Pesquisa mostra que crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas

Uma pesquisa inédita revelou que as crianças no Brasil estão um centímetro mais altas e também mais obesas. O estudo analisou mais de 5 milhões de crianças de 3 a 10 anos e teve o resultado publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas na última semana. Confira alguns dos pontos apresentados no trabalho.

Pesquisa e resultados

Pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College of London (no Reino Unido), realizaram a primeira análise de peso e altura de crianças em uma extensa trajetória temporal, incluindo uma população de 5.750.214 crianças de 3 a 10 anos, nascidas entre 2001 e 2014, ao longo de 13 anos. 

Os resultados, que indicam um aumento de 1 centímetro no crescimento e 600 gramas no peso das crianças nascidas a partir de 2008, bem como um aumento na prevalência de excesso de peso e obesidade, são importantes para orientar as políticas públicas de saúde infantil. A pesquisa também revelou que a prevalência de excesso de peso e obesidade aumentou, com um acréscimo de 3,2% e 2,7%, respectivamente, entre meninos de 5 a 10 anos, e de 0,9% e 0,8% entre meninos de 3 e 4 anos. 

Para obesidade, os números subiram de 11,1% para 13,8% entre meninos mais velhos e de 4% para 4,5% entre os mais novos. Entre as meninas, o excesso de peso se manteve em 2,7% e a obesidade diminuiu de 2,1% e 0,3%, respectivamente, para as duas faixas etárias. Esses dados são cruciais para direcionar esforços de prevenção e tratamento da obesidade infantil.


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A pesquisa identificou um aumento na obesidade infantil (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Consequências

O aumento da altura das crianças reflete melhorias na assistência à saúde e no desenvolvimento, indicando avanços no combate à desnutrição. No entanto, a crescente prevalência da obesidade, especialmente entre crianças de famílias economicamente vulneráveis, levanta preocupações sobre hábitos alimentares e sedentarismo. Carolina Vieira, líder da pesquisa, destaca a necessidade de políticas de prevenção específicas para esse grupo, destacando a importância de abordagens eficazes para lidar com a obesidade infantil, especialmente em comunidades com menos recursos.

Foto destaque: Criança em cima de uma balança. (reprodução/Getty Images Embed)

Ortopedista esclarece mitos sobre a prática de correr

A corrida é uma prática esportiva que vem ganhando cada vez mais adeptos, afinal, é uma atividade bastante acessível, que não exige equipamentos especiais e que pode ser praticada em qualquer lugar. Além disso, é cada vez mais fácil de encontrar eventos de corrida de rua, maratonas e grupos organizados de praticantes dessa atividade, o que estimula muitas pessoas a se aventurarem pelo esporte. Mas uma grande dúvida ainda cerca aqueles que desejam começar a correr: afinal, a corrida realmente prejudica os joelhos?

A corrida é uma atividade física de alto impacto. E como os joelhos são os principais responsáveis por absorver esse impacto, muitas pessoas acreditam que o esporte pode prejudicar a articulação. Mas não existem evidências científicas que comprovem essa informação. Na verdade, sabemos que a corrida tem um efeito protetor dos joelhos”, diz o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Segundo o médico, quando realizada de maneira adequada, a corrida, além de auxiliar no controle do peso, ajuda a fortalecer a musculatura das pernas, o que oferece maior proteção à articulação do joelho. “O funcionamento adequado do joelho depende da ação de diversos músculos, então praticar exercícios que ajudem a fortalecer essa musculatura, como a corrida, é capaz de melhorar a função articular da região, além de ajudar a manter sua estabilidade durante o movimento e reduzir a carga sobre a articulação”, destaca. A cartilagem do joelho também se torna mais resistente devido ao impacto repetido que recebe durante a corrida. “E temos evidências de que a corrida é capaz de retardar o desgaste da articulação e prevenir doenças como artrite e artrose.

