Pesquisadores encontram alterações em sangue de pessoas com COVID longa

Um estudo acerca dos sintomas prejudiciais – até então não confirmados – em pessoas com a COVID longa e que podem indicar uma infecção pelo SARS-CoV-2 revelou uma série de anormalidades no sangue. As pistas se somam a um corpo de evidências que sugerem os condutores da doença e potenciais tratamentos que poderão ser realizados.

Os resultados iniciais também sugerem que, como muitos cientistas e pacientes suspeitaram, a COVID longa compartilha certas características com encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crônica (EM/SFC), outra condição que pode sinalizar uma infecção.

A nova pesquisa em versão pré-print foi publicada na última semana e examinou 99 pessoas com sintomas prolongados da COVID-19. Eric Topol, diretor do Scripps Research Translational Institute, declarou estar satisfeito com os primeiros resultados, apesar de iniciais. “O estudo é inicial, mas foi muito profundo e entrou em aspectos granulares das células T, como a resposta de anticorpos”, disse Topol. O diretor, que não estava envolvido no trabalho, completou dizendo que a pesquisa será base para estudos muito maiores.

Os pacientes com a COVID longa, a maioria deles lutando com fadiga intensa, névoa cerebral e outros sintomas, apresentaram baixos níveis de cortisol, um hormônio do estresse que ajuda o corpo a controlar a inflamação, a glicose, os ciclos de sono e muito mais.

De acordo com as amostras, as características das células T dos analisados indicaram que o sistema imunológico dessas pessoas estava lutando contra invasores não identificados, talvez um reservatório de SARS-CoV-2 ou o vírus Epstein-Barr, por exemplo, que se trata de um patógeno reativado.

Outros grupos que estudam pacientes com a condição relataram resultados semelhantes neste ano, incluindo em um artigo da revista January Cell que documentou baixo cortisol em pessoas com sintomas respiratórios de longa duração e reativação de vírus em pacientes com problemas neurológicos.

Emma Wall, professora na University College London e pesquisadora no Francis Crick Institute, que co-lidera um grande teste de potenciais terapias para a COVID-19, comentou a respeito dos próximos passos. “Coletivamente, esses dados me fazem pensar sobre quais outras drogas podemos testar, como anticorpos dirigidos por vírus ou antiinflamatórios direcionados para domar o sistema imunológico”, disse Wall.


Cientistas analisam amostras de sangue de infectados pelo coronavírus. (Foto/Reprodução/iStock)


O novo projeto começou no final de 2020, quando a imunologista da Universidade de Yale, Akiko Iwasaki, se uniu a David Putrino, um neurofisiologista da Escola de Medicina de Icahn, no Monte Sinai, que cuidava de pacientes afetados. A dupla queria comparar os pacientes com pessoas que nunca haviam sido infectadas e aqueles que haviam se recuperado.

A profundidade das respostas causou surpresa em Putrino. “Foi bastante desafiador encontrar pessoas que estavam totalmente recuperadas da COVID”, disse o neurofisiologista. Muitos voluntários pós-COVID-19 descreveram-se como saudáveis, mas depois admitiram, por exemplo, que os seus treinos físicos outrora normais eram muito cansativos para retomar. No final, a equipe assinou com 39 voluntários recuperados da doença entre um total de 116 testes.

Os baixos níveis de cortisol nos pacientes – cerca de metade dos níveis normais – não são uma surpresa total: sintomas como fadiga e fraqueza muscular estão associados ao déficit do hormônio. A causa permanece um mistério. O ACTH, um hormônio feito pela glândula pituitária que controla a produção de cortisol, estava em níveis normais no grupo analisado.

Além disso, de acordo com Putrino e outros envolvidos nas análises, alguns pacientes fora do estudo tentaram experimentaram certa quantidade de esteróides que podem tratar o baixo cortisol, mas que segundo eles não ajudaram. Em seguida, os pesquisadores planejam rastrear os níveis de cortisol ao longo do dia em COVID longa; o nível de esteróide sobe e desce em um ciclo diário, e a pesquisa inicial só testou pela manhã.

