Ao lado de Pedro Scooby e outros colegas do surf, Lucas Chumbo se ofereceu para fazer trabalho voluntário em meio ao caos instaurado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Após uma semana desde que retornou ao Rio de Janeiro, o atleta resolveu abrir o coração à Revista Quem, nesta segunda-feira (20), e compartilhou alguns momentos de dificuldade e lembranças de cenários que ficarão guardados na memória.
Salvando vidas
Assim que Lucas Chumbo soube da tragédia que devastou as cidades do Sul no começo do mês, entrou em contato com o amigo Pedro Scooby e se mobilizou imediatamente. “Me juntei com o Scooby e nossas equipes para usar a nossa experiência com ondas gigantes para, dessa vez, salvar vidas”, conta. Os dois, acompanhados de outros colegas de profissão, saíram do Rio de Janeiro para atuar na linha de frente das operações de resgates.
Momento em que Chumbo e Scooby chegam ao Sul (Vídeo: reprodução/Instagram/@pedroscooby)
Quando chegaram em Eldorado do Sul, um dos locais mais afetados pelas chuvas, não levou muito tempo até se depararem com casas ilhadas e água para todo o lado. Para facilitar o deslocamento nas cheias, precisaram utilizar equipamentos aquáticos como jet skis. “Foi uma das experiências mais sinistras que eu já vivi na minha vida, uma das coisas mais tristes que eu já vi. Já vivi uma enchente no Taiti, mas nunca parecido com o que eu vi aqui”, relembra.
Por fim, Chumbo presenciou de perto momentos de tensão que exigiam enorme cuidado da equipe, incluindo o salvamento de um bebê de colo. "Foi uma tristeza gigantesca ver um desastre desse tamanho, mas cada família, cada vida que eu e a minha equipe salvamos, foi tão gratificante. Esse sentimento, de certa forma, nos dá um gancho para a vida de novo”, emociona-se.
Ajuda com doações
Com a previsão de um novo temporal no estado, os atletas foram orientados a voltar para o Rio antes do esperado. No entanto, a ajuda não parou. Atualmente, Chumbo está empenhado com a divulgação de campanhas de arrecadação nas redes sociais. “Além da alimentação e da água, é importante focar também nos mantimentos - colchão, cobertor, roupas, casacos. Já está muito frio no Rio Grande do Sul e a previsão também aponta mais chuvas e ventos, então agasalhos é uma ótima doação”, propõe.
Além da sugestão do surfista, também é possível contribuir por outros caminhos. O site paraquemdoar.com.br disponibiliza dados oficiais de organizações que realizam trabalhos voluntários no Sul e também necessitam urgentemente de doações.
Foto destaque: campeão de ondas gigantes, Chumbo ficou na linha de frente de resgates no Eldorado do Sul (Reprodução/Instagram/@lucaschumbo)