Em contrapartida, o sedentarismo, sim, é prejudicial para os joelhos, pois leva a diminuição da massa muscular com consequente perda da proteção das articulações. “O sedentarismo ainda favorece o ganho de peso, o que sobrecarrega as articulações, com um trauma repetitivo e excessivo da cartilagem, levando a sua degeneração. O sobrepeso também gera inflamação com aumento na propensão para o desenvolvimento de problemas, como artrite e artrose”, alerta o especialista, que lembra que as articulações são feitas para serem movimentadas, sofrendo um processo de atrofia e rigidez quando isso não ocorre, o que acarreta no surgimento de dores.

E quanto ao chamado joelho de corredor? O Dr. Marcos Cortelazo explica que esse é o termo popular para uma condição conhecida como Síndrome do Trato Iliotibial. E, apesar do nome, é comum entre praticantes de diversos tipos de atividade física, principalmente aquelas de maior intensidade, e não apenas corredores. “O joelho de corredor é caracterizado por uma inflamação do trato iliotibial, uma faixa de tecido fibroso que se estende do ílio, localizado na bacia, até a tíbia, um pouco abaixo do joelho. Inchaço, dor na lateral do joelho e restrição do movimento da região são sintomas da condição, que é causada pela prática inadequada ou excessiva de atividade física”, diz o ortopedista, que explica que o tratamento da síndrome inclui repouso, aplicação de gelo, uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios e infiltração com corticoides, além de cirurgia em casos mais graves.

Então, para prevenir o joelho de corredor e outras lesões como entorses, é importante adotar alguns cuidados. “Se você nunca correu, comece devagar. Durante a caminhada, aumente brevemente a velocidade do passo e, conforme você ganha condicionamento, acelere o ritmo e aumente o tempo e a frequência da corrida”, aconselha o médico. É importante ainda realizar aquecimentos antes de iniciar os exercícios e escolher um tênis adequado para a corrida. “Os tênis para corrida, no geral, são mais leves e possuem um sistema de amortecimento mais sofisticado. O calçado também deve oferecer estabilidade, possuir um tamanho adequado para seu pé e, claro, ser confortável. Além disso, deve estar de acordo com o seu tipo de pisada e o solo onde a corrida será realizada.

Quanto às pessoas que sofrem com doenças das articulações, como a artrite e a artrose, é necessário verificar com o médico sobre a possibilidade de praticar corrida. “Na maior parte desses casos, não existe uma contraindicação para a prática de corrida. Geralmente, o que impede a realização desse tipo de exercício são os sintomas e a limitação do movimento provocados pela doença. Mas, caso a pessoa consiga e haja liberação do médico, a corrida pode ser praticada sem problemas, o que, inclusive, pode ajudar a conter o avanço dessas doenças”, diz o Dr. Marcos Cortelazo, que, por fim, ressalta que, em caso de dores ao correr, é importante parar a prática e prestar atenção na evolução da dor. “Caso o incômodo não regrida espontaneamente, é fundamental buscar um ortopedista o quanto antes para passar por uma avaliação e receber o diagnóstico e o tratamento adequado”, finaliza.

FONTE: *DR. MARCOS CORTELAZO: Ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva. Graduado em medicina e pós-graduado em ortopedia e traumatologia pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Dr. Marcos Cortelazo é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Latino-americana de Artroscopia, Joelho e Esporte (SLARD) e da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Medicina do Esporte (ISAKOS). Sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia, o especialista integra o corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Oswaldo Cruz. CRM 76316 Instagram: @dr.marcos_cortelazo

 

Destaques:
* Correr fortalece os músculos responsáveis por proteger a articulação do joelho, que também se torna mais resistente e estável.
* Sedentarismo é muito mais prejudicial para os joelhos do que a corrida, pois leva à diminuição da musculatura que protege a região, além de favorecer o ganho de peso.
* Aquecimento, uso de tênis específicos e prática adequada a sua capacidade física são cuidados importante para evitar lesões durante a corrida. 

