Nesta terça-feira (05), de forma unânime, a Justiça do Estado de Pernambuco decidiu manter o habeas corpus do cantor Gusttavo Lima, de 35 anos, alvo da ‘Operação Integration’, iniciada em setembro deste ano.
O desembargador Demócrito Ramos Reinaldo Filho, novo relator do caso, decidiu confirmar o habeas corpus com base na liminar já concedida pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão.
Nota da assessoria do cantor sobre a decisão do primeiro habeas corpus concedido a ele (Foto: reprodução/Instagram/@gusttavolima)
Segundo os advogados do cantor, a revogação do mandato de prisão e da manutenção de seu habeas corpus mostra que não existem problemas jurídicos nos termos do artista e suas empresas. “Ao final deste processo, não restará nenhuma dúvida da idoneidade de Gusttavo Lima e de suas empresas em todas as negociações feitas para venda de imagem e de bens”, afirmaram os advogados para o Portal Léo Dias.
A “Operação Integration”
Esta mesma operação, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, já levou Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, à prisão. O cantor, assim como a influenciadora, segue sendo investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com suposto esquema ilegal de jogos.
Além dessas acusações, Gusttavo Lima também foi indiciado por suspeita de organização criminosa. A juíza Andrea Calado da Cruz em seus argumentos disse que ele teria auxiliado foragidos da justiça a saírem do país, usando suas empresas em movimentações suspeitas.
A magistrada citou ainda a viagem do sertanejo para a Grécia, onde tirou fotos com estes investigados.
Gusttavo Lima, na Grécia, ao lado de José André e Aislla, ambos investigados (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
O caso grego
Em sua argumentação, a juíza mostra indícios de que a aeronave do cantor possa ter sido usada como modo de fuga para José André e Aislla, também investigados na Operação, “na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima (nome do cantor) e o casal de investigados”, inicia, “no retorno o percurso teve uma parada a mais, nas Ilhas Canárias, o que sugere o desembarque de José André e Aislla”, expõe a juíza.
“É fundamental ressaltar que, independente de sua condição financeira, ninguém pode se furtar à Justiça. A riqueza não deve servir como escudo para a impunidade, nem como meio de escapar de suas responsabilidades legais”, conclui a magistrada.
Mesmo com a vitória judicial desta terça-feira (5), o cantor seguirá sendo investigado por estes supostos crimes listados.
Foto destaque: Gusttavo Lima durante show (Reprodução/Instagram/@gusttavolima)