As amostras de sangue dos pacientes também foram inundadas com uma categoria de células T “exaustas” que podem ser reconhecidas por certos marcadores que expressam essa característica. Essas células surgem na presença contínua de patógenos, sugerindo que “os corpos das pessoas com sintomas prolongados estão lutando ativamente contra algo”, diz Putrino.

Medindo níveis de anticorpos contra proteínas virais liberadas no sangue, o estudo igualmente notou a reativação do vírus de Epstein-Barr e de outras variantes cujos genes podem sentir-se dormentes dentro das pilhas contaminadas por períodos prolongados.

O grau de exaustão das células T, que parecia acompanhar a reativação do vírus Epstein-Barr, intrigou os pesquisadores, desconsiderando esse vírus o único culpado em potencial. A SARS-CoV-2 também pode permanecer em pacientes com a condição, ela e outros dizem. A reativação de Epstein-Barr, o baixo cortisol, e a exaustão da pilha de T apareceram todos em alguns pacientes de ME/CFS.

A COVID longa está longe de ser uniforme e o novo estudo deixa claro – por exemplo, apenas cerca de 20% a 30% dos pacientes do estudo tinham níveis muito altos de células T esgotadas. No entanto, “o nível de consistência é grande” entre estudos recentes que investigam a biologia do coronavírus, diz James Heath, presidente do Instituto de Biologia de Sistemas, autor do artigo que encontrou baixa reativação de cortisol e vírus.

O autor observa que o estudo de seu grupo examinou um grupo de pacientes cerca de três meses após a infecção pelo SARS-CoV-2, enquanto o grupo de Iwasaki e Putrino estava, em média, a mais de um ano distante do coronavírus e das suas variantes.

Putrino e Iwasaki dizem que é hora de avançar com novos testes de terapias potenciais, que também podem elucidar as causas da COVID longa e determinar se os subconjuntos de pacientes são mais propensos a responder a certas intervenções.

A lista de objetivos da terapia experimental de Iwasaki é longa e inclui: suplementação com cortisol; terapia de direcionamento do vírus Epstein-Barr; a droga antiviral Paxlovid, agora usada para COVID-19 aguda; e até mesmo terapias que esgotam as células B, que são usados para tratar doenças autoimunes e acalmar o sistema imunológico. Novos resultados devem ser publicados nas próximas semanas.

Foto destaque: Novo estudo investiga efeitos da COVID longa. Reprodução/iStock

Yasmin Brunet afirma que amiga se curou de câncer com meditação e oncologista rebate

Em um podcast chamando “Pod Delas”, no episódio que foi ao ar na terça-feira, dia 23 de agosto, a atriz e modelo Yasmin Brunet declarou que uma amiga sua teria sido curada de um câncer por meio de práticas de meditação, afirmando, desse modo, que a cura para a doença dela esteve em todo momento acessível. Sendo assim, Yasmin Brunet afirmou que muitas vezes, as curas das enfermidades dos humanos podem estar dentro dele mesmo.

Pelas palavras da própria modelo: “O corpo humano e a mente têm a capacidade de se curar sozinhos. Não existe isso de ‘você vai morrer’. Uma outra pessoa não pode determinar isso para você. Conheço uma pessoa, a Noemi, que se curou de câncer assim, numa meditação, uma coisa que ela fazia todo dia”.

Ela ainda colocou em pauta no programa o método que a amiga utilizava, dizendo que todos os dias antes de dormir, ela meditava de uma forma a imaginar que conversava com seus órgãos internos que estavam comprometidos através da corrente sanguínea.

O oncologista Gustavo Fernandes rebateu a ideia, dizendo que não há comprovações cientificas de que esses tipos de técnicas realmente combatam doenças como tumores, afirmou ainda que os pacientes acometidos pela enfermidade devem procurar os meios tradicionais e comprovados de tratar a doença.


