Termômetros marcam 34,7ºC em São Paulo, a maior temperatura do ano na capital

Neste sábado (24), começou a primavera na capital paulista. No mesmo dia, foram registrados 34,7ºC, a maior temperatura de 2023. A mesma marca também foi atingida na sexta-feira (22). A previsão é que a onda de calor continue até terça-feira (26).

Além disso, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse pode ser considerado o inverno mais quente de São Paulo com médias de temperatura 2,5ºC acima do previsto. O mesmo ocorreu com as mínimas, com 2,2ºC de desvio para cima. 

Histórico climático em São Paulo 

Os últimos momentos de um inverno tão quente na capital foram em 2012, quando as máximas ficaram 1,9°C acima da média normal climatológica. Em comparação com o inverno deste ano, temos 19 dias com temperatura acima de 30°C, 13 desses dias em setembro. 


Registro da piscina do Sesc Belenzinho no último sábado (23) com lotação devido às altas temperaturas (Foto: Reprodução/Bruno Rocha/Estadão) 


O volume de chuva também ficou abaixo da média na zona norte, mas especificamente na estação meteorológica automática do Mirante de Santana, registrando 42% a menos. O Instituto prevê que a primavera siga o mesmo padrão. As temperaturas acima da média chegaram ao seu ápice neste domingo (24), com recordes próximos ao dia 17 de outubro de 2014, quando a cidade registrou 37,8ºC.

Entenda porque faz calor em São Paulo

De acordo com o Inmet, ocalor intenso se dá pela massa de ar quente e seca que atinge a capital e o país. O fenômeno acontece pelo bloqueio atmosférico, caracterizado por um sistema de alta pressão do ar que mantém o tempo seco. 

Porém, o principal motivo é pelo fenômeno El Ninõ, ou seja, o aumento da temperatura das águas no Oceano Pacifico. Na região sudeste do país, ele favorece ainda mais a incidência de dias quentes. 

A Defesa Civil de SP também afirma que estudos recentes apontam uma mudança brusca dos ventos alísios que cortam a região, principalmente pelo enfraquecimento dos ventos que promove a sensação de “tempo abafado”, causada pelas massas de ar. 

 

Foto destaque: As temperaturas em SP podem chegar a 37ºC, recorde da capital. Reprodução/Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

Onda de calor: brasileiros buscam alternativas para amenizar os efeitos

As maiores temperaturas do ano estão sendo marcadas pela onda de calor em alguns estados brasileiros, como Cuiabá, Palmas, São Paulo, Rio de Janeiro e outras. Na capital paulista, as filas dos SESC (Serviço Social do Comércio) ficaram lotadas e quem conseguiu descer para o litoral aproveitou para se refrescar mesmo com as altas temperaturas. 

Os termômetros podem chegar a máxima de 38ºC na região Sudeste e na região Centro-Oeste, além de Cuiabá, poder chegar aos 42ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A onda de calor começou nos últimos dias do inverno, na última segunda-feira (17).

Inmet emite alerta vermelho 

O aumento da intensidade do calor fez com que os 11 estados estejam acima da média de temperatura. De forma geral, o alerta é emitido quando é esperado um fenômeno meteorológico com probabilidade de “grandes danos e ocorrências, com riscos para a integridade física ou mesmo para a vida humana”, de acordo com o Instituto. O alerta é válido até as 18h de terça-feira (26).


Alerta de calor é emitido pelo Inmet até terça-feira (26) (Foto: Reprodução/INMET)


Meteorologistas também afirmam que haverá persistência do calor em algumas cidades ao longo da próxima semana, como oeste de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, oeste e norte de São Paulo e oeste da Bahia. 

Veja como diminuir os efeitos da onda de calor 

O calor, quando relacionado à baixa umidade, pode promover a desidratação. Por esse motivo, a principal recomendação é não esquecer de se manter hidratado durante esses dias. Para quem tem dificuldade de consumir água, é válido estar atento aos sinais de desidratação, o primeiro deles é a sede. 

Além dos cuidados em se manter hidratado, o Ministério da Saúde também recomenda: 

  • Utilizar roupas leves e protetor solar;
  • Consumir alimentos leves, como frutas com bastante líquido, como a melancia;
  • Usar chapéus e óculos escuros em adultos e crianças;
  • Repousar em locais com sombra e arejados. 

O órgão também recomenda o uso do protetor solar com pelo menos fator 30 de proteção e que seja aplicado pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas ou após nadar, se secar e/ou suar. 

