Victoria’s Secrets Fashion Show abre desfile de 2025 com glamour e cor rosa em destaque

O Victoria’s Secrets Fashion Show estreou em seu segundo ano de retorno após uma longa pausa com figurinos luxuosos, diversidade e a cor rosa como o destaque da noite. Após a contagem regressiva com “Light, Câmera, Angels”, foi possível ver brevemente os bastidores de um dos maiores eventos de moda do mundo, juntamente com os rostos que estariam na passarela a seguir e um deslumbre das peças disponíveis para compra este ano.

Abertura é marcada por glamour e música

Jasmine foi a primeira a liderar a passarela, encantando todos com sua barriguinha de gravidez. Em seguida, foi a vez do Brasil brilhar com Adriana Lima levando os convidados à loucura por seu carisma e postura. Bárbara Palvin foi outro nome que veio logo após, com cerca de mais dez modelos, encerrando o primeiro ato do desfile.


 Jasmine na abertura do desfile (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguemagazine)

Alessandra Ambrósio também foi um dos nomes participantes da primeira etapa, utilizando um conjunto laranja que combinava com suas asas. Além de Adriana e Alessandra, a influenciadora brasileira Gabi Moura também está presente entre as modelos, participando do segundo bloco durante a apresentação do grupo feminino de K-pop, TWICE.


 Adriana Lima no VSFS (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguebrasil)

Uma luz foi apagada e, ao ser acesa de novo, Madison Beer iniciou sua perfomance com a canção “Make You Mine”, também utilizando suas asas para combinar com as demais. Gigi Hadid foi a primeira angel a desfilar em meio à primeira apresentação da noite, que foi concluída com dez dançarinas de apoio com vestes em rosa, seguindo a estética da Victoria’s Secrets durante uma das noites mais fabulosas do ano.

Adriana Lima e Irina Shayk brilham no retorno triunfante do Victoria’s Secret Fashion Show 2025

O universo da moda volta seus holofotes para o retorno triunfante do Victoria’s Secret Fashion Show 2025, e suas estrelas já estão nos bastidores, afiando cada detalhe para o grande momento. Ícones como Adriana Lima e Irina Shayk movimentam redes sociais e cobertura midiática, suscitando expectativas sobre surpresas, recomeços e estratégias de marca renovada.

Com um elenco que mescla veteranas lendárias e novas promessas, o desfile promete mais do que lingerie e asas: mistura nostalgia, empoderamento e reinvenção. A presença dessas modelos simbólicas reforça o desejo da marca de reconciliar sua aura glamourosa com uma narrativa contemporânea — num cenário em que expectativas crescem e o futuro da marca é reescrito com cada look.

Um retorno com assinatura: glamour e legado

Após anos de hiato e reformulações, o VS Fashion Show volta a ganhar importância nas agendas de moda e para isso escalou nomes que marcaram seu auge. Adriana Lima, que já desfilou inúmeras vezes com as asas da marca, aparece como figura de peso nesse retorno, resgatando conexão direta com os fãs de décadas.

Irina Shayk, por sua vez, reforça essa ponte entre passado e presente: após uma ausência nos desfiles da marca, sua volta simboliza não só versatilidade, mas também uma recontextualização da silhueta, da maturidade e do protagonismo feminino.

Esse casting ambicioso evidencia o esforço da marca em resgatar elementos clássicos como o espetáculo, o brilho e o tempero cinematográfico, enquanto se reposiciona em um mercado que exige diversidade e representatividade.


Adriana Lima e Alessandra Ambrosio (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Irina Shayk (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Sunisa Lee (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Alex Consani (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Desafios e apostas da nova era

Equilibrar a essência dos desfiles icônicos com a demanda contemporânea por pluralidade é uma tarefa delicada. Victoria’s Secret parece apostar numa reinterpretação do símbolo “Anjo”, mantendo as asas, mas ampliando quem pode usá-las.

Outro ponto de atenção: tornar o evento relevante para um público que já viu inúmeros rebrandings. Será que a reedição dos elementos glamourosos: paetês, plumas, efeitos visuais, será suficiente para reconquistar novos olhares? A marca precisa que seus ícones falem à audiência contemporânea, não apenas aos entusiastas nostálgicos.

Além disso, cada passo é observado: desde o casting até os looks e o storytelling nos bastidores. O VS 2025 carrega pressão para entregar algo que não pareça uma simples “volta ao passado”, mas um novo capítulo.


Barbie Ferreira (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

A edição de 2025 não será apenas um espetáculo visual. Ela carrega uma proposta de reconfiguração simbólica. As asas, antes símbolo de uma idealização rígida da feminilidade, são reinterpretadas como metáfora de escolha e expressão individual.

