Anna Wintour deixa o cargo de editora-chefe da Vogue

Anna Wintour deixou o cargo de editora-chefe da revista Vogue Americana, uma das mais importantes do segmento. Segundo o WWD, jornal de moda, a editora comunicou funcionários sobre a procura de um substituto nesta quinta-feira (26).

Embora Wintour esteja saindo da posição, ela ainda continua na Vogue e segue com suas atividades de diretora do grupo editorial Condé Nast. Já na revista, ela segue no cargo de diretora editorial global, fazendo a supervisão das marcas que fazem parte do conglomerado.

Nomes importantes do mercado de publicações fazem parte da empresa, como Glamour, Bon Appetit, GQ, Wired, Vanity Fair e Condé Nast Traveler.

A britânica foi editora-chefe da Vogue desde 1988, completando 37 anos na função.

História

Anna Wintour começou sua ligação com o jornalismo e a moda desde muito jovem. Ela é filha do jornalista Charles Wintour, que teve passagem no tabloide britânico London Evening Standard e no The Guardian, um dos jornais mais conhecidos no ocidente.

Na Vogue, Wintour influenciou os looks de celebridades e de figuras importantes do mundo, além de ter feito história. A primeira edição comandada por ela, lançada em novembro de 1988, trouxe a modelo israelense Michaela Bercu como capa da revista. O destaque, no entanto, não foi a loira, mas sim a calça jeans usada por ela. Aquela foi a primeira vez que a peça, que não era considerada artigo de luxo, tinha espaço no segmento.

A ex-editora ficou registrada na história da moda pela sua marca visual: os óculos escuros. Para a CNN, ela revelou ser uma estratégia para nunca saberem o que ela está pensando.


                            Michaela Bercu em capa da Vogue (Foto: Reprodução/Vogue)

 


Adaptação

Os anos no cargo trouxeram fama a Anna Wintour, principalmente de que ela era muito exigente com seus funcionários e cuidadosa com a revista. A editora, então, foi a principal inspiração para a personagem Miranda Priestly, do livro e filme “O Diabo Veste Prada”.

No longa, interpretada por Meryl Streep, Miranda Priestly é editora da revista Runway, que comanda com firmeza. A personagem ficou eternizada no imaginário da cultura pop, seja pelos looks ou pela personalidade excêntrica.

Dua Lipa usa look icônico de Claudia Schiffer em Londres

Durante passagem em Londres para a turnê de seu último álbum “Radical Optimism”, Dua Lipa foi registrada usando um look icônico dos anos 1990, usado por Claudia Schiffer. Ao lado do noivo, Callum Turner, a cantora mostrou o dedo do meio em sinal de diversão.

A roupa se trata de um cropped amarelo da coleção de alta-costura do outono de 1995 da Channel, assinado por Karl Lagerfeld. Com gola redonda, dois bolsinhos e botões, a peça se destaca pelas linhas em preto, que trazem um ar de sofisticação ao mesmo tempo que mantém o ar jovial.

Na época, a vestimenta foi eternizada na pele de Claudia Schiffer, sendo a estrela da campanha. Porém, o modelo usado por ela era um pouco diferente em comparação com o da albanesa: possuía manga longa e gola alta.

A alemã publicou a foto da artista em seu Instagram e fez um comentário: “Dua, você está deslumbrante neste look de 1995, uma das minhas campanhas favoritas“.

A coleção

As peças desta coleção em alta-costura seguem o padrão das linhas retas e botões, dos vestidos mais despojados, de madame àqueles com direito a usar véu. Segundo a Vogue, a linha trazia uma ousadia no estilo Barbie dos tailleurs junto aos penteados que a revista chama de “dramáticos“.

Os designs foram produzidos por Karl Lagerfeld, que era diretor criativo na época. Assumindo a posição em 1983, o estilista ficou no cargo até 2019, quando faleceu. Foram mais de 35 anos no comando da casa de moda francesa.


 Look usado por Claudia Schiffer e Dua Lipa (Foto: reprodução/Instagram/@claudiaschiffer)

Dua Lipa

A popstar usou a roupa antes do show no estádio Wembley, em Londres, na sexta-feira (20). A arena é a maior do Reino Unido e a segunda maior de toda Europa, somente atrás do Camp Nou, em Barcelona.