 

Foto destaque: População encontra meios para se refrescar com onda de calor que atinge alguns estados brasileiros. Reprodução/Getty Images/BBC

Persistente chuva continua desafiando gaúchos após devastadoras enchentes

No sábado (23), no Rio Grande do Sul, as condições climáticas adversas voltaram a causar problemas, enquanto os moradores continuam se recuperando das enchentes que resultaram em 49 mortes e deixaram milhares de pessoas desabrigadas.

Pessoas desabrigadas

Em Bagé, localizada na região sul, os residentes foram surpreendidos por uma intensa tempestade de granizo, resultando em inúmeros relatos de danos em telhados e veículos, conforme informado pela Defesa Civil.

A chuva também causou inundações na região metropolitana de Porto Alegre. Em Alvorada, pelo menos mil indivíduos já foram forçados a deixar suas residências desde a semana passada, de acordo com a Defesa Civil.


Mau tempo continua causando estragos no Rio Grande do Sul. (Reprodução: foto/Jornal Nacional/Tv Globo).


Caxias do Sul, na região serrana, também foi atingida por uma tempestade, com uma imensa nuvem obscurecendo o céu.

Na fronteira oeste, cerca de 700 pessoas permanecem deslocadas devido às inundações dos rios.

No Vale do Taquari, a área mais impactada pela enchente que afetou o estado há quase três semanas, a situação ainda é motivo de preocupação.

Comunicado

As autoridades da Defesa Civil em Roca Sales estão intensificando a vigilância do rio, que continua em um nível alarmante.

“O tempo não dá trégua, o solo está completamente encharcado e o nível do rio ainda não se normalizou. Isso faz com que haja um aumento no nível do rio. Ainda não podemos falar em uma enchente significativa, mas com a quantidade de chuva que está prevista, é possível que tenhamos um aumento modesto nas águas”, declarou Cleber Fernando dos Santos, coordenador da Defesa Civil de Roca Sales.

As doações provenientes de diversas partes do Brasil estão fornecendo assistência a milhares de pessoas.

No sábado (23), o prefeito de Muçum emitiu um apelo urgente. Ele disse: “Concentrem suas contribuições em produtos diferentes, como móveis e eletrodomésticos, pois há uma grande demanda por esses itens. No entanto, neste momento, pedimos que não enviem roupas e alimentos, pois não temos espaço de armazenamento disponível”, declarou Mateus Giovanoni Trojan, prefeito de Muçum (MDB).

Domingos, um aposentado, perdeu sua casa e teve outra residência em Muçum condenada pela Defesa Civil. Ele lamentou: “Minha casa foi totalmente destruída, levando embora até o barracão, gaita e utensílios de cozinha.”

As equipes técnicas das prefeituras estão em busca de terrenos em áreas mais seguras, pois as casas não serão reconstruídas em seus locais originais devido ao risco de futuras enchentes. Um levantamento realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul revelou que pelo menos dez mil propriedades no Vale do Taquari foram afetadas.

A Fernanda encontrou uma nova residência e almeja um futuro diferente. “Futuro bom, não morar ali perto do rio, porque o restante a gente trabalha, a gente educa. E o melhor de tudo, não só pros meus filhos, mas pros outros filhos também lá de toda comunidade lá do bairro e das mãezinhas que querem o bem melhor”, disse Fernanda da Rosa, dona de casa.

Com a ajuda de voluntários, militares e bombeiros, os moradores conseguiram limpar a maioria das principais ruas. Os prefeitos implementaram o programa de aluguel social, que prevê o pagamento de até 800 reais por mês ao proprietário do imóvel.

Foto Destaque: Nuvem de tempestade avançando sobre a cidade Caxias, no Rio Grande do Sul. Reprodução: foto/X/Metsul.

Polícia investiga como traficantes do ES tiveram acesso a fentanil, anestésico de uso restrito

Após três apreensões de fentanil em Espírito Santo neste ano, a Polícia Civil investiga como esse anestésico de uso restrito aos hospitais chega ao alcance dos traficantes. 

Em fevereiro, 31 frascos de fentanil, além de outras drogas, foram encontrados em uma casa abandonada, em Cariacica, na Grande Vitória. Já em agosto, 41 ampolas foram apreendidas em Vitória, enquanto o último caso ocorreu há um mês, no sul de Espírito Santo.