Imagem de meditação (Foto: Reprodução/Twitter)


Ele explica que: “Não temos nenhuma evidência científica estruturada que prove a eficácia da meditação sozinha na cura de alguém com câncer. Essa prática tem o poder de oferecer conforto aos pacientes e força para enfrentar dificuldades, mas não é certo atribuir a cura de um tumor somente à meditação”.

É realmente perigoso pautar tratamentos de doenças tão delicadas como o câncer dessa maneira, já que pessoa amedrontadas com os métodos tradicionais podem deixar de tratar pelo já comprovado, indo atrás de medicinas alternativas, trazendo resultados negativos ao processo de cura.

Foto Destaque: Imagem do podcast. Reprodução/Twitter

Saiba como o treino de cardio influencia no ganho de massa muscular

O treinamento de resistência e de força pode ter uma influência negativa um sobre o outro, mas somente se eles forem combinados de maneira desproporcional que entre em conflito com o objetivo real do treinamento em si. Um halterofilista que quer fortalecer seu músculo não conseguirá resultados excepcionais do treinamento quando a metade de seus exercícios consiste no treinamento cardio excessivo, bem como um maratonista não melhorará seu desempenho de corrida levantando muito peso na academia todos os dias.

O grande desafio para as práticas que exigem um alto grau de força, bem como muita resistência, é encontrar o equilíbrio certo. A única maneira de se desenvolver em ambas as áreas é garantindo um período de recuperação adequado após a aplicação do estímulo de treinamento, mas o problema ocorre frequentemente quando se tenta melhorar em ambas as áreas ao mesmo tempo.

Como regra geral, nunca se deve tentar uma sessão de fortalecimento quando seus músculos já estão esgotados. A pessoa não será capaz de trabalhar com a intensidade necessária para criar um estímulo de treinamento eficaz. Assim, o risco de lesão aumenta quando ela levanta pesos pesados com músculos cansados, porque os seus músculos estabilizadores são enfraquecidos e sua coordenação é prejudicada.


Musculação aliada ao treino de cardio é o ideal. (Foto/Reprodução/Getty Images)


Desde que a pessoa forneça ao seu corpo proteínas de alta qualidade, carboidratos complexos e gorduras essenciais suficientes e dê aos seus músculos tempo para se recuperar, o treinamento de resistência definitivamente não leva à perda muscular. Na verdade, é bem o contrário. Exercícios cardiovasculares regulares podem realmente ter um efeito positivo na construção muscular.

O sistema cardiovascular funciona melhor e de forma mais eficiente, incluindo um aumento do crescimento capilar nos músculos, o que melhora a circulação muscular. O oxigênio e os nutrientes são transportados mais rapidamente e os resíduos metabólicos são removidos mais rapidamente.

Além disso, ele aprimora a resistência e acelera a recuperação. Dessa forma, a pessoa pode trabalhar com mais frequência e em intensidades mais elevadas. Esse tipo de exercício pode também ajudar a reduzir a percentagem de gordura corporal.

De acordo com o professor sueco Tommy R. Lundberg e sua equipe de pesquisa, o treinamento de resistência não apenas beneficia indiretamente a construção muscular, mas também pode contribuir diretamente para o crescimento muscular.

Em um estudo publicado em 2013 no “Journal of Applied Physiology”, nos EUA, os pesquisadores chegam à conclusão de que combinações de exercícios de cardio e musculação levam a um maior crescimento muscular do que o treinamento de força sozinho.

Dessa forma, conclui-se que o treino de cardio deve ser uma parte regular do treinamento de força. O medo de que os exercícios de resistência, quando incorporados corretamente, levem à perda de massa muscular é infundado. Os efeitos positivos do treinamento cardiovascular regular são cientificamente comprovados e também ajudam a construir músculos indiretamente.

Foto destaque: Exercícios de cardio são muito importantes para a saúde. Reprodução/Getty Images

‘Doença do tatu’: conheça as causas, os sintomas e os riscos da paracoccidioidomicose

A “doença do tatu”, também conhecida como paracoccidioidomicose (PCM), é uma doença tropical infecciosa crônica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. A infecção inicial geralmente ocorre nos pulmões, mas também pode se espalhar para a pele, membranas mucosas e outras partes do corpo.