Os ingressos para o espetáculo dos dias 20 e 21 de junho esgotaram. A estrela escreveu em seu Instagram agradecendo aos fãs: “Esses foram os shows mais especiais e inesquecíveis que já fiz!!!“. Na turnê, hits como “Houdini” e “Physical” fazem parte do setlist.

Pharrell transforma desfile da Louis Vuitton em espetáculo de moda nas ruas de Paris

Durante a última edição da Semana de Moda Masculina de Paris, Pharrell Williams — diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton — mostrou que os acessórios podem, sim, roubar a cena. E não foi só isso: ele provou que as bolsas também podem contar histórias, refletir atitude e ditar tendências.

Entre os tantos elementos que marcaram sua apresentação, um detalhe brilhou mais alto: as novas versões da clássica Speedy e de outras bolsas icônicas da grife. Reinventadas em diversas cores, texturas e materiais, elas causaram frisson entre fashionistas, colecionadores e apaixonados por design.

A Speedy, como você nunca viu antes

Criada originalmente em 1930 como uma versão menor da mala Keepall, a Speedy sempre foi um dos modelos mais populares da Louis Vuitton. Agora, sob o olhar ousado e criativo de Pharrell, ela ganha um upgrade radical: monograma colorido, couro ultramacio, detalhes artesanais e uma presença visual que grita atitude.

O modelo apelidado de Speedy P9 foi visto nas cores rosa bebê, laranja queimado, pistache, azul royal e até lilás. Mas o mais impressionante é o acabamento: o couro espesso, quase maleável, confere à bolsa um aspecto de fluidez, como se estivesse “derretendo” — uma ideia que Pharrell abraça para quebrar a rigidez da tradicional marroquinaria.


Pharrell transforma a clássica Speedy em puro desejo fashion (Vídeo: reprodução/Instagram/@louisvuitton)

O luxo elevado à décima potência: conheça a Millionaire Speedy

Se você achou a Speedy P9 impactante, espere até conhecer a Millionaire Speedy. Como o nome já sugere, trata-se de um modelo feito sob encomenda, com couro de crocodilo, ferragens banhadas a ouro, corrente robusta e cadeado cravejado de diamantes. O preço? Aproximadamente US$ 1 milhão.

Pharrell apareceu usando uma versão amarela da bolsa durante a semana de moda, mas outras cores — como verde esmeralda, azul safira e vermelho rubi — também foram vistas em circulação. O resultado é claro: essa bolsa se tornou símbolo máximo de exclusividade e sofisticação.

Detalhes que elevam a experiência

Não se trata apenas de estética. Cada bolsa carrega um nível de acabamento que impressiona:

  • Couro grosso com forro de carneiro: oferece estrutura sem perder a suavidade ao toque.

  • Hardware exclusivo: com plaquetas comemorativas, corrente removível e cadeado estilizado, os detalhes reforçam o DNA de luxo da marca.

  • Monogramas vivos: o clássico logo LV agora aparece em tons intensos, vibrantes e contrastantes, tornando cada bolsa única.

Moda masculina, mas sem gênero

Mesmo dentro de um desfile masculino, as novas bolsas da Louis Vuitton conversam com todo mundo. Influenciadores, celebridades e entusiastas da moda de todos os gêneros adotaram os modelos — e com orgulho. Entre os nomes vistos com as novas bolsas estão LeBron James, Rihanna, Jacob Elordi e Tyler, The Creator.

Pharrell deixou claro que sua proposta é democrática: estilo é sobre expressão, não sobre regras. E as bolsas refletem isso — são versáteis, ousadas e acessíveis ao olhar de quem busca mais do que funcionalidade: busca identidade.


Bolsas coloridas, ousadas e com assinatura de personalidade (Vídeo: reprodução/Instagram/@louisvuitton)

Tendência global: o retorno da bolsa como peça central

O sucesso das novas Speedys reacende o desejo por bolsas estruturadas, coloridas e com personalidade — especialmente no universo masculino, onde elas antes eram vistas como acessórios secundários.