Polícia investiga como frascos do anestésico fentanil caíram nas mãos de traficantes. (Foto: reprodução/g1)


Declaração da polícia

Segundo a polícia, o anestésico está sendo usado para potencializar o efeito de outras drogas, como explica Darcy Arruda, chefe da Polícia Civil-ES:

“Ali era um laboratório de drogas e o que nos chama atenção é que o fentanil certamente ou já estaria sendo administrado em determinado tipo de drogas ou estaria pra ser”.

Efeitos do fentanil

Wellington Pioto, presidente da Associação Brasileira de Anestesiologia do Espírito Santo, explica efeitos adversos do fentanil no organismo:

“Ele faz com que a musculatura do tórax não consiga se mover. E uma das grandes responsáveis, além do diafragma, para que o seu pulmão se encha de ar são as musculaturas intercostais. Então, ela se trava e você não consegue expandir a caixa toráxica, você não consegue respirar”.

Além disso, a droga é um anestésico 100 vezes mais potente do que a morfina, podendo, em altas doses, causar até alucinações, motivos pelos quais esse produto pode ser administrado somente em hospitais, com acompanhamento médico adequado. Por isso, a suspeita dos investigadores é que o medicamento esteja sendo desviado de hospitais. 

“Aí vem também um trabalho de inteligência pra saber quem são aquelas pessoas, quem são aqueles traficantes, qual o relacionamento, qual a sua rede, que possa chegar em alguém que tenha uma influência dentro de hospitais ou que trabalha dentro de um hospital”, disse Arruda.

Segundo a polícia, esses são os primeiros casos em que o fentanil é ligado ao tráfico de drogas no Brasil. 

 

Foto destaque: Polícia investiga como anestésico fentanil caiu nas mãos de traficantes. Reprodução/Twitter/X/@GloboNews

São Camilo opta por não aplicar medidas disciplinares severas aos estudantes de Medicina

O Centro Universitário São Camilo anunciou, na sexta-feira (22), que não tomará a medida de expulsar os estudantes de Medicina envolvidos em atos inadequados durante jogos universitários realizados em abril deste ano, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram estudantes da universidade baixando seus shorts e exibindo suas nádegas durante uma partida de vôlei feminino, envolvendo aproximadamente 15 estudantes em tais poses.

Punição

A São Camilo justificou sua decisão afirmando que deseja evitar medidas extremas que poderiam resultar em injustiças, optando apenas por suspender os alunos de atividades esportivas.

Por outro lado, a Universidade Santo Amaro tomou a medida de expulsar 15 alunos recém ingressados no curso de Medicina que haviam participado de uma simulação coletiva de masturbação durante o evento conhecido como os jogos da CaloMed, que visavam à integração entre calouros e veteranos do curso.


Alunos do Centro Universitário São Camilo durante torneio de vôlei, antes da exposição de suas partes íntimas (Foto: Reprodução/ Redes sociais/Estadão)


Comunicado

A São Camilo comunicou que reconhece a gravidade das ações dos estudantes e entende que a exposição pública de suas ações pode afetar suas futuras carreiras como profissionais da saúde. Assim, optou por mantê-los como parte de seu corpo discente, submetendo-os a medidas socioeducativas em linha com sua vocação pela formação técnica e humanista. A universidade justificou que seria injusto expulsar apenas alguns alunos, visto que outros poderiam ter participado dessas ações, mesmo que não aparecessem nas imagens divulgadas.

A instituição afirmou que não deseja tomar decisões precipitadas com base em julgamentos feitos no calor dos acontecimentos, que frequentemente resultam em erros irreversíveis.

A São Camilo entende que o comportamento registrado pelas câmeras não se limita a uma dezena de alunos, sendo uma questão mais ampla que requer uma mudança efetiva, mesmo que essas ações ocorram fora do campus da universidade.

Além disso, a nota mencionou que o Departamento de Psicologia da instituição estará disponível para auxiliar os alunos, que também dedicarão parte de seu tempo livre a projetos sociais voltados para populações vulneráveis.

A reitoria da São Camilo decidiu pela suspensão indefinida da participação dos alunos do curso de Medicina em qualquer competição esportiva.

Por fim, a instituição reforçou a proibição de trotes no Centro Universitário São Camilo e expressou seu compromisso em analisar cuidadosamente todas as situações à luz de seu Regulamento de Medidas Disciplinares Internas, com o objetivo de promover um ambiente acadêmico mais saudável e, assim, erradicar definitivamente tais comportamentos inadequados.