As células especializadas que revestem as paredes dos vasos sanguíneos e linfáticos e eliminam os resíduos celulares (sistema reticuloendotelial) também podem ser afetadas pela paracoccidioidomicose. Se o paciente não receber tratamento, podem ocorrer complicações fatais. A maioria dos casos dessa doença ocorre nas Américas do Sul e Central.

Mais de 15.000 casos de paracoccidioidomicose foram registrados desde 1930. Muitos mais casos provavelmente ocorrem, no entanto, porque a doença é pouco reconhecida. Cerca de 80% dos casos registrados ocorreram no Brasil, o último deles sendo registrado na cidade de Simões, no Piauí.

Após ficar internado por vários dias, um rapaz de 16 anos morreu no sábado (20). Além dele, outras duas pessoas estão internadas por conta da doença e autoridades de saúde da região estão preocupadas com o avanço da infecção. A partir disso, a conscientização a respeito das formas de contaminação está sendo incentivada.

A Secretaria de Saúde de Simões declarou em comunicado divulgado nesta quinta-feira que “a associação com o animal acontece porque o homem ao caçar tatus entra em contato com os buracos nos quais o solo se encontra contaminado pelo fungo”. Apesar disso, a doença não é transmitida da forma humano-humana, nem por animais.


Lesões aparecem na paracoccidioidomicose mucocutânea. (Foto/Reprodução/ELSV)


Os sintomas da paracoccidioidomicose pulmonar, na qual os pulmões são afetados, podem incluir tosse, dificuldade em respirar (dispneia), fadiga e/ou dor torácica. Adultos com essa forma do problema também podem ter alterações fibrosas e degenerativas nos pulmões que causam a perda progressiva da função pulmonar (enfisema).

Em algumas pessoas, esses sintomas progridem para uma condição conhecida como “cor pulmonale”. A doença cardíaca ocorre nessa condição devido à pressão arterial anormalmente alta dentro dos vasos que afastam o sangue dos pulmões e em direção ao coração.

Na paracoccidioidomicose mucocutânea, úlceras (lesões granulomatosas) aparecem nas membranas mucosas, especialmente as da boca e do nariz. Quando a infecção afeta o sistema linfático, o inchaço generalizado dos gânglios linfáticos (linfadenopatia) pode ocorrer em muitas áreas do corpo, especialmente no pescoço e na área das axilas. Os linfonodos infectados podem se tornar dolorosos e produzir supuração (pus).

Na paracoccidioidomicose visceral, outros órgãos do corpo também podem estar infectados, incluindo o fígado, baço e/ou intestinos. As glândulas suprarrenais podem ser particularmente suscetíveis a essa infecção. O envolvimento adrenal crônico pode causar níveis anormalmente baixos de hormônios adrenais.

Os profissionais de saúde avaliam os sintomas do paciente, bem como exames laboratoriais e exames de imagem, como raios-x de tórax, a fim de diagnosticar a paracoccidioidomicose. Muitas vezes, será realizada uma biopsia, que é a análise de uma pequena amostra da parte do corpo afetada. A amostra é enviada para um laboratório para uma cultura fúngica ou para ser examinada ao microscópio. Um exame de sangue também pode ajudar a diagnosticar a infecção.

Os medicamentos antifúngicos são os remédios mais eficazes para paracoccidioidomicose. Entre eles estão o itraconazol, o cetoconazol e o fluconazol. Formas alternativas podem ser administradas em pacientes com doença grave e que não podem ingerir outros medicamentos. Algumas delas suprimem os sintomas e interrompem o progresso da doença, mas não eliminam o fungo do corpo.

Foto destaque: Apesar de estar no nome da doença, o tatu não é o responsável pela transmissão do fungo. Reprodução/INFE

Confira como a exaustão interfere na produção do leite materno

Os cuidados com os primeiros meses de vida são muito intensos para o recém-nascido, acompanhados de mudanças na rotina, porém é mais exaustivo para os educadores responsáveis. O cansaço mental e emocional, associado a rotina do estresse pode interferir na produção de leite do leite materno.
 
