Felipe Prior, ex-BBB20, foi condenado em 1ª Instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por outro crime de estupro em seu nome, este ocorrido em fevereiro de 2015, na cidade de Votuporanga, no interior do Estado de São Paulo. Vinicius Castrequini Bufulin, juiz responsável pelo julgamento do caso, aceitou o pedido de prisão feito pelo Ministério Público de São Paulo ao arquiteto e fixou a sua pena em seis anos de reclusão em regime semiaberto.
A decisão do magistrado foi registrada no dia 21 de outubro deste ano, após um número considerável de testemunhas serem ouvidas por ele, no documento de decisão é descrito que os fatos apresentados pelo Ministério Público, que unem Felipe Prior e a vítima, foram presenciados, em sua grande maioria, por outras pessoas relacionadas aos dois.
Detalhes da condenação
No documento do caso, Prior indica ter dificuldades para lidar não apenas com as negativas feitas pela vítima durante o ato consumado, mas sim com “objeções” da vida. “A postura do réu foi apontada pela acusação e pela assistência como indicativa de dificuldade para aceitar objeções, como o ‘não’ em uma relação amorosa”, escreveu o juiz em sua sentença.
A defesa do arquiteto alegou que o rapaz estava apenas nervoso com as acusações feitas na audiência. Os advogados também pediram a absolvição de Prior, alegando não haver provas concretas para uma condenação. Em setembro deste ano, Prior já tinha sido condenado por outro caso no ano de 2014 pela mesma situação de estupro.
Na decisão do caso, o magistrado foi categórico em afirmar que a vítima, diferentemente de Prior, não esqueceu de ter seu corpo violado ao praticar a relação sem seu pleno consentimento. “O réu não tem como se lembrar da dinâmica do ato sexual fugaz que manteve com a vítima. [...] Já a vítima não se esqueceu da sensação de ter praticado sexo sem seu consentimento, contra sua vontade. Por isso, o depoimento pessoal da vítima é o mais credível.”, afirmou o juiz no documento de sentença, que possui 13 páginas.
O juiz ainda afirma não ter sido possível esclarecer o que aconteceu segundos antes da violência, detalhes sobre uso de preservativo e em como a roupa da vítima foi retirada. Apesar de não conseguir responder algumas perguntas, o magistrado afirma que a vítima não apresentou sinais de dúvidas ou incertezas ao afirmar que não consentiu com o ato praticado. Além do ex-BBB, o jogador Robinho também foi condenado pelo crime de estupro em 2013 na Itália.
Relembre o outro caso onde Prior foi condenado
Julgado por um crime de estupro cometido em agosto de 2014, após uma festa universitária, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo, Felipe Prior foi condenado em 1ª instância em julho deste ano a seis anos de prisão. Após recurso apresentado pela defesa, os desembargadores do TJ-SP decidiram subir a pena para oito anos, também em regime semiaberto.
Comunicado da defesa de Felipe Prior sobre a condenação em 1ª Instância neste caso (Foto: Reprodução/Facebook/Felipe Prior)
Na época dos fatos, Prior e a vítima deste caso estudavam na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo a decisão deste caso, Prior teria dado carona à vítima e a uma amiga após uma festa universitária. Após deixar a amiga em casa, o arquiteto, ao se dirigir para a casa da mulher, teria começado a beijá-la e a passar a mão em seu corpo. Felipe Prior teria então cometido o estupro a vítima, que não conseguiu oferecer resistência devido a seu estado alcoólico.
A sentença ouviu 19 pessoas. Neste caso, a magistrada que assinou a decisão afirmou que tanto os depoimentos da vítima, quanto das testemunhas foram coerentes, formando um conjunto robusto para a condenação do crime.
Foto destaque: Felipe Prior (reprodução/Instagram/@felipeprior)