 

Foto Destaque: Campus do Centro Universitário São Camilo. Reprodução: foto/divulgação/CUSC

Luísa Sonza é multada por fazer show sem autorização em SP

Neste sábado (22), após quase dois anos, a Prefeitura de São Paulo multou a empresa da cantora Luísa Sonza em R$17.729,89 pela realização de show improvisado e sem autorização na Avenida Paulista. A artista que atualmente enfrenta o conturbado término de seu relacionamento, foi acionada pela justiça por ato que ocorreu em dezembro de 2021, em um evento promovido para a divulgação do álbum “Doce 22”.

Em comunicado, a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), por meio da Subprefeitura Sé, relatou que a estrutura organizada para o evento não foi autorizada e feriu  o Decreto Municipal 57.086/2016. 

Devido ao ocorrido, a prefeitura de São Paulo inscreveu a empresa Luísa Sonza e Cia Ltda na dívida ativa municipal, e abriu uma execução fiscal na Justiça cobrando o pagamento que, com juros, já superou R$20 mil.  


Luisa Sonza durante show surpresa na avenida Paulista, em 2021. (Foto: Reprodução/ Patrícia Devoraes/Brazil News)


Decreto Municipal 

De acordo com a prefeitura, o evento promovido pela equipe de Luisa Sonza infringiu as regras do decreto municipal 57.086/2016, responsável pelo programa ‘Ruas Abertas” e que fecha vias como a Paulista todos os domingos e feriados, das 8h às 16h.

No decreto são especificadas as ações permitidas e alertado sobre a necessidade de acordo prévio com a prefeitura para as devidas atividades, “são permitidas manifestações artísticas, culturais e esportivas, mediante pactuação com a respectiva Subprefeitura, com validade de até 30 (trinta) dias, podendo ser renovadas até o período máximo de 90 (noventa) dias”.

Sobre o evento

A ação, realizada em 19 de dezembro de 2021, foi pensada para divulgação do disco “Doce 22” da cantora. Na ocasião, Luisa surpreendeu quem passava pela Avenida Paulista. A  apresentação foi gratuita e não deixou a desejar no quesito animação. 

Com aparelhagem de som montada e acompanhada por suas bailarinas, Sonza cantou, dançou e fez a alegria das pessoas que por ali estavam. A ação foi divulgada pelos stories do Instagram de Luisa e pelos vídeos, foi possível ver que a área onde a cantora estava precisou ser isolada, devido ao grande público que se formou para acompanhar o show.

Apesar do grande número de admiradores, na época, a ação dividiu opiniões nas redes sociais, por onde teceram críticas, principalmente, para as roupas usadas por Luisa Sonza. 

 

Foto destaque: Luisa Sonza durante show surpresa na Avenida Paulista, em 2021. Reprodução/Patrícia Devoraes/ Brasil News

Segundo Datafolha, há divergências sobre uso recreativo e medicinal da maconha entre brasileiros

Segundo o recente levantamento do instituto Datafolha, publicado pelo jornal “/Folha de S.Paulo“/ neste sábado (23), a maioria dos cidadãos brasileiros se opõe ao uso recreativo da maconha, enquanto demonstra apoio ao seu uso medicinal. Eis os números:

Fins recreativos


Plantação de cannabis. (Reprodução: foto/Sudheir Kumar/Pixabay)


72% dos brasileiros se mostram contrários ao uso recreativo, enquanto 23% estão a favor. A parcela de indiferentes ou pessoas que não têm uma opinião definida representa 5% da população.

Fins medicinais

Em contrapartida, aqueles que demonstram apoio ao uso medicinal totalizam 76%, enquanto 26% se posicionam contra essa prática. Um percentual de 1% indica indiferença, e 2% não têm uma opinião formada a respeito.

A pesquisa, que consultou 2.016 pessoas em 139 municípios brasileiros nos dias 12 e 13 de setembro, apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, de acordo com o instituto.

O estudo revela que há um maior nível de informação sobre o uso medicinal na sociedade, com 85% dos entrevistados afirmando possuir algum grau de conhecimento sobre o tema. Deste grupo, 32% dizem estar bem informados, 42% se consideram parcialmente informados e 11% acreditam estar mal informados. Aqueles que têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto somam 11%, enquanto 2% optaram por não responder.