A produção e liberação do leite materno durante o processo de amamentação acontece a partir da ocitocina, um hormônio que promove a concentração das glândulas mamárias da mulher. O Ministério da Saúde adverte que os níveis elevados de estresse levam a produção dos hormônios da produção de leite a adrenalina e de cortisol, que pode ocasionar na criação de ocitocina dificultando a saída do leite.


 

 

Mulher amamentando rém nascido (Foto:Reprodução/Instagram)


 
A prolactina, um hormônio produzido no corpo feminino é responsável por estimular a produção de leite materno, também pode sofrer intervenções em decorrência do cansaço e do corpo.
 
 Especialistas anunciaram que a formação de uma rede de apoio para os cuidadores responsáveis é essencial, para tornar o processo de amamentação  mais agradável.  “A rede vai fazer com que a mulher passe por esse momento da amamentação de forma mais tranquila, sem estar sobrecarregada com afazeres domésticos, por exemplo. Durante a amamentação, a mulher fica mais frágil, mais vulnerável e precisa ser ouvida”, esclarece Renata Guedes, consultora técnica da Coordenação de Saúde Perinatal e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.

O conhecimento e a orientação sobre a amamentação para as mães e familiares deveria ser   realizada durante as consultas de pré natal. Além disso, a rede de apoio pode ser formada por amigos, parentes, como também os profissionais de saúde. A produção do leite materno é produzida de acordo com a demanda do bebe, então quanto mais o indivíduo mama, maior será a produção de leite materno.   

Foto destaque: Mulher amanetando criança . Reprodução/ Instagram 

Varíola dos macacos: entenda como acontece a contaminação em animais e saiba como evitá-la

Em declaração oficial dada na noite desta terça-feira (23), a Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, em Juiz de Fora, o primeiro caso de infecção de cachorro pela varíola dos macacos. Segundo a entidade, a contaminação ocorreu a partir da convivência contínua no mesmo local com um adulto que teve o seu caso confirmado. A infecção é a primeira relatada de ordem ser humano-animal desde que a doença foi detectada no estado.

Isso indica que animais infectados podem espalhar o vírus da varíola dos macacos para as pessoas, e é possível que as pessoas infectadas possam espalhar a “/monkeypox”/ para os animais através de contato próximo, incluindo acariciar, abraçar, beijar, lamber, compartilhar áreas de dormir e dividir alimentos.

A partir desse caso, inúmeros questionamentos a respeito da “/monkeypox”/ e das formas de contaminação pelo vírus foram realizados e, além disso, a necessidade de novas explicações para a doença. As pessoas com a condição devem evitar o contato com animais, incluindo animais de estimação, animais domésticos e animais selvagens para evitar a propagação do vírus.

Se o animal de estimação estiver exposto à varíola dos macacos, as recomendações são:

1) Não se render, promover eutanásia ou abandonar animais de estimação apenas por causa de uma exposição potencial, ou virus da varíola dos macacos;

2) Não limpar ou bandar o animal de estimação com desinfetantes químicos, álcool, peróxido de hidrogênio ou outros produtos, como desinfetante para as mãos, toalhas de limpeza ou outros produtos de limpeza industriais ou de superfície.


Infecção de cachorros pelo vírus da “/monkeypox”/ é possível. (Foto/Reprodução/Shutterstock)


Animais de estimação que tiveram contato próximo com uma pessoa sintomática com varíola dos macacos devem ser mantidos em casa, longe de outros animais e pessoas por 21 dias após o contato mais recente. As pessoas infectadas não devem cuidar de animais expostos. A pessoa com a varíola dos macacos deve evitar o contato próximo com o animal exposto e, quando possível, pedir a outro membro da família para cuidar dele até que esteja totalmente recuperada.