Essa virada traz à tona uma nostalgia dos anos 2000 (quando celebridades como Jessica Simpson eternizaram a Speedy) misturada com uma estética contemporânea e provocadora. O que antes era um ícone feminino, agora é universal. E mais: é fashion statement.

A coleção que fala com tanta gente

  1. Porque é emocional: as cores, os acabamentos e a proposta lúdica despertam sentimentos.

  2. Porque é ousada: Pharrell não teve medo de brincar com tradição e propor algo novo.

  3. Porque é autêntica: em cada detalhe, a coleção carrega a assinatura de alguém que vive a moda além do look — vive como linguagem.


Da passarela para o mundo: a nova era da Louis Vuitton chegou (Vídeo: reprodução/Instagram/@louisvuitton)

Dificil escolher só uma

Entre a Speedy repaginada em couro lilás, a versão P9 azul vibrante e a exclusiva Millionaire cravejada, uma coisa é certa: Pharrell não apenas desenhou bolsas. Ele desenhou desejo.

E agora a pergunta inevitável: se você pudesse escolher uma, qual seria? A clássica com um twist moderno? A mais chamativa e divertida? Ou a peça de colecionador digna de museu?

A verdade é que qualquer escolha seria a certa. Porque nesta coleção, mais do que nunca, a moda está a serviço da expressão pessoal — e Pharrell provou que entende isso como ninguém.

Famosas apostam em looks juninos para curtir o São João 2025

As festas de São João 2025 ganharam um toque fashion graças às produções das famosas. Da simplicidade tradicional ao brilho contemporâneo, elas mostraram que é possível inovar sem perder a essência cultural típica da festa.

Em 24 de junho de 2025, data oficial do Dia de São João, diversas celebridades brasileiras desfilaram por arraiais espalhados pelo país com produções que casam tradição e tendências atuais. Ana Castela, Simone Mendes, Maiara e Maraisa, Ivete Sangalo, Mileide Mihaile e Juliette deram um verdadeiro show de estilo, provando que é possível inovar sem deixar de lado as raízes dessa celebração tão brasileira.  

Ana Castela & Simone Mendes valorizam o jeans e o xadrez

Ana Castela fugiu dos vestidos típicos, dando lugar a combinações mais urbanas e atuais. Ela apostou em peças jeans com aplicações brilhantes tipo bandeirinha e animal print, além de lenços que complementaram o visual. O resultado foi um look que mistura referências sertanejas com atitude moderna, ideal para quem quer se destacar nos arraiais.


Ana Castela tem looks uma mais lindo que outro para o São João 2025 (Foto: Reprodução/Instagram/@anacastelacantora)

Simone Mendes manteve o tom junino com bastante xadrez, couro e franjas. Ela combinou blusas quadriculadas com detalhes rústicos que lembram as raízes da festa, mas sem abdicar da ousadia. O resultado: um visual equilibrado entre o folk e o contemporâneo, perfeito para os palcos de São João.


Simone Mendes tem criado looks com referências juninas (Foto: Reprodução/Instagram/@simonemendes)

Maiara & Maraisa e Ivete Sangalo resgatam o xadrez com estilo

A dupla Maiara e Maraisa trouxe o tradicional xadrez à festa com conjuntos que incluem babados e estampas vibrantes. Maiara optou por um vestido estruturado, enquanto Maraisa investiu em saia e cropped com cintos marcantes — shows de bom gosto para animar qualquer quadrilha.


Dupla usa looks xadrez para o São João (Foto: Reprodução/Instagram/@maiaraemaraisa)

Ivete Sangalo apostou no tom sertanejo com couro, franjas e xadrez, mas elevou o visual com produção caprichada e tendência fashion. O resultado foi um look que une a folia junina à sofisticação elegante esperada da cantora baiana.


Cantora arrasa nos looks junino do São João 2025 (Foto: Reprodução/Instagram/@ivetesangalo)

Mileide Mihaile & Juliette inovam no clássico junino

Mileide Mihaile desconstruiu o look típico com saia rodada, top com franjas e jaqueta jeans bordada. O mix de texturas e o uso de jaqueta deram um toque contemporâneo ao visual tradicional do São João. Influenciadora faz dez inspirações de looks junino para seus fãs arrasar no São João.