 

Foto destaque: mulher correndo (Reprodução/Divulgação)

Casos de doenças respiratórias ultrapassam os de COVID-19 e acendem alerta

Nas últimas semanas, segundo análise do Instituto Todos Pela Saúde (ITpS), a taxa de positividade da COVID-19, ou seja, o número de infectados confirmados, caiu 10,8 enquanto que, para as arboviroses como a dengue e o virus Influenza, o causador de gripes como a chamada comum e pneumonias, aumentou exponencialmente. Além disso, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal causa da bronquiolite infantil, avançou de 6% para 18%, o que acende um importante alerta. 

Aumento de casos em crianças

Segundo o instituto, no primeiro trimestre do ano (janeiro, fevereiro e março), que é conhecido como o período de chuvas por todo o país, é comum que os casos de viroses, arboviroses e doenças respiratórias apareçam ou piorem, mas é importante ressaltar que, nos dados de 2024, a taxa de casos positivos têm aumentado rapidamente e pode ser preocupante. 

No caso de crianças, as menores, de 0 a 2 anos, são as mais afetadas pelo VSR, responsável pela bronquiolite que, se não tratada, pode evoluir para casos mais graves de pneumonia. A transmissão ocorre como as tradicionais doenças respiratórias, através de superfícies contaminadas ou por contato direto com secreções ou gotículas de pessoas infectadas. Portanto, assim como a COVID-19, a higiene é a maior aliada na prevenção.


Vacinação é a melhor forma de se prevenir (Foto: reprodução/Unplash/CDC)


Vacinação

Ainda assim, mesmo com percentuais baixos em comparação ao pico da doença em 2020, a COVID-19 não deve ser ignorada ou minimizada. O Instituto afirma, através de nota divulgada: “A positividade dos testes de COVID-19 apresenta queda em todas as regiões do país e faixas etárias”, informa a nota. Ainda assim, “entre as unidades federativas com dados suficientes para análise individual, os maiores percentuais são observados no Paraná (24%), em Minas Gerais (21%) e no Rio Grande do Sul (21%)”.

Já no caso do vírus Influenza: “Os estados com os maiores percentuais de positividade são: São Paulo (25%), Santa Catarina (24%) e Rio de Janeiro (24%), respectivamente. Em contrapartida, o Distrito Federal (13%) teve a menor positividade entre os monitorados. Os demais estados não apresentaram dados suficientes para o monitoramento até o momento”.

O instituto ainda destacou: “O ITPS recomenda que a população se vacine contra a COVID-19 e tome todas as doses indicadas conforme idade e condição de saúde. Grupos prioritários, como mulheres grávidas ou em amamentação e idosos também podem receber, no Sistema Único de Saúde (SUS), imunizantes contra a gripe. A campanha deste ano foi antecipada. Em caso de dúvidas, é necessário procurar um posto de saúde”.

Foto destaque: casos de Influenza ultrapassam casos de COVID-19 no primeiro semestre de 2024 (Reprodução/Unsplash) 

Anvisa autoriza vacina contra bronquiolite em bebês

Nesta segunda-feira (01), foi publicado no diário oficial, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o registro da vacina da Pfizer, utilizada para prevenção à bronquiolite em bebês. É durante a gestação que deve ser feita a aplicação do imunizante.

O imunizante vírus sincicial respiratório (VSR), é indicado para prevenir o trato de doença respiratória até os seis meses das crianças, com a imunização a partir do terceiro mês de gestação da mãe. Febre e coriza são os inícios de infecções, e após 3 ou 4 dias se tem uma piora com chiado no peito, tosse e dificuldade para respirar.

Sintomas da doença nas crianças

Nos casos com as crianças, pode ser devido à via aérea ser mais estreita, sendo assim, a passagem de ar fica mais prejudicada e então mais sintomas e complicações. Maior produção de muco nos pulmões é o que acontece quando a criança é acometida pela bronquiolite, causando, então, muito mais dificuldade para levar oxigênio ao sangue.


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Vacinação (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


75% dos casos de bronquiolite são causados pelo VSR, em sua maioria nas crianças até 2 anos, o que causa mais mortes por causa da infecção.

Outra autorização da Anvisa já havia sido feita, porém indicada as pessoas com mais de 60 anos, ou seja, agora os bebês terão exclusividade nesta indicação.