Toda a produção, styling, maquiagem, coreografia,  tem sido pensada para permitir que cada modelo conte uma história, indo além da lingerie. O estilista Adam Selman, por exemplo, defende que o show deve “tocar” e “encantar” com leveza e juventude de espírito.

Se o VS 2025 conseguir aliar espetáculo e sentido, pode renascer como marca que não dorme no glamour do passado, mas voa com asas que pertencem à nova era.

Gigi Hadid e Adriana Lima reacendem o glamour no Victoria’s Secret Fashion Show

Nesta quarta-feira à noite (15), Nova York se torna palco de um dos espetáculos mais icônicos do mundo da moda: o Victoria’s Secret Fashion Show, com Gigi e Adriana desfilando ao lado de outras grandes modelos. A expectativa gira em torno da volta do evento, das surpresas do line-up musical e da atmosfera renovada após o hiato.

O tão aguardado retorno do Victoria’s Secret Fashion Show reacende o brilho das passarelas internacionais. Após um período de ausência desde 2018, o evento ressurge e aposta em nomes de peso como Gigi Hadid e Adriana Lima e muitas outras modelos para chamar atenção do público da marca. Com produção elaborada, cenário deslumbrante e trilha sonora ao vivo, o desfile promete ser um dos momentos mais comentados da moda em 2025.

Renascimento do espetáculo

O Victoria’s Secret enfrenta o desafio de retomar seu prestígio no mundo da moda após críticas sobre diversidade e representatividade. A reedição aposta em um mix de ícones consagrados e novos talentos para reconquistar o público.

Ao confirmar Gigi Hadid e Adriana Lima no casting, a marca resgata o glamour tradicional enquanto sinaliza uma abertura: a presença de novos perfis e diversidade no line-up mostra que o desfile busca equilibrar legado e renovação.

O poder de Gigi Hadid na passarela

Gigi Hadid chega com força total, trazendo seu prestígio e presença de estrela internacional. Sua trajetória e fama garantem à sua participação um protagonismo natural.


Gigi Hadid, uma das modelos confirmadas para o Victoria’s Secret Fashion Show (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)

Além disso, ela representa uma ponte entre o universo jovem da moda e o público mainstream: seu apelo nas redes sociais e credibilidade em campanhas globais ajudam a amplificar o alcance do evento.

O retorno triunfante de Adriana Lima

Adriana Lima é figura emblemática do universo Victoria’s Secret: veterana da marca, seu retorno ao desfile gera nostalgia e simbolismo.


 

Veterana do Victoria’s Secret Fashion Show está confirmada para show (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)

Sua experiência e carisma reforçam o peso da edição: a sua presença entrega um resgate emocional ao público e legitima a retomada do evento com autoridade.

Música, palco e espetáculo

A trilha sonora segue como elemento central da curadoria: mostram-se confirmadas Missy Elliott, Karol G e o grupo de K-pop Twice, todas mulheres no palco.

A escolha de artistas contemporâneas e populares sustenta o apelo midiático do desfile, buscando unir moda e cultura pop numa narrativa que conversa com audiências diversas.

Transmissão e engajamento digital

O desfile será transmitido ao vivo nas plataformas oficiais da marca — Instagram, YouTube e TikTok — para alcançar público global.

O tapete rosa, apresentado por Law Roach e Zanna Roberts Rassi, deve gerar grande repercussão nas redes, com cobertura e bastidores compartilhados em tempo real.

Com Gigi Hadid e Adriana Lima desfilando juntas, esta edição do Victoria’s Secret Fashion Show busca reinventar o glamour das passarelas para uma nova era. A presença de nomes consagrados ao lado de apostas musicais contemporâneas e estratégias digitais reforça que o evento almeja não apenas retomar prestígio, mas também dialogar com as tendências atuais da moda e da cultura pop. Se o espetáculo cumprir suas promessas, poderá marcar uma nova fase para a marca — unindo tradição, inovação e protagonismo feminino.

Iris Law e Lila Moss brilham no backstage do Victoria’s Secret Fashion Show 2025

Com beleza natural e carisma de sobra, Iris e Lila chamam atenção ao posarem juntas no backstage do Victoria’s Secret Fashion Show 2025. As duas modelos, herdeiras de grandes nomes da moda britânica, esbanjam estilo e cumplicidade, representando a nova geração que domina as passarelas com autenticidade e frescor.

Iris Law e Lila Moss protagonizaram um dos momentos mais comentados do Victoria’s Secret Fashion Show 2025. Antes mesmo de subirem à passarela, as duas chamaram atenção nos bastidores do evento ao posarem juntas em cliques cheios de estilo e atitude. Com looks que misturam sensualidade e sofisticação, as amigas e colegas de profissão representaram a nova geração da moda britânica com naturalidade e frescor.

