A atriz e humorista Mônica Martelli, 55 anos, revelou ter sido estuprada na sua primeira relação sexual, mas que só se deu conta disso recentemente. Mônica comentou sobre o caso recentemente ao podcast Theorapia. Segundo a atriz, ela era apaixonada pelo rapaz e ficavam na época, no entanto, ela disse que não estava a fim de ter relação sexual com o rapaz, mas que naquela ocasião acabou "cedendo" à pressão.
O relato da artista
Mônica Martelli relatou como perdeu a virgindade, aos 14 anos, e que hoje em dia ela entende que foi vítima de estrupo naquela situação. “Para a nossa geração era normal. Eu era mega a fim do menino, um surfista, 'apaixonadinha', era um luau e a gente já ficava, aquela coisa de dar beijo. Aí a gente se afastou nesse luau e começou a rolar um amasso a mais, ele veio, eu falei 'não, não quero', ele forçou, a gente transou, só que para mim na época ele estava no papel dele de homem, de forçar, e eu no papel de não querer e cedi, ou então não cedi e foi forçado”, comentou ela no podcast Theorapia.
A atriz relata que na sua época de adolescência era super naturalizado o que ela chamou de “guerrinha corporal”, onde o menino tenta passar a mão em partes do corpo da mulher e estas ficavam tentando tirar a mão. Só anos mais tarde que a artista tomou consciência do que de fato aconteceu. Ela recorda que teve esse súbito entendimento quando estava fazendo uma participação no programa “Saia Justa”, no GNT. “Anos e anos depois, com essa tomada de consciência de que 'não é não', o que eu faço com o meu corpo é o que eu quero'. Na hora, estava sentada no 'Saia Justa', ali, virei e falei 'gente, fui estuprada, perdi minha virgindade em um estupro’”, contou ela.
Após o relato, Mônica comenta que esse tipo de masculinidade de antigamente já não é mais válido e que nos dias de hoje o homem atraente é aquele que a trata bem. “Quero homem que me trata bem, que seja delicado comigo, que divida comigo os meus desejos e minhas conquistas. Esse tipo de masculino não tem mais espaço hoje”, finaliza ela.
Mônica relata o occorido no podcast Theorapia, a partir do minuto 14:40 (Video: reprodução/Youtube/Téte a Theo)
Denuncie qualquer violência contra a mulher
Em caso de flagrante de violência sexual, o número para fazer a denúncia é o 190, a Polícia Militar é a melhor opção para denunciar. Não deixe de denunciar qualquer violência.
O número 180 também recebe denúncias, mas não de flagrantes, de violência doméstica, porém eles irão orientar e encaminhar a vítima para o melhor serviço de acolhimento.
As vítimas de violência sexual, para conseguir atendimento médico e piscicológico do sistema público de saúde, não precisam ter registrado nenhuma ocorrência, mas para fazer o exame de corpo delito é preciso ter em mãos o boletim de ocorência. Este exame serve para apontar provas do crime e podem ajudar a acusação durante o processo jurídico. Recomenda-se que ele seja feito o mais próximo da data do ocorrido para ter mais chances de se encontrar provas que possam ser usadas no processo.
Pela lei, as vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital para atendimento ginecológico e obstétrico para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e interromper a gestação legalmente. Mas, na prática nem todos os hospitais realizam esse tipo de atendimento, procure quais unidades realmente atendam às vítimas de estupro.
Foto Destaque: Mônica comenta sobre o caso de violência que sofreu (Reprodução/Notícias ao Minuto)