Em alguns casos, pode ser necessário isolar e cuidar de animais que foram expostos à varíola dos macacos em um local diferente da casa. Por exemplo, as pessoas que estão imunocomprometidas, grávidas, têm crianças pequenas presentes (menores de 8 anos de idade), ou com histórico de dermatite atópica ou eczema, não devem prestar cuidados aos animais que tiveram contato próximo com uma pessoa com a “/monkeypox”/, pois podem estar em maior risco de desfechos graves da doença.

Se a pessoa tem a doença e precisa cuidar de seus animais de estimação durante o isolamento em casa, o ideal é lavar as mãos ou usar um esfregão à base de álcool, antes e depois de cuidar deles. Além disso, é importante também cobrir qualquer erupção cutânea da melhor maneira possível (por exemplo, mangas e calças compridas) e usar luvas e uma máscara ou respirador bem ajustado enquanto cuida dos animais.

Enquanto não se sabem todos os sintomas que os animais infectados podem ter, observar o animal quanto a possíveis sinais de doença, incluindo letargia, falta de apetite, tosse, secreções nasais e/ou oculares ou crosta, inchaço, febre e/ou espinhas ou bolhas. A recomendação é ligar para o veterinário caso se note que um animal parece doente dentro de 21 dias após ter contato com uma pessoa que tem varíola dos macacos provável ou confirmada.

Foto destaque: Animais também podem contrair a “/monkeypox”/. Reprodução/THRLS

Beber água pode ajudar a reduzir o risco de insuficiência cardíaca

As descobertas, publicadas recentemente no European Heart Journal, sugerem que a ingestão adequada de líquidos ao longo da vida não apenas apoia as funções corporais básicas, mas também reduz o risco de futuros problemas cardíacos.

Segundo os pesquisadores, quando as pessoas bebem menos líquidos e as concentrações séricas de sódio aumentam, o corpo tenta conservar água, o que ativa um processo conhecido por contribuir para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. O nível sérico de sódio é uma medida da quantidade de sódio no corpo – quanto mais hidratado a pessoa estiver, menor será seu nível sérico de sódio.

Os pesquisadores descobriram que pessoas com níveis séricos de sódio no limite superior da faixa normal (acima de 143 mmol/L) tinham um risco 39% maior de desenvolver insuficiência cardíaca nos próximos 25 anos em comparação com pessoas com níveis séricos de sódio mais baixos. A insuficiência cardíaca é uma condição na qual o músculo cardíaco não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades normais do corpo.

O estudo também descobriu que para cada aumento de 1 mmol/L no nível sérico de sódio de uma pessoa dentro da faixa normal, as chances de desenvolver insuficiência cardíaca aumentam em 5%. As maiores concentrações séricas de sódio na meia-idade foram associadas à insuficiência cardíaca e hipertrofia ventricular esquerda.


A ingestão diária recomendada de líquidos é de 1,6 a 2,1 litros para mulheres e 2 a 3 litros para homens. (Foto: Reprodução/Lisa Fotios/Pexels)


Embora a hidratação possa desempenhar um papel fundamental, é apenas um aspecto de como prevenir a insuficiência cardíaca. Outros fatores que podem levar à insuficiência cardíaca, como idade, pressão arterial, índice de massa corporal (IMC) e tabagismo. Essas condições podem ser alteradas com uma alimentação saudável, prática de exercícios, controle da pressão arterial e evitando o excesso de toxinas no corpo.

“Nosso estudo mostra que manter uma boa hidratação pode prevenir ou pelo menos retardar as alterações no coração que levam à insuficiência cardíaca”, disse a autora do estudo, Dra. Natalia Dmitrieva, do National Heart, Lung, and Blood Institute, Bethesda (EUA). “As descobertas sugerem que precisamos estar atentos à quantidade de líquidos que consumimos a cada dia e agir se descobrirmos que estamos bebendo muito pouco”.

Embora as necessidades de hidratação variem, a ingestão diária recomendada de líquidos é de 1,6 a 2,1 litros para mulheres e 2 a 3 litros para homens.

 

Foto Destaque: Mulher bebendo água. Reprodução/Ekaterina Bolovtsova/Pexels.