Entre esses entrevistados, 97% relataram nunca terem experimentado o canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC), dois componentes da cannabis frequentemente empregados em tratamentos medicinais à base da planta. Apesar disso, surpreendentemente, 67% dos brasileiros apoiam o cultivo de cannabis para a produção de medicamentos.

Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou regulamentações que permitem a importação de produtos à base de cannabis para uso medicinal sob prescrição médica. Isso permitiu o acesso a tratamentos de cannabis para condições médicas específicas, como epilepsia refratária e dor crônica. No entanto, o cultivo de maconha para fins medicinais ainda não é amplamente regulamentado no país.

 

Foto Destaque: cannabis medicinal sendo extraído em laboratório. Reprodução/ Profissão Repórter

Marido de Walewska revela problemas no casamento em depoimento à polícia

Após a morte de Walewska Oliveira, na última quinta-feira (21), o marido da ex-jogadora de vôlei se pronunciou em depoimento às autoridades que investigam o caso. Em boletim de ocorrência divulgado, Ricardo Alexandre Mendes revelou que o casal vinha passando por crises há alguns anos e afirmou ter pedido o divócio recentemente. 

“[O casamento] foi se desgastando por diversos problemas; por ela ser compulsiva por compra e ter dilapidado boa parte do dinheiro que eles conseguiram durante os anos de casados”, afirmou Ricardo, com quem Walewska era casada há 20 anos. 

Além disso, ainda em seu depoimento à polícia, o companheiro da ex-atleta relatou situação de três anos atrás, na qual Walewska havia tentado suícidio, no apartamento em que moravam, em Uberlândia. Na ocasião, o corretor de imóveis afirmou ter alertado seus sogros sobre o ocorrido e sobre os problemas que o casal estava enfrentando. 

Segundo relato que consta no boletim, “há cerca de três anos, enquanto ela jogava vôlei em Uberlândia, durante uma conversa, a jogadora insinuou praticar ato contra a própria vida, fato que fez Ricardo ir até a cidade e ter uma conversa com os pais dela, expondo todo o problema que estava acontecendo”.

No dia do acidente envolvendo Walewska, Ricardo foi informado através de uma mensagem no grupo de moradores do edifício. Antes disso, relatou ter recebido uma mensagem de texto da esposa, na qual Walewska mencionava decisões sobre o relacionamento.


Walewska Oliveira em sua partida de despedida das quadras (Foto: Reprodução/instagram/@walewska.oliveira)


Mensagens ao marido

Em depoimento, Ricardo disse que saiu de casa às 7h da manhã e retornou por volta das 17h30. Quando entrou no apartamento, informou não ter encontrado a esposa, e ter ido descansar no quarto do casal. 

Por volta das 18h07, informou ter recebido uma mensagem de Walewska em que a ex-jogadora falou sobre o relacionamento desgastado e sobre a decisão do marido de se separar.  Após cerca de 22 minutos, Ricardo disse ter recebido novas mensagens, dessa vez da gestora do prédio, que falava sobre o incidente. 

“Ele ficou muito impactado e abalado com a notícia, tendo permanecido imóvel pois não queria ver sua mulher naquela situação”, disse a gestora durante o seu depoimento à polícia. 

Outras informações

A ex-jogadora de volei, Walewska Moreira de Oliveira, morreu no início da noite de quinta-feira (21), quando caiu do 17º andar do prédio em que residia. Após a queda, uma unidade de resgate tentou reanimar a ex-jogadora de 43 anos, mas foi constatado o óbito ainda no local. 

A atleta cumpria agenda profissional com a divulgação de sua biografia e havia participado recentemente de um podcast onde falou sobre sua atual rotina e seus planos para o futuro. 

Walewska foi campeã olímpica nos Jogos de Pequim, em 2008, e recebeu o bronze em Sidney, em 2000. Durante sua carreira, passou por diversos clubes como Minas, Osasco e Praia Clube, onde se aposentou

 

Foto destaque: Walewska Oliveira e seu marido Ricardo Alexandre Mendes. Reprodução/Instagram @walewska.oliveira

Enterro de Walewska é realizado nesse sábado em Belo Horizonte

Na manhã desse sábado, foi enterrada a jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que morreu nesta quinta-feira (21), após cair do 17º andar do prédio onde morava com o marido, em um bairro nobre de São Paulo. Walewska foi enterrada no cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Nas últimas semanas, Walewska estava divulgando sua biografia na capital paulista. Na última quarta-feira (20), ela havia participado de um podcast para falar da biografia e de sua carreira vitoriosa na Seleção Brasileira.

