Segundo o “Corriere della Sera”, polêmicas de Christian Horner pesam contra, e Ferrari ainda não iniciou negociações para renovar com Vasseur
A saída de Christian Horner do cargo de chefe de equipe da RBR, após duas décadas no comando da escuderia austríaca, abriu caminho para novas possibilidades em sua carreira. No entanto, embora a Ferrari ainda não tenha definido quem liderará a equipe em 2026, o britânico não deve ser uma opção em Maranello, conforme revelou o jornal italiano “Corriere della Sera”.
Coluna aponta motivos para saída de Horner da RBR
A coluna destaca diversos motivos que teriam levado a RBR a encerrar a parceria com Christian Horner. Entre eles estão o salário elevado do britânico, a controversa renovação de contrato com Sergio Pérez para a temporada de 2024 — seguida de sua saída ao final do ano — e também a promoção de Liam Lawson, que teria gerado desconforto interno na equipe.
No entanto, segundo o jornal, fatores extra circuito dificultariam a chegada do britânico a Maranello. Embora tenha sido sondado em 2022, logo após a saída de Mattia Binotto, a Ferrari optou por contratar Frederic Vasseur, que à época comandava a Alfa Romeo, hoje Sauber.
Christian Horner no GP do Japão 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@christianhorner)
Crise e escândalos marcaram reta final de Horner na RBR
Nos meses finais de sua passagem pela RBR, Christian Horner enfrentou turbulências dentro e fora das pistas. Ele foi alvo de uma acusação de conduta imprópria e teve desentendimentos com pessoas próximas a Max Verstappen. Apesar de ter sido inocentado pela investigação interna conduzida pela Red Bull em fevereiro de 2024, o episódio continuou gerando repercussão, sendo questionado por rivais como McLaren e Mercedes.
O caso também intensificou a disputa interna por poder entre Christian Horner e o consultor Helmut Marko, que contava com o apoio de Jos Verstappen, pai de Max, em sua tentativa de ganhar mais influência dentro da RBR.
Jos chegou a pedir publicamente a saída imediata de Horner após o escândalo que abalou os bastidores da equipe no início do ano passado. Max Verstappen, por sua vez, saiu em defesa do pai e de Marko, chegando a indicar que poderia deixar a Red Bull caso o consultor austríaco fosse desligado da equipe.
Max Verstappen e Christian Horner, após o holandês conquistar o tricampeonato de Fórmula 1 (Foto: reprodução/ Mark Thompson/ Getty Images Embed)
É importante destacar que o contrato de Vasseur com a Ferrari vence no final deste ano, e até o momento a equipe não avançou nas negociações para renovar com o francês. Esse cenário gerou, em maio, especulações sobre possíveis conversas entre Maranello e Horner. No entanto, o ex-chefe da RBR negou qualquer aproximação.
“É sempre lisonjeiro ser associado a outras equipes, mas meu compromisso é 100% com a RBR. Sempre foi e será certamente a longo prazo. Meu italiano é pior do que o inglês de Flavio (Briatore, chefe interino da Alpine). Então, como isso funcionaria?”, disse Horner.
Além da Ferrari, a Alpine também ainda não confirmou quem será seu chefe de equipe para a temporada de 2026. Após a saída de Oliver Oakes em maio, a equipe nomeou o consultor executivo Flavio Briatore como chefe interino.