Acidente vascular cerebral: entenda como o AVC atinge mais gravemente as mulheres que os homens

Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando uma artéria do cérebro fica bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral devido à perda de seu suprimento de sangue (infarto cerebral) e sintomas que ocorrem de repente.

A maioria dos acidentes vasculares cerebrais é isquêmica (geralmente devido ao bloqueio de uma artéria), mas alguns AVCs são hemorrágicos (devido à ruptura de uma artéria). Ataques isquêmicos transitórios se assemelham a acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, exceto que nenhum dano cerebral permanente ocorre e os sintomas normalmente se resolvem dentro de uma hora.

Os sintomas ocorrem repentinamente e podem incluir fraqueza muscular, paralisia, sensação anormal ou perdida em um lado do corpo, dificuldade em falar, confusão, problemas de visão, tontura, perda de equilíbrio e coordenação e, em alguns derrames hemorrágicos, dor de cabeça súbita e severa.

Homens e mulheres que têm acidentes vasculares cerebrais muitas vezes sentem sintomas semelhantes, como queda do rosto, fraqueza do braço e dificuldade de fala. Outros sinais comuns incluem problemas de visão de um ou ambos os olhos e problemas de equilíbrio ou coordenação, mas alguns sinais de AVC em mulheres podem ser sutis o suficiente para serem despercebidos ou descartados. Isso pode levar a atrasos na obtenção de tratamentos sensíveis ao tempo e que salvam vidas.


Idade e gênero são fatores que interferem nas chances de ter um AVC. (Foto/Reprodução/HTLN)


Uma pesquisa publicada na revista “Circulation” pela American Heart Association (AHA) mostra que as mulheres muitas vezes se saem melhor ao identificar corretamente os sinais de um acidente vascular cerebral. Outro estudo de 2003 descobriu que 90 por cento das mulheres, em comparação com 85 por cento dos homens, sabiam que problemas de fala ou confusão súbita são sinais de AVC.

No entanto, o estudo também revelou que a maioria das mulheres e dos homens não consegue nomear todos os sintomas corretamente e identificar quando chamar os serviços de emergência. Apenas 17% de todos os participantes responderam à pesquisa.

As mulheres podem relatar sintomas não frequentemente associados a acidentes vasculares cerebrais nos homens. Estes podem incluir: náuseas ou vômitos; convulsões; soluços; dificuldade em respirar; dor; desmaio ou perda de consciência; fraqueza geral. Como esses sintomas são exclusivos das mulheres, pode ser difícil conectá-los imediatamente ao AVC. Isso pode atrasar o tratamento, o que pode dificultar a recuperação.

Caso a pessoa seja uma mulher e não tem certeza se seus sintomas são de um acidente vascular cerebral, ela deve entrar em contato com os serviços de emergência locais. Quando os paramédicos chegarem ao local, eles poderão avaliar os sintomas apresentados e começar o tratamento, se necessário.

Foto destaque: Cérebro afetado pelo AVC. Reprodução/NCAZ

De acordo com estudo, passar muito tempo em frente à TV aumenta risco de demência

Estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC, sigla em inglês) e da Universidade do Arizona apresentou uma relação entre o hábito de assistir televisão com o aumento do risco de idosos desenvolverem demência. Enquanto que usar o computador ou ler um livro aparentam proteger o sistema cognitivo deles. Tais provas foram a público nessa segunda-feira (22), por intermédio da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”.    

Para o estudo, de acordo com informações do site “Metrópolis”, cientistas analisaram dados de 150 mil moradores do Reino Unido com ou mais de 60 anos coletados ao longo de 12 anos buscando compreender a ligação entre comportamento sedentário e os riscos de demência. Outro dado divulgado é que nenhum dos envolvidos tinha diagnóstico da doença no início do projeto.

Os responsáveis descobriram que é mais importante o tipo de atividade do que o tempo gasto sentado durante o período de lazer quando o assunto é o envelhecimento cerebral.  


