e técnica. Batizada de “Carré D’Artiste”, a coleção retoma uma seleção rara de estampas criadas no fim dos anos 1980 para o projeto Road to Silk, reposicionando peças históricas com uma leitura atual. Mais do que um relançamento, a Maison apresenta um exercício de preservação estética: cada carré é uma peça de arquivo traduzida para o presente, mantendo o rigor artesanal da seda, as camadas de serigrafia e o acabamento manual que reforça o caráter colecionável da linha.

A proposta celebra artistas que marcaram a história da arte e do design, mostrando como o diálogo entre moda e criação segue vivo dentro do universo Vuitton. A edição chega ao Brasil em tiragem limitada, reforçando o valor afetivo e estético desses lenços; objetos que transitam entre acessório, obra e memória.

Um retorno vibrante aos ícones dos anos 1980

Na cápsula, Sol LeWitt reaparece com força gráfica em Ressac, Arc en Ciel e La Terre est Ronde. Seus desenhos geométricos, originalmente concebidos para os carrés de 90 centímetros, voltam com cores que parecem pulsar sobre a seda, acompanhados também de um bandeau que revisita Ressac em escala menor.

A coleção inclui ainda Chemin Faisant, de Andrée Putman, nome fundamental do design francês, que aqui reafirma seu olhar minimalista em preto e branco; e Impressions Mêlées, do escultor César, criado em 1991, trazendo sua pesquisa com materiais pouco convencionais para o delicado suporte têxtil.


Algumas peças da coleção (Foto: reprodução/Instagram/@nfwmagazine)


Outro destaque é Printemps, de Jean Pierre Raynaud, um estudo visual que explora repetição e ordem a partir de elementos do cotidiano — algo que se desdobra com naturalidade na superfície do carré. Fechando a seleção, Le Temps d’un Voyage, da arquiteta Gae Aulenti, dialoga com o relógio LV II de 1988, peça que voltou recentemente às passarelas no desfile Louis Vuitton Women’s Fall-Winter 2025.

Savoir-faire, memória e desejo

Mesmo revisitadas, as peças carregam uma aura contemporânea: cores mais vivas, impressão precisa e acabamento meticuloso, feito com técnicas mantidas pela Maison ao longo das décadas. O resultado é uma coleção que ultrapassa tendências — são lenços pensados para quem valoriza história, estética e permanência.

A cápsula “Carré D’Artiste” já está disponível nas lojas Louis Vuitton no Brasil.

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