Prevenir para não remediar

Para prevenir a bronquiolite, é muito importante que se deixe os ambientes bem ventilados, lavagem das mãos e inclusive utilização de álcool em gel, e ainda fazer lavagem nasal é recomendado, pois o vírus fica nas secreções das vias aéreas do paciente infectado.

Vale lembrar que o contágio pode acontecer através do contato com outras pessoas. Portanto, o ideal é evitar quem estiver com a doença.

Neste caso cabe muito bem a máxima, “o melhor remédio é prevenir para não remediar“.

 

Foto destaque: vacinação em criança (Reprodução/Getty Images Embed)

Confira alguns mitos sobre a dengue e a forma correta de combatê-la

O dia da mentira, 1° de abril, é um momento bem conhecido como diversão, pegadinhas, e mentirinhas para descontrair. No entanto, algumas dessas “mentirinhas”, podem ser levadas a sério por muitas pessoas e consequentemente, se tornam um perigo se tratando da saúde.

Epidemia de dengue em 2024

Talvez já tenha ouvido por aí “o verão acabou e a dengue também”. Essa é uma grande mentira e um grande perigo para saúde pública, se alguém resolver acreditar.

O surto de dengue nas Américas, pode ser o pior já registrado principalmente no Brasil, Argentina e Paraguai, segundo informações da OPAS (organização pan-americana de saúde).

Para aqueles que acreditam em tudo que ouvem

É de conhecimento de várias pessoas que no dia da mentira pode falar o que quiser ou quase o que quiser. É importante se atentar a algumas fake news sobre a dengue, veja agora algumas mentiras a respeito.

1. A dengue é transmitida de uma pessoa para outra.

Mentira. A transmissão da doença é somente através da picada do mosquito Aedes aegypti contaminado.

2. As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa.

Mentira. Água suja e parada também são focos para o desenvolvimento do mosquito.

3. A única forma de prevenção da dengue é evitar água parada.

Mentira. Os ovos colocados pelo mosquito, podem ficar em estado de latência por pelo menos um ano, podendo então eclodir quando o local tiver água novamente.

4. Para combater o Aedes aegypti a utilização de borra de café é eficaz.

Mentira. Não há nenhuma comprovação científica disso, portanto areia nos vasos das plantas é o ideal para evitar o acúmulo de água parada.

5. No inverno não tem casos de dengue.

Mentira. Nas estações mais quentes do ano é quando mais acontecem casos de dengue, mas existem casos ocorridos também no inverno.

6. Vitaminas complexo B previne contra a dengue ao ser ingerido.

Mentira. Não há evidência científica em relação à vitaminas que combate a dengue, servindo como repelente.


As vitaminas do complexo B não tem eficácia comprovada cientificamente contra a dengue (Foto: reprodução/Freepik/Freepik)


7. Repelentes caseiros evitam a picada do mosquito.

Mentira. Especialistas explicam que não há nenhuma comprovação que esses repelentes feito de maneira doméstica não comprovam serem eficazes contra o mosquito Aedes aegypti.

8. Ventiladores ou ar condicionado evitam a picada do mosquito.

Mentira. Esses aparelhos podem inibir por um curto período de tempo a presença do mosquito, mas não garante que uma pessoa seja picada inclusive em outro momento

Foto Destaque: Aedes aegypti, o mosquito-da-dengue (Reprodução/Jcomp/Freepik)

Segundo caso de gripe aviária é confirmado no Texas

O segundo caso de gripe aviária nos Estados Unidos foi confirmado nesta segunda-feira (1). Segundo o Departamento de Serviços de Saúde do Estado no Texas, a pessoa que contraiu a doença trabalhava em uma fazenda de laticínios e lidava diretamente com gados leiteiros. 

Esse é o primeiro caso de uma pessoa que não teve exposição direta com aves. A identificação e a confirmação do caso foi realizada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) neste último fim de semana. 

Mesmo com a confirmação, segundo o comunicado emitido pelo Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas, o caso não emite perigo para o público e que o risco permanece baixo. 