Mileide Mihaile faz em sua rede sociais inspiração de looks junino para os seus fãs (Foto: Reprodução/Instagram/@mileidemihaile)

Já Juliette realizou sua própria festa de São João com um vestido azul, com algumas estrelas brilhantes, algumas bandeirinhas vermelhas, com um coração vermelho no seu decote, babados e cauda — um verdadeiro tributo à tradição com um toque único e pessoal.


Juliette usa um lindo vestido na sua festa de São João (Foto: Reprodução/Instagram/@juliette)

O São João 2025 provou que a tradição pode conviver com a modernidade. As famosas utilizaram elementos clássicos — como xadrez, franjas, jeans e babados — e ainda trouxeram apresentou interpretação autênticas e cheias de personalidade. Seja com jeans e animal print ou com vestidos cheios de bandeirinhas, elas mostraram que pular a fogueira pode — e deve — acontecer com muito estilo.

Beyoncé agita Paris com o estilo western durante a turnê “CowboyCarter”

Beyoncé está aproveitando Paris ao máximo. Além de comandar a agitada turnê “CowboyCarter” — que contou com participações de nomes como Miley Cyrus e Jay-Z —, a artista também tem reservado espaço para a moda em sua agenda na capital francesa.

Beyoncé e Jay-Z brilham em Paris

Nesta terça-feira (24), antes de conferir a nova coleção da Louis Vuitton, Beyoncé visitou a Fondation Louis Vuitton. A presença da cantora e de Jay-Z transformou Paris em cenário de um espetáculo que uniu moda e música. O casal marcou presença no desfile masculino da grife para a temporada primavera/verão 2026, sob direção criativa de Pharrell Williams.


Casal Carter chama atenção ao chegar ao desfile do amigo Pharrell Williams (Vídeo: reprodução/YouTube/@AssociatedPress)

Sentados na primeira fila, Bey e Jay-Z foram o centro das atenções, Pharrell presenteou Beyoncé com uma bolsa direto da passarela. Para a ocasião, a Queen B. elegeu um look denim sob medida, com um chapéu de cowboy e um casaco de pele em tom vinho em complemento, dentro da estética de sua era “Cowboy Carter”.

Beyoncé leva o western à alta costura parisiense

Um dos looks mais comentados de Beyoncé pelas ruas de Paris foi usado durante a visita à Fondation Louis Vuitton: um conjunto branco elegante da Stella McCartney, composto por um blazer oversized trespassado e calças de lã de pernas largas. Para complementar o visual sofisticado, ela usou sapatos brancos de bico fino e um chapéu de cowboy na cor marfim. Uma pequena bolsa amarela adicionou um toque vibrante, contrastando com a monocromia do conjunto.



Shows surpresa inesquecíveis

A passagem do casal por Paris não foi apenas sobre moda. Beyoncé estava na cidade para a etapa europeia de sua “CowboyCarter Tour” no Stade de France. Os fãs foram à loucura no domingo (22) quando Jay-Z fez uma aparição surpresa no palco, a primeira em sete anos. Juntos, eletrizaram a plateia com hits como “Crazy in Love”, “Drunk in Love” e um remix de “Partition”. Ainda teve a inesperada participação de Miley Cyrus, que cantou “II Most Wanted” com Beyoncé, e a presença de familiares como o sobrinho de Beyoncé, Julez Smith, no desfile da Louis Vuitton.

Hailey Bieber aposta em vestido tubinho de cetim e resgata o glamour dos anos 2000

Hailey Bieber revive o espírito glam dos anos 2000 com um vestido tubinho de cetim, resgatando uma estética que dominou os tapetes vermelhos e baladas por volta de 2008.

A moda dos anos 2000 esta voltando com tudo, e Hailey Bieber é uma das responsáveis por manter a tendência em alta. Em sua mais recente aparição, a influenciadora surgiu com um vestido tubinho de cetim que parece ter saído diretamente de uma festa icônica dos anos  2008. A peça, justa ao corpo, reforça a estética nostálgica que tem conquistado fashionistas no mundo inteiro.