Post no Twitter sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @RomaNewsOficial)


Conforme os dados, as pessoas que acabaram por desenvolver demência assistiam, pelo menos, três horas e 24 minutos de televisão por dia. Em comparação aos indivíduos que passavam menos de duas horas em frente ao aparelho, assistir quatro horas de TV por dia foi associado ao aumento de 20% no risco de demência.  

Enquanto isso, uma hora de uso do computador tem relação com a redução de 25% do risco de desenvolvimento da comorbidade em comparação a nenhum uso. 

O professor David Raichlen, autor do estudo, disse à agência de notícias da USC: “Sabemos de estudos anteriores que assistir televisão envolve baixos níveis de atividade muscular e uso de energia em comparação com o uso de um computador ou leitura”

Segundo o próprio estudo, mesmo que ficar sentado por longos períodos, sem interrupção, estar associado à redução do fluxo de sangue no cérebro, a estimulação intelectual causado pelo uso do computador consegue neutralizar os efeitos negativos da posição.  

Ainda de acordo com o “Metrópolis”, embora a pesquisa tenha mostrado que ficar sentado ininterruptamente por longos períodos está associado à redução do fluxo sanguíneo no cérebro, a estimulação intelectual que ocorre durante o uso do computador pode neutralizar os efeitos negativos da posição, de acordo com o estudo.

Foto Destaque: Para o estudo, os cientitas analisaram dados de 150 mil moradores do Reino Unido. Reprodução/Twitter @RomaNewsOficial.

Estudo afirma que exercício físico pode reduzir em 43% o risco de morte por Covid-19

O coronavírus alterou completamente o modo de viver de tudo e todos, pois trata-se de um vírus novo, muito infeccioso e com potencial de matar. Dessa forma, tal doença dominou, praticamente, todas as rodas de conversa, além de também “despertar” a criatividade das pessoas quanto à cura. Porém, segundo o “Metrópolis”, há uma relação entre fazer exercícios físicos e Covid-19. 

O site “Terra”, também apresentou que, por ser uma novidade, mesmo depois de mais de dois anos, são publicadas descobertas sobre o vírus. Falando nisso, o “British Journal of Sports” divulgou um estudo científico, que contou com um compilado contendo cerca de 15 pesquisas sobre a relação entre o coronavírus e atividades, mostrando que a prática regular de exercícios pode suavizar os efeitos da doença.  


Post no Twitter sobre a prática de exercícios ser uma arma contra a Covid-19. (Reprodução/Twitter @a_garciahermoso)


Os autores do estudo revelam ao público que a prática de atividade física consegue reduzir ligeiramente o risco de infecção pela covid-19. Porém, a descoberta principal dos mesmos é a queda de 36% na taxa de hospitalização, enquanto que a de morte diminuiu 43% entre aqueles que não são sedentários. Sendo assim, se o indivíduo faz exercícios rotineiramente, as chances de desenvolver um quadro mais grave da doença são bem menores. 

Outro dado encontrado pelos cientistas, por intermédio dos estudos analisados, reflete o quanto de atividade física é necessário para alguém se manter saudável. Conforme eles, o recomendado é de, ao menos, 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana. 

Mesmo que seja uma boa novidade, conforme informações divulgadas pelo “Terra”, os responsáveis pelo estudo admitem que a análise não é um veredito definitivo. Isso ocorre pois a metodologia dos estudos variar muito e maioria deles foi feita com informações fornecidas por seus próprios voluntários. Além desse detalhe, há também o risco de tendência, o que leva a ser publicados apenas os estudos que apresentam conclusões sobre possível efeito positivo da atividade física. 

Por fim, ainda não se sabe, com certeza, o motivo por trás da prática de exercícios regulares ser capaz de proteger o organismo da pessoa da Covid-19. A ideia é que o exercício aumenta a capacidade imunológica do corpo e combata alguns fatores de risco da doença.  

Foto Destaque: Exercícios físicos podem ajudar a diminuir risco de morte por Covid-19. Reprodução/Twitter @MedTransformCen.