A ex-BBB Gizelly Bicalho aproveitou o “Pod Dar Prado”, da última segunda-feira (17), para comentar a condenação de Felipe Prior pela Justiça de São Paulo por estupro cometido em 2014. Os dois participaram da edição do programa de 2020, e ela rasgou o verbo ao relembrar que o arquiteto saiu do reality idolatrado mesmo após o país saber da acusação.
“Ele saiu como amado, idolatrado e teve acesso a todos os lugares. O Brasil sabia de tudo que estava acontecendo, as pessoas venderam os olhos", disse Gizelly, que estava no comando do podcast.
Gizelly Bicalho fala sobre a condenação de Felipe Prior: "Todo mundo seguia e tudo era legal" (Foto: Reprodução/Youtube/"Pod Dar Prado")
A influenciadora digital, que é advogada criminalista por formação, revelou que, naquela época, foi orientada pela sua assessoria, que era feita pela TV Globo, a não citar o nome do colega de confinamento devido ao processo que já estava tramitando há mais de três anos. Gizelly ainda disse que não compreendia o fato de Prior ter conquistado tanta gente ao ponto de frequentar e ser bem recebido nos melhores lugares, mesmo sendo acusado de um crime tão grave: “Todo mundo seguia e tudo era legal”, avaliou.
Bicalho explicou que, após ser eliminada do programa, seguiu a orientação da assessoria e nunca quis ter contato com o ex-brother, porque entendeu a gravidade do caso: "Nunca dei confiança, nunca estive no mesmo lugar, porque eu tomei consciência do que estava acontecendo", afirmou.
Resumo do crime
No último domingo (16), foi ao ar, na Globo, a entrevista que a mulher que denunciou Felipe Prior deu ao Fantástico, contando detalhes de como tudo que aconteceu. Themis (nome fictício adotado para a preservação da imagem da vítima) contou que os dois fizeram o último ano letivo na mesma escola e que voltaram a conviver na faculdade, quando ela ingressou no curso de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, mas enfatizou que ambos nunca tiveram uma relação de amizade.
O estupro aconteceu durante uma carona para casa dada por Prior à vítima e a uma amiga dela, depois de uma festa da universidade. Por já ter feito parte de um esquema de caronas em que o ex-BBB era o motorista, Themis não imaginou que algo daquele tipo pudesse acontecer. Ela contou que, após deixar a amiga dela em casa, Prior parou o carro no meio da rua, que já estava muito escura por ser madrugada, e forçou o ato sexual contra a vontade da moça. A penetração forçada lacerou a região íntima da mulher.
Assustada com a quantidade de sangue que saía do local e apresentando fraqueza, ela pediu à mãe que a levasse ao hospital, onde foi constatada uma laceração de grau 1 “compatível com fricção de pênis ou introdução de outro instrumento na vagina”, de acordo com o prontuário médico.
Condenação de Felipe Prior
O ex-Big Brother, Felipe Prior, recebeu condenação de seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro cometido em agosto de 2014. A decisão da Justiça de São Paulo foi proferida na última segunda-feira (10), e, de acordo com a sentença, o arquiteto poderá entrar com recurso e responder ao processo em liberdade.
As advogadas Maíra Pinheiro e Juliana Valente defendem quatro mulheres que acusam Prior de estupro (Foto: Reprodução/TV Globo)
Além desse processo, Prior é alvo de outras duas investigações, que estão em andamento, pelo mesmo tipo de crime. Enquanto uma das advogadas da vítima não achou justa a condenação afirmando que que "a pena imposta não reflete a brutalidade e as consequências do crime", a defesa do condenado alega que o empresário é inocente em todas as acusações.
Foto Destaque: Gizelly Bicalho, à esquerda, e Felipe Prior, à direita. Reprodução/Instagram/@gizellybicalho/@felipeprior/Colagem por Taiane Hotz .