O brilho do passado ganha um toque atual

O vestido tubinho escolhido por Hailey Bieber remete diretamente ao estilo das it girls do final dos anos 2000, como Paris Hilton, Lindsay Lohan e Britney Spears. Com corte reto, comprimento curto e tecido metalizado, o modelo faz referência às festas que influenciavam a moda da época. O visual equilibra sensualidade e ousadia, características marcantes da estética Y2K que voltou a dominar as passarelas.



Mas, como sempre, Hailey adicionou seu toque pessoal. Em vez dos acessórios exagerados típicos da era 2008, ela optou por uma beleza minimalista, com cabelo solto e uma maquiagem iluminada, criando um contraste equilibrado entre o brilho do vestido e a sofisticação do styling. O resultado é um visual nostálgico, mas repaginado.

Referências que nunca saem de moda

Essa escolha de look também reforça como a estética dos anos 2000 continua sendo um terreno fértil para inspirações no universo da moda atual. A geração Z e nomes como Hailey têm resgatado com força as peças icônicas dessa década — e o tubinho brilhoso é uma delas. Ele retorna com força total para quem busca brilhar com atitude.

O mais interessante é ver como essa estética consegue se adaptar ao contexto moderno. Hailey prova que é possível usar uma peça datada sem parecer caricata. Com o styling certo, ela transforma um visual que poderia parecer ultrapassado em algo atual, fashion e desejável.

Hailey Bieber mostra mais uma vez que sabe como ninguém reinterpretar tendências. Ao investir no vestido tubinho brilhoso, ela não apenas revive os anos 2008, mas também reafirma o poder da moda nostálgica quando combinada com um olhar contemporâneo. Um verdadeiro flashback fashion com frescor e estilo.

Kylian Mbappé é o novo embaixador da Dior

A Dior acaba de dar um passo ousado e elegante ao anunciar Kylian Mbappé, atacante do Real Madrid e estrela da seleção francesa, como seu novo embaixador global. A novidade foi revelada às vésperas da estreia de Jonathan Anderson como diretor criativo da Dior Homme, marcada para o dia 27 de junho, em Paris. E a escolha não poderia ser mais simbólica: Mbappé representa uma geração que se movimenta com fluidez entre esportes, moda, ativismo e estilo.

Mas, essa parceria não é inédita. O craque já havia colaborado com a Dior em 2021, em campanhas da linha masculina e também do perfume Sauvage. Agora, no entanto, o vínculo se fortalece: Mbappé é apresentado como o novo “rosto da Dior”, em um momento estratégico para a marca que inicia um novo capítulo sob o olhar inovador de Anderson.

A campanha que revelou tudo

O anúncio veio acompanhado de um teaser visual impactante, onde Mbappé aparece com dois visuais assinados pela maison: primeiro, um blazer cinza-claro com camisa listrada e gravata azul e vermelha; depois, um smoking preto clássico com gravata borboleta. O vídeo termina com a palavra “Dior”, em tela preta, como se fosse a assinatura de um manifesto.

Com seu olhar firme e postura impecável, Mbappé traduz o que parece ser o novo código da Dior: sofisticação com autenticidade, elegância com atitude. Para Jonathan Anderson, o craque francês é “uma inspiração no esporte e além dele, e a voz de uma geração”. E não é difícil entender por quê.


Mbappé, elegância e presença marcante (Vídeo: reprodução/Instagram/@k.mbappe)

Jonathan Anderson: o novo maestro da Dior Homme

A expectativa em torno da estreia de Anderson na Dior Homme é altíssima. Reconhecido por seu trabalho à frente da LOEWE e por sua estética que mistura arte, ironia e desejo, ele assume agora um dos cargos mais prestigiados da moda masculina mundial. E mais: é o primeiro designer desde o próprio Christian Dior a ter controle criativo sobre as três principais frentes da maison — moda feminina, masculina e alta-costura.

O desfile de estreia, que acontece nesta sexta-feira (27) em Paris, promete mostrar ao mundo como Anderson pretende reposicionar a Dior no cenário da moda contemporânea. E usar Mbappé como símbolo desta virada já é, por si só, um gesto claro: a Dior quer falar com a juventude, com os ícones da cultura pop e com quem entende que estilo vai além da passarela.

