O julgamento do artista e bilionário Sean Combs, conhecido como P. Diddy começou na cidade de Nova York nesta segunda-feira (5), a primeira etapa deve ser a de seleção do júri. Ele será julgado sob a acusação de ter usado a influência e os recursos de seu império empresarial para abusar sexualmente de mulheres e crianças.
A seleção começou pela parte da manhã e pode levar até vários dias. As declarações iniciais dos advogados e o início dos depoimentos são esperados na semana que vem. Em uma lista longa de acusações, alguns nomes famosos são citados, é o caso do atore Michael B. Jordan e o comediante Mike Myers, outros famosos também foram citados ao longo da extensa lista, porém ainda sem divulgação.
Filho do Rapper fez post com saudades do pai (Foto: Reprodução/Instagram/@kingcombs)
As acusações contra o artista
O documento do processo contra Diddy contém 17 páginas e envolve acusações como envolvimento em tráfico sexual e de presidir uma conspiração de extorsão.
A acusação afirma que, com a ajuda de pessoas próximas e funcionários de sua rede de negócios, Combs se envolveu em um padrão de duas décadas de comportamento abusivo contra mulheres e outras pessoas.
Jay-Z e Beyoncé estiveram em festas de Diddy (Foto: Reprodução/Instagram/@beyonce)
Segundo os promotores do caso, mulheres e crianças buscando a fama nos Estados Unidos eram manipuladas para participar de performances sexuais movidas a drogas com profissionais do sexo, que Sean Combs chamava de "Freak Offs". Festas contavam com listas de celebridades, como Beyoncé e seu marido, Jay-Z, que foi acusado de participar ativamente, mas teve as acusações retiradas.
Como Diddy evitou acusações durante anos
Para evitar vazamentos, P. Diddy usava de sua influência: ele se oferecia para impulsionar suas carreiras no entretenimento se elas fizessem o que ele pedia, ou as cortava se não fizessem o combinado.
Mesmo preso, rapper participou de aniversário da filha por ligação (Video: Reprodução/Instagram/@diddy)
Quando não conseguia o que queria, a acusação também afirma que Combs e seus associados recorriam a atos violentos, incluindo espancamentos, sequestros e incêndios criminosos. Certa vez, de acordo com a acusação, ele chegou a pendurar alguém em uma sacada.
Combs e seus advogados afirmam que ele é inocente, e que qualquer sexo grupal era consensual. Eles dizem que não houve esforço para coagir as pessoas a fazerem coisas que elas não queriam, e nada do que aconteceu representou uma organização criminosa. O julgamento deve durar pelo menos oito semanas.
Foto destaque: Diddy em uma de suas festas (Reprodução/X/@jvve31)