O estresse entre os trabalhadores atingiu um nível mais elevado de todos os tempos e apenas um terço dos trabalhadores está “progredindo em seu bem-estar”. Com o estresse pós, pandemia e os ajustes que todos tivemos que fazer profissionalmente, não é surpresa que algo tenha que acontecer.
O brasileiro vive para trabalhar e trabalha para viver, o desejo de reduzir a marcha costuma vir com ambivalência e até mesmo de vergonha. Apesar de tantos profissionais terem passado por uma sensação de redução nos últimos anos, a narrativa de sucesso na vida corporativa possui apenas um argumento, trabalhar duro para ser promovido, ascender em seu posto de alguma forma.
Tentar se abster e tentar um ritmo menos frenético no trabalho e talvez assumir menos responsabilidades pode parecer prejudicial profissionalmente. Profissionais vêm expressando preocupações de que o downshifting, mesmo que por um ano ou dois, pode levá-los a se tornarem irrelevantes ou esquecidos. E emocionalmente, a ideia de recuar pode parecer uma deslealdade. Trabalhar tanto para construir o fluxo constante de referências e novos negócios para parar, apenas e descansar pode parecer impensável.
Ser ambicioso é que um desejo de conquistar algo, financeiramente, politicamente, subir de cargo no trabalho ou um estilo de vida especifico, querer crescer e ter ou ser mais. A ambição é um forte anseio de conseguir alguma coisa ou de fazer algo, com trabalho duro e determinação. No entanto, deve se ter cautela para não virar ganância, que nada mais é que o desejo egoísta e intenso por algo.
Ambição versus ritmo no trablaho (Foto: Reprodução/ Alena Darmel/ Pexels)
O número de empresas no país durante a pandemia, entre 2020 e 2022, cresceu 25,3%, em comparação com os três anos que antecederam a Covid-19, entre 2017 e 2019, a economia nunca esteve afável desta forma. Os dados do governo federal foram levantados e mostram que 94% dos novos negócios são de microempreendedores, impactados diretamente pelas condições impostas pela economia. Isso é ambição e muito trabalho árduo, que cresceu com a economia do país.
Todavia, não se engane, muito trabalho e pouco descanso pode destruir qualquer um, saúde não, é algo que podemos comprar com dinheiro. Uma redução e análise deve ser feita por você, fadiga demasiada não abre espaço para sonhar. É necessário ter coragem para sonhar, é natural que a consciência invada os pensamentos e acabe fazendo com que as pessoas parem de sonhar, levando-os a crer que são ideias nada práticas.
Entretanto, o ponto principal de um sonho é não ser prático, todo sonho que já foi transformado em realidade iniciou com uma ideia insana e impraticável. Com o relaxamento as ideias tendem a fluir e psicólogos afirmam que a redução no ritmo do trabalho pode ser e é benéfica à saúde.
Algumas dicas para ajudar a reduzir o ritmo, passe menos tempo no celular, crie menos metas para o seu dia-a-dia, acorde mais cedo, pratique algum esporte, faça das refeições um momento sagrado, sem TV e sem pressa, tente fazer uma coisa de cada vez. Procure relaxar, ler um livro, tirar um cochilo, meditação, passe mais tempo com a sua família. Segundo especialistas os vícios não ajudam a saúde e burnout pode ter solução.
Foto destaque: Reduzir o ritmo para um bom desempenho e qualidade de vida. Reprodução/ Gustavo Fring/ Pexels