Sintonia e estilo no backstage

No backstage, Iris e Lila exibiram uma conexão espontânea e divertida. Entre risadas, abraços e poses para os fotógrafos, elas mostraram que a cumplicidade vai além das câmeras. As duas foram vistas trocando elogios sobre os figurinos e interagindo com outras modelos, provando que o ambiente do desfile também pode ser leve e inspirador.


Iris Law e Lila Moss possam junta no backstage do Victoria’s Secret (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)

Os looks escolhidos para o momento também refletiram a nova identidade da Victoria’s Secret. Peças em tons neutros, rendas delicadas e detalhes modernos reforçaram o equilíbrio entre sensualidade e autenticidade — marca registrada da nova fase da grife, que busca valorizar a diversidade e o empoderamento feminino.

Nova era da Victoria’s Secret

O Victoria’s Secret Fashion Show 2025 marcou o retorno definitivo da marca ao formato tradicional de desfiles, mas com uma proposta atualizada. Em vez de apenas glamour e espetáculo, o evento destacou histórias pessoais e mensagens de autoconfiança. A presença de Iris Law e Lila Moss simboliza essa nova etapa, unindo herança fashion e modernidade.


Iris Law  simboliza essa nova etapa do mundo fashion (Foto: reprodução/TheStewartofNY/Getty Images Embed)

As duas modelos, filhas de Jude Law e Kate Moss, respectivamente, representam uma geração que carrega o legado de seus pais, mas trilha o próprio caminho. No desfile, elas mostraram que não vivem apenas da fama herdada, mas de talento e autenticidade — ingredientes que as colocam entre as principais apostas da moda internacional.


 Lila Moss representam uma geração que carrega um grande legado (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)

Ao posarem juntas no backstage, Iris Law e Lila Moss não apenas celebraram a amizade, mas também o poder da nova geração da moda. Com estilo, confiança e naturalidade, elas mostraram que o futuro das passarelas está em boas mãos — e que o Victoria’s Secret Fashion Show 2025 será lembrado não só pelos looks, mas pela força e frescor das mulheres que o protagonizaram.

 

Flavia Aranha revela técnicas sustentáveis em desfile da SPFW

No SPFW N60, Flavia Aranha volta às passarelas com uma proposta audaciosa: deixar de lado os métodos convencionais de criação e focar na pesquisa de materiais sustentáveis. A designer de moda, que não participa da semana de moda desde 2019, apresenta vestidos, blazers e conjuntos feitos com fibras da Amazônia, tingimentos botânicos e colaborações com projetos de biotecnologia, evidenciando um compromisso com a moda sustentável e a mudança nos processos de produção.

Pesquisa têxtil como ponto de partida

Ao contrário do processo criativo tradicional, que começa com uma inspiração ou narrativa, Flavia Aranha inverte a ordem: ela começa experimentando materiais e tecnologias sustentáveis. O estudo de novas fibras, como a malva amazônica, que é semelhante à juta, é fundamental no processo. Com a descoberta desses materiais, a designer cria modelagens e cortes que interagem com suas características naturais.


Desfile de Flávia Aranha durante o SPFW N60 (Foto: reprodução/FFW)

Esse método permite que tecidos anteriormente vistos como “exóticos” sejam incorporados em peças do dia a dia, como vestidos tomara-que-caia e calças aladin, mantendo sempre um toque rústico que, apesar de perceptível, não compromete a sofisticação.

Ademais, Aranha demonstra sua ambição de não só fornecer roupas para o público, mas também suprir outras marcas com esses materiais. Nesse contexto, ela aposta na reestruturação da marca e na escalabilidade da produção para vender seus tecidos sustentáveis a terceiros.

Parcerias para inovação e responsabilidade

A maioria da coleção destaca o compromisso com a moda sustentável por meio de parcerias estratégicas. Ela utiliza couro de micélio, tecidos botânicos produzidos em conjunto com algas, fios de algodão e tinturas à base de plantas como urucum, cebola roxa, índigo, entre outros, desenvolvendo esses materiais em colaboração com comunidades e startups especializadas.

Também são notáveis as peças bordadas com sementes nativas recolhidas por mulheres da Amazônia e as pinturas feitas à mão por artistas indígenas.


Desfile Flávia Aranha com elementos sustentáveis durante o SPFW N60 (Foto: reprodução/FFW)

Essa rede de colaboração reforça a cadeia local e dá à marca uma identidade territorial. Simultaneamente, destaca a função da moda como agente socioambiental: não é suficiente inovar esteticamente; é preciso se comprometer com ecossistemas, produtores e conhecimentos tradicionais.

A proposta de transformar o tecido resultante em um “linho nativo brasileiro” demonstra que o conceito ultrapassa a teoria e requer investimentos em maquinário, pesquisa e logística para que o modelo se torne viável.

