Felipe Melo questiona sobre mentalidade competitiva após classificação do Flamengo

Ex-jogador ironiza o Racing por desistir no fim do jogo contra o rubro-negro e reacende o debate sobre garra e mentalidade na competição sul-americana

30 out, 2025
O ex-jogador e hoje comentarista Felipe Melo | Reprodução/x/@sportv
O ex-jogador e hoje comentarista Felipe Melo | Reprodução/x/@sportv

A classificação do Flamengo para a final da Libertadores não terminou em campo. Depois do apito final, uma ironia de Felipe Melo ganhou as redes e levantou uma discussão antiga no futebol sul-americano: afinal, até onde vai à fome por vencer?

Durante um programa esportivo, o ex-volante, conhecido por sua franqueza e pela carreira marcada por intensidade, ironizou a atitude do Racing Club no final do jogo que selou a vaga rubro-negra. Segundo Melo, o time argentino, precisando de um gol para empatar, teria “desistido” ao cobrar um escanteio curto nos acréscimos. “É como se dissessem: ‘vamos bater curtinho pra acabar logo’. Falta de alma, irmão”, resumiu o ex-jogador, entre risos e incredulidade.

Entre o pragmatismo e a entrega

A fala provocou debate entre torcedores e analistas. Houve quem visse na ironia de Felipe apenas mais um comentário espirituoso. Outros, porém, enxergaram ali uma crítica mais profunda à mudança de mentalidade no futebol moderno, onde o controle e o medo de errar muitas vezes substituem a coragem e o improviso.

“Faltou o desespero do argentino”, disse um torcedor nas redes. “Nos anos 90, o goleiro do Racing estaria dentro da área, a bola seria jogada na confusão, e o juiz que se virasse pra acabar”, completou outro.

O episódio acabou servindo como contraste entre os estilos. Enquanto o Flamengo, mesmo com vantagem, manteve concentração e intensidade, o Racing demonstrou hesitação em um momento que exigia ousadia.

O recado de Felipe Melo

Mais do que uma provocação, o comentário de Felipe Melo é quase uma declaração de princípios, uma lembrança de que o futebol sul-americano, com toda sua emoção e imprevisibilidade, vive de quem não teme o caos.


Felipe Melo comenta sobre a semifinal da Libertadores (Foto: reprodução/x/@futebol_info)


O que vem pela frente

O Flamengo agora se prepara para a final, carregando não somente a confiança da torcida, mas também o peso simbólico de representar a garra e a intensidade que definem o torneio.
E enquanto os rubro-negros celebram, o Racing sai de cena com uma lição: às vezes, um escanteio curto pode simbolizar muito mais do que uma jogada, pode expor a diferença entre competir e somente participar.

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