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Mamíferos também podem contrair a doença (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty Images)


De acordo ainda com o CDC, mesmo com o caso oferecendo um risco baixo, é importante continuar monitorando. “Porque o vírus da gripe muda constantemente, os esforços contínuos da vigilância e da preparação são cristãos, e o CDC está tomando medidas caso a avaliação de risco da saúde pública mude”, iniciou. “Esta é uma situação em desenvolvimento, e o CDC compartilhará atualizações adicionais à medida que novas informações relevantes forem disponibilizadas”, finalizou o comunicado. 

O CDC ainda afirmou que o paciente segue em recuperação e em isolamento. Com relação aos sintomas, o paciente sentiu apenas uma inflamação ocular. 

Gripe aviária


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Muitas aves podem contrair o vírus e infectar outros animais (Foto: reprodução/Nathan Stirk/Getty Images)


Disseminado por aves, a gripe aviária é um vírus tipo A, que pode vir de qualquer espécie de aves como corujas, patos e gaivotas. Mamíferos também podem ser infectados pela doença e podem transmitir aos humanos. Cientistas apontam que para que esses animais peguem a doença, precisam ingerir ou terem contato com aves infectadas. 

Segundo CDC, o vírus pode se espalhar por saliva e fezes, mas salienta que a transmissão entre humanos é muito rara. 

A doença tem sido identificada principalmente nos Estados Unidos.

Sintomas

Os sintomas de uma pessoa que contraiu o vírus podem variar. Em casos considerados mais leves, os sintomas podem surgir como uma gripe e apontar vermelhidão nos olhos. 

Já em pessoas que desenvolvem casos mais graves, a pneumonia costuma acompanhar o vírus.

Foto destaque: Gripe Aviária (Reprodução/Peter Garrard Beck/Getty Images)

Síndrome respiratória aguda grave aumenta no Brasil

O novo boletim Infogripe da Fiocruz divulgou nesta quinta-feira (28), que o número de casos da Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) obteve crescimento na população, principalmente em crianças, jovens e adultos em diversos estados do Brasil, com diferentes tipos de vírus respiratórios; A pesquisa é referente ao período de 17 a 23 de março de 2024.

Aumento de casos

Os vírus respiratórios é referente a Influenza (gripe), a Rinovírus e ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR); Houve também diminuição de SRAG por Covid-19 no Sudeste e Centro-oeste, além de ocorrer uma desaceleração de crescimento de casos no Sul do país. Entretanto, no Sudeste, Nordeste e Sul, o números de casos de SRA do vírus Influenza aumentou.


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Médica fazendo suas pesquisas (Foto: reprodução/Costfoto/NurPhoto via Getty Images embed)


O pesquisador do programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, observou que o número de aumentos de casos de SRAG nestas faixas etárias são referentes ao Vírus Influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, informa Gomes.

O pesquisador informou que esse quadro é de acordo com a queda da Covid-19, camuflando o aumento de internações em hospital pelos demais vírus respiratórios. Marcelo, ainda ressaltou a importância da prevenção Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Impacto 

O cenário de SRAG por Covid-19 é de um impacto muito grande que atingiu crianças de até dois anos e adultos a partir de 65 anos. Já o VRS cresceu na incidência de SRAG nas crianças menores, ultrapassado a associada à Covid-19. 

O vírus respiratórios que tem destaque de incidência foi o Sars-CoV-2 (Covid-19) e o Rinovírus que atingiram também a crianças pequenas. O vírus da influeza aumentou a incidência em crianças, pré-adolescentes e idosos. Porém, a mortalidade de SRAG é elevada em Idosos que tiveram a Covid-19.

Foto Destaque: Vírus (Reprodução/Olena T/Getty Images Embed)

Veneno de cascavel pode ser novo tratamento contra o câncer

Pesquisadores do Instituto Butantan, em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), revelaram resultados promissores em um estudo inovador. A pesquisa sugere que uma toxina específica encontrada no veneno da cobra cascavel, conhecida como crotoxina, tem o potencial de induzir células de defesa do corpo a combater o câncer de maneira mais eficaz.

