Se há algum tempo o imperativo de transformação era um ideal a ser atingido, atualmente, há a convicção da necessidade de seguir esse caminho como o principal vetor da evolução para o crescimento das organizações. A essência do desafio para que as organizações continuem relevantes reside em sua adaptação ao ambiente em transformação derivado do forte avanço tecnológico, mas seria a tecnologia a única causadora dessa transformação? Se por um lado, o principal vetor da transformação é a tecnologia, por outro, a essência das mudanças estão as pessoas.
O que muito ainda não se entende e algumas organizações custam perceber, é que a tecnologia é o meio para a transformação, e não a transformação em si. Para o êxito no processo de adaptação das organizações ao novo não está relacionado exclusivamente à tecnologia. “O sucesso está relacionado à maneira como as pessoas encaram essa nova perspectiva nas companhias e abraçam, ou não, essas transformações”, relata Sandro Magaldi, em seu livro ‘O novo Código da Cultura’.
Reunião empresarial (Foto:Destaque/Pinterest)
Para que uma organização e seus líderes caminhem para o futuro de maneira sustentável e promissora, não basta se ancorar em atitudes superficiais, cosméticas, colocadas em ação mais por estarem alinhadas com o que todos estão fazendo do que por estarem comprometidas com uma mudança substancial na forma de conduzir os negócios.
Uma organização, cuja cultura não está em linha com as novas demandas de mercado e que, como consequência, não obtém êxito em suas adaptações ao novo ambiente empresarial, sente os efeitos no bolso. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) realizou a 8ª Edição da Pesquisa ‘Impactos da Covid-19 nos pequenos negócios’. Conforme os estudos, empresários que desenvolveram práticas inovadoras nos negócios tiveram mais sucesso em seu nível de faturamento, já os pequenos negócios inovadores tiveram perda de 32% da receita. As empresas que não inovaram, tiveram uma perda ainda maior. O percentual chega à (39%).
Não basta a adoção de medidas frívolas que estão mais alinhadas ao contexto do marketing e à forma como a empresa deseja ser percebida pelo mercado, do que às convicções profundas do negócio. A adoção de uma cultura corporativa orientada e alinhada com as transformações de um mundo em ebulição é mandatória, esse é o fator imperativo para conduzir a organização a um novo patamar.
A consultoria McLinsey realizou uma pesquisa, onde revelou que 94% dos executivos seniores concordam que as pessoas e a cultura corporativa são os motores mais importantes para atingir a inovação.
“O futuro das organizações depende de decisões tomadas no presente. A transformação cultural é a principal decisão que um líder pode ter hoje para garantir seu amanhã”, trecho retirado do livro: ‘O novo código da Cultura’.
Foto Destaque: Aperto de mãos:Reprodução/Pinterest