As causas que levam as pessoas a criarem o próprio negócio são várias, mas as mais citadas em pesquisas são: independência, autorrealização e o próprio negócio. E os brasileiros têm se arriscado cada vez mais em negócios fora do país, buscando explorar o mercado internacional. Em levantamento feito pelo Ministério de Relações Exteriores, mostra que são mais de 20 mil aqueles que decidiram empreender no exterior.
E esse número de pessoas que deixaram o país para empreender fora está relacionado às burocracias nacionais como: câmbio da nossa moeda, altos impostos e taxas sobre as empresas e mercadorias, entre outros. No exterior existem algumas vantagens mais fáceis para se abrir uma empresa. Por exemplo: acesso mais fácil à boa matéria-prima, menos taxas e impostos menores, mão de obra e o mais importante é a força do euro, libra esterlina ou dólar. Além da qualidade de vida, como sendo um dos objetivos.
Entretanto, não é tudo tão fácil como pode parecer, é preciso entender o mecanismo e regras, que tendem a mudar bastante de um país para o outro, principalmente relacionado ao seu país de origem. É necessário adaptar-se à cultura, à alimentação, ao clima, o distanciamento da família, amigos e o principal que é o maior obstáculo para alguns, o idioma. É um dos primeiros estágios de qualquer passo a ser dado.
Existem muitos golpistas que se aproveitam de estrangeiros que não têm fluência no idioma. Os profissionais conhecidos e infelizmente alguns que são confiáveis cobram taxas muito altas e estão sempre no meio de grandes processos, perdendo a disponibilidade para atender um novo cliente. Por isso é preciso estar a par de cada parte do processo para não ficar em apuros e o idioma é um requisito necessário.
Mais de 3 milhões de brasileiros vivem no exterior, uma grande parcela em Portugal, Itália e nos Estados Unidos, o restante espalhado pelo mundo afora. Oportunidades de estudo está entre a maior procura fora do país assim como a busca por trabalho e ultimamente um terceiro foco tem se tornado mais procurado para quem deixa o Brasil: empreender.
Como abrir um negócio (Vídeo: Reprodução/ O Primo Rico/ YouTube)
“Tristemente um grande erro no nosso sistema de educação é não lecionar sobre empreendedorismo nas escolas. Muitas vezes o aluno não consegue exercer uma profissão com a sua formação escolar, pois não tem oportunidade ou capacidade para competir no mercado de trabalho. Se o empreender fosse ensinado, teríamos mais opções para um futuro promissor. Não somente empreendedorismo, mas economia que abrange vários assuntos”.
Alguns passos para começar e auxiliar seria: avalie se o produto ou serviços são adequados ao mercado do outro país; faça um estudo de viabilidade, para saber o valor a ser investido e o retorno previsto; entenda as questões legais de empreender no exterior; invista numa pesquisa de mercado; faça uma análise de pontos fortes e fracos, fraquezas e oportunidades do negócio (Swot); faça um plano de negócios descrevendo em detalhes (prazos, plano de marketing e venda, necessidades financeiras para chegar ao ponto de equilíbrio), faça um plano de negócios (Bussines Plan); faça um bom planejamento financeiro; busque por informações específicas e elabore um plano de imigração.
Existem vários países por onde começar, o relatório Doing Business, analisou e comparou as regulamentações aplicáveis às empresas e o seu cumprimento em 190 economias, revelando que a Nova Zelândia alcançou o topo do ranking entre os melhores países para abrir e construir um empreendimento.
Alguns tentam nos EUA, o que também pode ser plausível, o problema são os investimentos iniciais para se entrar no país. Portugal é vantajoso pelo idioma ser semelhante; a Dinamarca é um dos países mais empreendedores do mundo; a Romênia apresenta prosperidade comercial, graças à sua economia em expansão e por diante no ranking segue por Estônia, Suécia e Lituânia, como países propícios para se abrir um negócio.
A crise causada pela pandemia, impactou a economia no mundo todo, fazendo com que muitas pessoas desistissem do sonho de empreender no exterior. Especialistas de mercado afirmavam que o Brasil seria um dos últimos países no mundo a retomar a economia. O país, que já estava em crise antes da pandemia, sofreu impactos que ainda estão sendo sentidos. Mas isso mudou, e tivemos a melhor economia que o país já viu. Entrando em 2023 sem contas ou dividas externas, gastos, tudo no azul, além de mais de 5,5 milhões de empregos gerados.
Foto destaque: Migrando para outro país. Reprodução/ Spencer Davis/ Pexels