Muitos amigos e jogadores do vôlei brasileiro estiveram presentes no velório, entre eles, Maurício Lima, ex-levantador dos Minas Tênis Clube e da seleção brasileira, o ex-jogador e técnico Anderson Oliveira, Suelen, líbero do Praia Clube e Keyla Monadjemi, diretora de vôlei feminino do Minas Tênis Clube.

Saiba mais sobre Walewska Oliveira

A ex-jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei nasceu em Belo Horizonte em 1 de outubro de 1979. Walewska iniciou sua carreira pelo Minas Tênis Clube, em 1995, clube que retornaria em 2014. Walewska jogou a temporada 2014/2015 pelo Minas. 

Pela seleção brasileira, Walewska jogou por mais de 10 anos. Em 2008, Walewska foi campeã olímpica em Pequim e também foi eleita a melhor bloqueadora do mundo.  Já em Olimpíadas, ela foi bronze em Sidney (2000). Waleska se aposentou da seleção, mas continuou atuando em diversos clubes, como o Osasco e Praia Clube, onde se aposentou.


Walewska em atuação pelo Praia Clube. (Foto: Reprodução/Instagram/@walewska.oliveira)


Walewska enviou mensagem ao marido antes de morrer

Ricardo Alexandre, marido de Walewska, revelou no Boletim de Ocorrência que recebeu uma mensagem da jogadora minutos antes dela cair da sacada. Na mensagem, Walewska teria falado sobre a decisão de Ricardo de se divorciar. 

Ricardo informou a Polícia que os dois vinham enfrentando uma crise no casamento. Walewska teria desenvolvido uma compulsão por compras, e acabou utilizando boa parte do dinheiro que o casal vinha juntando. 

A Polícia também informou que no local onde ocorreu a queda da jogadora, foi encontrada uma taça e uma garrafa de vinho, junto de uma possível carta de despedida, o que fortaleceu a tese de suicídio.

 

Foto destaque: Jogadora Walewska Oliveira. Reprodução: Instagram/@walewska.oliveira

Liminar que determinava o uso de câmeras corporais de policiais na Operação Escudo é suspensa

Nesta sexta (22), a Justiça de São Paulo suspendeu a liminar de determinação para que todos os policiais que participam da “Operação Escudo”, no Litoral de São Paulo, utilizem câmeras no uniforme. A liminar foi feita a pedido da Defensoria Pública do Estado e do Ministério Público (MP-SP), tendo sido concedida e suspensa no mesmo dia. A decisão foi do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ricardo Anafe, acatando um recurso do governo do estado e derrubando a liminar do juiz Renato Augusto Pereira Maia. 

Ricardo Anafe argumentou que a determinação proíbe que os policiais que estejam sem câmeras atuem na operação, causando “uma lesão de difícil reparação à economia, ordem, e a segurança pública”.

A ação foi movida no início do mês contra o governo de SP pela Defensoria Pública, em parceria com a ONG Conecta Direito Humanos.

 

Entenda a liminar que determinou o uso de câmeras

O juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11ª Vara da Fazenda Pública da capital, determinou em liminar que todos os policiais militares envolvidos nas ações do Litoral Paulista passem a ter a câmera fixada ao uniforme.

A Operação Escudo foi iniciada pela Secretaria de Segurança Pública em 28 de julho, um dia após o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), Patrick Bastos. O soldado foi morto no Guarujá. A Operação Escudo terminou no início do mês de setembro com um saldo de 28 mortes.


Câmeras corporais foram tema da liminar. (Foto: reprodução/TV Globo/IG)


O que foi determinado na liminar 

Na liminar apresentada, o juiz Renato Augusto Pereira Maia fez outras duas determinações principais à SSP do Estado de São Paulo:

  • O Estado é obrigado a instituir mecanismos para assegurar que as câmeras corporais sejam usadas corretamente por parte dos policiais militares;
  • A SSP deslocará um contingente de policiamento com câmeras, e impedindo que policiais sem câmeras atuem na operação. Sob penas criminais, administrativas e civis daqueles que atuarem sem câmeras, ou câmeras desligadas.

Isso se iniciou após os policiais serem acusados de violar os direitos humanos. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) reuniu pelo menos 10 relatos de graves violações dos direitos humanos durante a Operação Escudo

 

Foto destaque: Câmeras corporais da PMSP. Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil/R7