Futebol e alta-costura

Ao contrário do que pode parecer, a aproximação entre moda e futebol não é nova. Nos últimos anos, vimos jogadores como David Beckham, Cristiano Ronaldo e até Neymar protagonizando campanhas de grandes marcas. Mas com Mbappé, a Dior parece apostar em algo mais profundo. Ele não é apenas bonito ou famoso. Ele é símbolo de mobilidade social, de autenticidade e de representatividade.

Além disso, Mbappé é um nome que transcende o esporte. Engajado em causas sociais, discreto com sua vida pessoal e admirado por sua conduta fora de campo, ele representa uma masculinidade moderna, gentil e poderosa — tudo o que a Dior parece buscar nesta nova era.


Mbappé traduz o novo estilo da Dior Homme (Vídeo: reprodução/Instagram/@k.mbappe)

Coleção de estreia

Se os visuais do teaser servirem como pista, podemos esperar uma Dior Homme que valoriza o clássico repaginado: alfaiataria refinada, cortes impecáveis, cores neutras, mas com um toque de rebeldia silenciosa. Jonathan Anderson deve trazer sua identidade para a marca sem abandonar o DNA da maison — e Mbappé parece ser a personificação dessa fusão entre tradição e inovação.

A passarela de sexta-feira (27) será o momento definitivo para entender essa proposta. Mas desde já, a combinação entre o estilista visionário e o astro do futebol mundial já deu o recado: a Dior está pronta para vestir o futuro.

Mais do que moda: é sobre identidade

A escolha de Mbappé como novo embaixador não é apenas sobre roupas. É sobre quem ele é, o que representa e como se conecta com as novas gerações. A Dior entendeu que hoje, mais do que estilo, o público busca narrativas, autenticidade e propósito. E, neste sentido, Mbappé é um nome que traduz tudo isso — com charme, com classe e com verdade.

Dior de Jonathan Anderson

A estreia se aproxima, e os olhos do mundo estarão voltados para Paris. Será que Anderson vai reinventar a Dior? Se Mbappé será o rosto que marcará essa virada na história da maison? Uma coisa é certa: a união entre moda, esporte e cultura nunca esteve tão alinhada — e tão elegante.

Palais Galliera celebra Rick Owens com exposição imersiva e estética “brutal chic”

O Palais Galliera, museu de moda de Paris, abre, no próximo sábado (28), a primeira grande retrospectiva dedicada ao estilista Rick Owens. Intitulada “Temple of Love”, a mostra permanece em cartaz até 4 de janeiro de 2026 e reúne mais de duas décadas de criação de um dos nomes mais emblemáticos do design contemporâneo. Com curadoria de Alexandre Samson, a exposição apresenta mais de 100 silhuetas, peças raras, vídeos, documentos pessoais e instalações inéditas, que ultrapassam os limites tradicionais da moda.

Reconhecido por sua estética brutalista, sombria e escultural, que muitos chamam de “brutal chic”, Rick Owens construiu ao longo dos anos uma obra marcada por contrastes intensos, marcados entre o luxo e o subversivo. 

Desde seus primeiros passos em Los Angeles nos anos 1990 até a mudança para Paris em 2003, sua linguagem visual foi se refinando sem perder o tom provocador. Essa energia é transportada para a mostra, que não se limita às salas do museu, uma vez que o estilista também assinou a direção criativa da montagem e vestiu as estátuas da fachada do Palais Galliera com tecidos bordados de lantejoulas, em um gesto performático que expande a experiência ao espaço urbano.


Exposição de Rick Owens,"Temple of Love" (Vídeo: reprodução/YouTube/Palais Galliera)

Revolução estética em exposição

“Temple of Love” promete se apresentar como uma imersão no universo radical e iconoclasta de Owens. As peças expostas desafiam convenções de gênero, beleza e elegância, assumindo proporções arquitetônicas e formas que evocam tanto a ficção científica quanto a história da alta costura. A escolha por materiais pesados, a paleta escura e o design escultural revelam um criador que entende a moda como discurso, e, muitas vezes, como manifesto.