O estudo foi publicado em revista científica e envolveu testes com camundongos que sofriam de câncer de peritônio. A professora Priscila Andrade Ranéia Silva, da Unaerp, uma das pesquisadoras envolvidas, explicou que o experimento foi conduzido tanto em animais quanto em células cultivadas em laboratório. O objetivo era observar como a crotoxina afetaria o organismo na luta contra as células cancerígenas.


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Instituto Butantan em parceria com USP e Unaerp são os responsáveis pela pesquisa (Foto: reprodução/Azman Jaka/GettyImages Embed)


Evidências promissoras

Camundongos foram divididos em dois grupos principais durante os testes: um grupo saudável e outro com tumores líquidos na região abdominal. O grupo com câncer foi subdividido em três, recebendo diferentes tratamentos: um controle com solução salina, um com uma dose baixa de crotoxina e outro com uma dose mais alta. O grupo saudável passou pelos mesmos procedimentos para comparar os efeitos da toxina em corpos sem a presença de câncer.

A crotoxina mostrou-se eficaz em ativar o sistema imunológico dos camundongos para combater os tumores. Os cientistas estão otimistas de que essa descoberta possa oferecer uma resposta imune antitumoral sustentável e de longa duração.

Os cientistas monitoraram camundongos com câncer tratados com o veneno. Os que receberam doses menores tiveram um aumento significativo de macrófagos M1, células essenciais na luta contra tumores. Essa prevalência de 60% é comparável à de camundongos saudáveis, indicando a eficácia do veneno em manter um sistema imunológico robusto mesmo na presença de câncer.

O grupo que recebeu a menor dose do veneno conseguiu uma redução de 27% no volume do tumor. Houve também uma diminuição no número de células cancerígenas e um aumento de leucócitos, fortalecendo ainda mais a defesa do organismo.

A pesquisa também revelou que a menor dose do veneno aumentou em 35% a produção de óxido nítrico, um composto que contribui para a eliminação de células tumorais. Este resultado não foi observado nos animais que receberam doses maiores.

Próximas etapas

A pesquisadora Priscila e sua equipe estão cautelosamente otimistas com os resultados. Antes de avançar para testes em humanos, eles planejam investigar possíveis efeitos colaterais e validar os efeitos em outros modelos experimentais. A segurança e eficácia são prioridades antes de considerar aplicações clínicas.

Os resultados iniciais são encorajadores e apontam para um potencial tratamento anti-inflamatório e modulador que poderia revolucionar a terapia contra o câncer. Ainda assim, a ciência avança com passos calculados, garantindo que cada descoberta seja segura e eficaz para futuras gerações.

Foto destaque: cobra Cascavel tem toxinas em seu venenho que podem ajudar no tratamento do câncer (Reprodução/Michael Svoboda/GettyImages Embed)

Fatores de risco podem levar ao rápido envelhecimento do cérebro

Entre os fatores de risco para o envelhecimento precoce do cérebro estão o tabagismo, diabetes e poluição, que fazem relação ao risco de demência, segundo pesquisadores. A influência para o envelhecimento do cérebro de forma mais rápida são também os fatores genéticos, aumentando o risco de doença neurodegenerativas como, por exemplo, o Alzheimer, diz novo estudo.

Descoberta precoce de doenças

O biobank, um banco de dados do Reino Unido, apresentou a pesquisa que analisou exames cerebrais de 40 mil participantes, de pessoas com mais de 45 anos conforme a revista Nature Comunication. Além disso, analisaram 161 fatores de risco para uma precoce demência. A causa do Alzheimer pode ser o acúmulo de gordura no cérebro.


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Representação de idosa com Alzheimer (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Foram classificados em 15 categorias que podem ser alteradas ao longo da vida que são: tabagismo, colesterol, diabetes, pressão arterial, depressão, peso, consumo de álcool, inflamação, poluição, audição, sono, socialização, dieta, atividade física e educação.

