Após seis dias internado em Londres para tratar uma sepse urinária, Evaristo Costa recebeu alta médica nesta quarta-feira (17). O jornalista, diagnosticado com Chron, doença inflamatória crônica do sistema digestivo, originada de causa desconhecida, mas possivelmente relacionada ao enfraquecimento do sistema imunológico, expressou gratidão pelas mensagens de apoio. Mesmo com a infecção ainda não totalmente controlada, seguirá tratamento domiciliar com antibióticos orais. Evaristo compartilhou detalhes da doença durante a internação, revelando que descobriu o Chron há quatro anos e está aprendendo a conviver e controlar a condição.
"Não estou saindo com a infecção totalmente controlada, segundo os últimos exames, mas seguirei o tratamento de casa com antibióticos via oral. Obrigado por todas as mensagens de carinho, apoio, orações... Obrigado por me fazer companhia por esses seis dias de internação", agradeceu.
Evaristo Costa se despede do hospital (Foto: reprodução/Instagram/evaristocostaoficial)
Diagnóstico errado
Nesta terça-feira (16), Evaristo compartilhou detalhes sobre seu quadro de saúde, respondendo a uma seguidora sobre a descoberta da Doença de Crohn. Ele destacou a importância da pergunta devido ao diagnóstico inicial incorreto. Inicialmente, acreditava que era uma questão de alimentação, mas os sintomas persistiram. Evaristo enfrentou episódios de diarreia frequente com sangue, perda de peso e dores intensas na parte inferior da barriga, piorando durante a noite. Somente após sentir extrema fraqueza e incapaz de se levantar, procurou ajuda médica, sendo inicialmente diagnosticado com gastrite. Após um ano sem melhora, insistiu na revisão do diagnóstico, culminando, em 2020, com a identificação da Doença de Crohn, considerada moderada, buscando agora a remissão para evitar recaídas como a sepse urinária recente.
Internado, Evaristo Costa diz que recebeu diagnóstico médico errado por um ano (Vídeo: reprodução/Youtube/Terra)
Tratamento
Apesar do tratamento, a doença de Crohn ainda não possui cura conhecida. Mesmo quando há períodos de remissão espontânea, as crises podem reincidir. A abordagem terapêutica varia de acordo com a fase da doença, classificada como leve, moderada ou grave. Essencialmente, o tratamento visa conter o processo inflamatório, aliviar sintomas, prevenir recidivas e corrigir deficiências nutricionais. Em fases agudas, corticosteroides orais podem ser necessários. Quando a resposta ao tratamento é insatisfatória, drogas imunossupressoras são consideradas, induzindo períodos de remissão clínica, apesar de apresentarem potenciais efeitos colaterais. A intervenção cirúrgica geralmente é reservada para casos graves envolvendo obstrução intestinal, doença perineal, hemorragias e fístulas.
Foto destaque: Evaristo Costa (Reprodução/Instagram/evaristocostaoficial)