Moda como resistência e arte total

A exposição também destaca o compromisso do estilista com a performance e a crítica social. Em seus desfiles, Owens transforma frequentemente a passarela em palco de protesto: contra o patriarcado, a normatividade estética e os padrões rígidos do mercado. Suas criações celebram a força física das mulheres com uma beleza visceral, apostando em um glamour cru, quase selvagem.


Carreira de Rick Owens é tema de retrospectiva no Palais Galliera (Foto: reprodução/Instagram/@palaisgallieramuseedelamode/@rickowensonline)

Rick Owens é apenas o terceiro estilista vivo a ser homenageado com uma retrospectiva no Palais Galliera, após Azzedine Alaïa e Martin Margiela, e o feito não é casual. Com “Temple of Love”, o museu promete reconhecer sua relevância política e cultural. 

Além disso, a mostra convida o público a repensar o que é moda, arte e identidade, fazendo de cada peça um convite à reflexão e à transformação.

Beyoncé resgata visual de 2011 durante desfile da Louis Vuitton

Na última terça-feira (24), a cantora Beyoncé marcou presença no desfile da coleção masculina primavera-verão 2026 da Louis Vuitton, assinado por Pharrell Williams em Paris. A artista aproveitou o momento para fazer uma homenagem especial ao seu quarto álbum de estúdio, “4”, que completou 14 anos no mesmo dia. O gesto foi sutil, mas repleto de significado: ela recriou um look icônico da era do disco, lançado em 24 de junho de 2011.

Com um casaco de pele vermelho, macacão jeans sob medida, cinto com fivela marcante, colar exuberante e um chapéu de inspiração western, Beyoncé uniu símbolos visuais de dois momentos emblemáticos de sua trajetória. A estética country que caracteriza a fase Cowboy Carter ganhou uma camada nostálgica ao revisitar referências do passado, especialmente um ensaio de 2011, feito durante a promoção do álbum “4”, em que a artista apareceu com um casaco vintage assinado por Roberto Cavalli.


Look de Beyoncé para o desfile da Louis Vuitton (Foto: reprodução/Instagram/@beyonce)

Sucesso da era “4”

Lançado em um momento de transição na vida profissional de Beyoncé, o álbum “4” marcou o início de uma fase mais livre e pessoal da artista. Após encerrar a parceria com o pai na gestão de sua carreira e deixar para trás os tempos de Destiny’s Child, ela passou a explorar com mais autonomia sua identidade artística e musical. Musicalmente, é fortemente influenciado pelo R&B tradicional, com toques de pop contemporâneo e soul.


Look de Beyoncé em 2011, durante a era "4" (Foto: reprodução/Pinterest/@Muglen)

Nas letras, Beyoncé investiu em temas como amor, empoderamento feminino e reflexões pessoais. A escolha de repertório e produção revelou uma artista mais madura e determinada a se consolidar como força criativa no cenário global.

Impacto global e influência na moda

Além do grande sucesso na indústria musical, o álbum de estúdio “4” também consolidou sua capacidade da artista de ditar tendências dentro e fora dos palcos. O desempenho comercial do álbum foi marcante: ele debutou diretamente no topo da Billboard 200 e alcançou a primeira posição em diversos países, incluindo Brasil, França, Reino Unido, Irlanda, Coreia do Sul e Espanha. Faixas como “Run the World (Girls)”, “Best Thing I Never Had”, “Love on Top” e “Countdown” se tornaram clássicos de sua carreira e ajudaram a construir a imagem de uma artista bem-sucedida.

Mais de uma década depois, Beyoncé continua a usar a moda como extensão de sua expressão artística. Sua aparição no desfile da Louis Vuitton resgatou referências do passado com uma performance estética carregada de significado.

Resgatando elementos visuais da era “4” com a sofisticação e a identidade de sua fase atual, Beyoncé consolida seu papel como referência cultural e figura central nas interseções entre música, moda e representatividade. É notável que cada escolha de seu figurino é pensada com estratégia, capaz de criar novas tendências globais.