Partes cerebrais suscetíveis a demência

A degeneração do cérebro acontece com o envelhecimento, porém este estudo mostrou que as mesmas partes que tem a degeneração de partes do cérebro são mais suscetíveis ao diabetes, a doenças relacionadas à poluição atmosférica e o álcool, para todos os fatores de risco para a demência.

Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia e morte cardiovascular estão relacionadas com alteração genética segundo a pesquisa.

Uma nova descoberta foi sobre o grupo sanguíneo xg e é uma região altamente atípica, pois é compartilhada pelos cromossomos sexuais x e y, dizem os pesquisadores do estudo.

Novas informações desta pesquisa contribuirão para prevenir novas doenças degenerativas e também com estratégias para o futuro em relação a possíveis intervenções, ou seja, cada vez mais a ciência vem desvendando os mistérios do corpo humano e, consequentemente, podendo tratar e até mesmo prevenir os males que o próprio ser humano vem causando à saúde.

Foto destaque: cientistas trabalhando em pesquisa sobre demência e alzheimer (Reprodução/Andrew Brooks/Getty Images embed)

Camila Pitanga revela pneumonia assintomática e alerta sobre perigos da doença

A atriz Camila Pitanga, de 46 anos, usou suas redes sociais na terça-feira (26) para revelar que foi internada no dia 9 de março por pneumonia assintomática. Apesar de já estar completamente recuperada, ela decidiu compartilhar sua experiência para conscientizar seus seguidores sobre os perigos de não identificar a doença a tempo.

Essa forma da doença se caracteriza pela ausência dos sintomas clássicos, como febre e tosse com secreção, dificultando o diagnóstico e pode levar a complicações.

Camila escreve na legenda da publicação: “Importante dizer que a pneumonia está totalmente tratada! Esse é um post de cuidado“, também incluiu uma foto tirada durante a realização dos exames. A atriz tranquilizou seus fãs, dizendo que já está “de volta às atividades“.


Confira o relato de Camila Pitanga no Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@camipitanga)


Entenda como a pneumonia assintomática se manifesta

A pneumonia assintomática, também conhecida como pneumonia silenciosa, é caracterizada pela ausência dos sintomas clássicos da doença, como febre e tosse com secreção. Essa particularidade torna o diagnóstico mais difícil, pois a inflamação nos pulmões se desenvolve de forma sútil e, em alguns casos, não apresenta sinais de alerta.

Em seu relato, Camila descreveu como se sentia extremamente cansada, atribuindo inicialmente o sintoma ao acúmulo de trabalho e questões pessoais. A pneumonia foi descoberta após uma série de exames que descartaram outras hipóteses.

A doença pode apresentar sintomas semelhantes a um resfriado comum, como tosse seca e dificuldade para respirar. No entanto, esses sintomas podem ser facilmente confundidos com fadiga ou estresse. É importante estar atento a sinais como: tosse seca, dificuldade para respirar, fadiga extrema e mal-estar inespecífico. 


Fatores de risco e tratamento

A pneumonia assintomática é mais comum em pessoas com sistema imunológico saudável, que conseguem controlar a infecção. Caso a doença não seja tratada corretamente, principalmente se causada por bactérias, a pneumonia silenciosa pode se agravar. 

Por isso, os médicos recomendam realizar exames de imagem em todos os pacientes com sintomas gripais. O tratamento adequado depende da origem do agente infeccioso e da gravidade do caso, podendo ser viral, bacteriana ou fúngica.

O caso da atriz Camila Pitanga, serve como um alerta importante sobre os perigos da doença. É fundamental estar atento aos sinais e sintomas, mesmo que sutis, e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

O tratamento da pneumonia assintomática depende do tipo de agente causador (bactéria, vírus ou fungo) e pode incluir antibióticos, antivirais, antifúngicos, oxigenoterapia e exercícios de respiração profunda. O repouso também é importante para a recuperação, sendo recomendado pequenas caminhadas e exercícios leves.

 

Foto destaque: Camila Pitanga no seu perfil do Instagram (Reprodução/Instagram/@camipitanga)