Desfile da Louis Vuitton une cultura e espetáculo no alto do Pompidou

Pharrell Williams transformou o primeiro dia da Semana de Moda Masculina de Paris em um espetáculo visual e simbólico. No topo do Centre Pompidou, um dos cartões-postais culturais da cidade, a Louis Vuitton apresentou sua coleção primavera-verão 2026 com uma cenografia inspirada no tradicional jogo “Cobras e Escadas”. A metáfora visual se estendia à passarela, pintada com serpentes e quadrados gigantes em marrom e bege, e ao convite do desfile: um conjunto de dados dentro de uma elegante miniatura de baú da maison.

O cenário, assinado pelo arquiteto Bijoy Jain, do “Studio Mumbai”, antecipava a fusão que viria: uma coleção que conecta elementos da estética indiana com os códigos históricos da Louis Vuitton, agora mediados pelo olhar contemporâneo e urbano de Pharrell.

Entre o dandismo e o streetwear

As primeiras entradas já davam o tom: alfaiataria estruturada, mas reinventada, com peças como calças de gancho baixo, inspiradas na tradicional dhoti indiana, combinadas a blazers com bordados marcantes e bolsos cargo. Apostando em camisas abertas, regatas de malha, meias brancas com sapatos clássicos, até chinelos de dedo foram incorporados ao styling da grife, em uma forma de quebrar as convenções da formalidade masculina.



A coleção transita com certa fluidez entre o dandismo elegante e o streetwear descontraído, refletindo assim o estilo pessoal do diretor criativo e também a sua visão de um homem global, urbano e sensível à cultura. A cartela de cores avança do neutro ao vibrante: cinza, marinho e marrom ganham a companhia de roxo, amarelo, vinho e verde — especialmente nas bolsas.

Arquivo, cinema e desejo

Pharrell recorreu aos arquivos da maison para revisitar um capítulo icônico: as malas criadas em 2007 por Marc Jacobs para o filme “Viagem a Darjeeling”, de Wes Anderson. Com estampas de elefantes, girafas e coqueiros, os elementos gráficos foram reeditados não apenas nas bolsas, mas também em peças de vestuário, evocando uma estética nostálgica e artesanal, que conversa tanto com o cinema quanto com o turismo de luxo.


Malas criadas por Marc Jacobs para "Viagem a Darjeeling" (Foto: Reprodução/Fashion Network)

O humor e a ousadia também apareceram em forma de acessórios como a bolsa com estampa animal e nas mochilas de couro com efeito dégradé. Ao final, Pharrell surgiu de moletom e bermuda esportiva, sintetizando assim em seu próprio look o espírito da coleção: leve, híbrida e carregada de significados.

Encantamento em forma de desfile

Mais do que apresentar uma coleção, Pharrell Williams utilizou o desfile como uma ferramenta narrativa e também de branding. A música ao vivo com o coral gospel “Voices of Fire” e a escolha do Pompidou como o palco, símbolo da arte moderna e da experimentação cultural, reforçam a ideia de espetáculo multimídia, em que moda, som e arquitetura dialogam com grande naturalidade.


Desfile Louis Vuitton Menswear 2026 na Paris Fashion Week (Vídeo: Reprodução/YouTube/Fashion Feed)

A estratégia também se alinha à lógica atual do luxo, que exige mais do que roupas: requer encantamento, valor simbólico e relevância cultural. Pharrell entende que o desfile é, antes de tudo, um evento que precisa ser lembrado e compartilhado, de forma orgânica, por uma audiência global conectada.

Luxo sob nova direção

O desfile marcou o quinto de Pharrell à frente da linha masculina da Louis Vuitton e acontece em um momento bem sensível para a indústria. A desaceleração global no consumo de artigos de luxo, apontada em diversos relatórios recentes, já impacta o desempenho de grandes grupos como o LVMH. Em meio a essa maré atual, a grife tem se posicionado com grande força estética, apelo midiático e também uma estratégia de soft power cultural, alinhando assim moda, arte, performance e memória afetiva.

Enquanto parte do setor aposta em coleções conservadoras para garantir estabilidade, Pharrell investe em narrativas visuais e afetivas que miram não apenas o cliente fiel da maison, mas também uma nova geração de consumidores, aqueles para quem a moda também é entretenimento, identidade e expressão global.