A nova estrela do Victoria’s Secret Fashion Show é brasileira: conheça Daiane Sodré

Daiane Sodré, modelo baiana de 1,80 m e projetos internacionais, será uma das estreantes brasileiras no prestigiado Victoria’s Secret Fashion Show. A expectativa recai sobre sua presença no evento, visto que poucas modelos nacionais conseguem garantir esse destaque global e sua trajetória até aqui mistura descoberta regional, trabalhos internacionais e ativismo social.

Descendo da cidade de Baixa Grande, na Bahia, ela cresceu em um contexto simples ao lado de irmãos e foi descoberta ainda jovem por um olheiro ligado ao mundo da moda: Dilson Stein, o mesmo que já revelou outras modelos brasileiras de renome. Com passos firmes no país e no exterior, Sodré já desfilou para marcas renomadas e estrelou campanhas importantes, construindo uma imagem de elegância com compromisso social.

Da Bahia ao mundo da moda

A carreira de Daiane decola após sua descoberta ainda em Salvador, onde começou a atrair atenção por sua presença marcante e estilo autêntico. Ela migrou para centros da moda como Nova York e passou a integrar elencos de grandes grifes e revistas renomadas. Já figurou em campanhas para Ralph Lauren, Maybelline e Victoria’s Secret, e estampou capas de Vogue Brasil, Vogue México, entre outras publicações. Ao lado disso, abraçou causas sociais, atuando como embaixadora para organizações ligadas à pobreza, educação e apoio humanitário.

Sua versatilidade — caminhar em passarela, posar para editoriais e assumir papéis de ativismo — é um diferencial em um mercado onde nem sempre se valoriza a dimensão humanitária das figuras públicas. Ao conciliar moda e engajamento, Sodré mostra que pode ser mais do que uma “face bonita”, mas também uma voz.



Daiane Sodré no backstage do Victoria's Secrets Fashion Show 2025. (foto: reprodução/Instagram/@daianesodre)

Daiane Sodré para o Victoria's Secrets Fashion Show 2025. (foto: reprodução/Instagram/@daianesodre)

O que esperar de sua estreia no VS Fashion Show

Ser escalada para o desfile da Victoria’s Secret é um marco que indica reconhecimento global. Para Sodré, essa estreia representa tanto o ápice de uma trajetória de esforço quanto o início de novas oportunidades. A pauta agora é ver como ela vai se posicionar com destaque em looks “fantasy”, showpieces ou sob luzes principais, e como será recebida pelo público que acompanha o show.

Além disso, sua participação pode abrir caminho para outras brasileiras que ainda lutam por visibilidade nos desfiles mais disputados do mundo. Cada passo de Sodré no runway global serve como inspiração mostrando que, do interior da Bahia, é possível alcançar vitrines internacionais.

Diane Keaton redefine o charme ao longo de décadas sem seguir convenções

Diane Keaton nos deixou aos 79 anos, mas seu legado vai muito além das telas. Vencedora do Oscar por Annie Hall (1978), ela se destacou por um estilo único, que nunca precisou de tendências ou contratos de grife para se afirmar. Cada escolha do guarda-roupa era um gesto de personalidade e liberdade, uma forma de expressão que combinava charme, inteligência e autenticidade.

Sua assinatura visual, marcada por alfaiataria masculina, chapéus, óculos grandes e golas altas, desafiava padrões e mostrava que estilo não depende de regras. Diane vestia a si mesma e, com isso, transformou cada look em uma declaração silenciosa, mas poderosa.

Um estilo que fala por si

Enquanto Hollywood seguia padrões rígidos de feminilidade, Diane abraçava o visual agênero com naturalidade. No Oscar de 2004, por exemplo, ela compareceu usando smoking masculino com cauda, colete cinza, gravata de bolinhas e luvas — uma escolha que contrastava com os vestidos glamourosos da cerimônia, mas que expressava sua personalidade de forma impecável.


Diane Keaton e seu estilo agênero (Foto: reprodução/Intagram/@elleusa)

No cinema, a autenticidade de seu estilo também se destacou. Em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), Diane combinou colete, calça social e gravata, provando que suas roupas eram uma extensão de sua voz e humor. Cada peça refletia independência, criatividade e coragem, ensinando que a moda pode ser um espaço de liberdade e não de restrições.

Legado de charme e autenticidade

Com o passar das décadas, Diane manteve o mesmo olhar leve e curioso sobre a vida, o mesmo que fazia de suas personagens figuras tão humanas. Em tapetes vermelhos, entrevistas ou passeios casuais, ela seguia fiel à sua essência: uma mulher que preferia o conforto da verdade ao brilho das convenções, mantendo a coerência em cada detalhe. Cada chapéu, luva, cinto ou sobreposição contava uma história de elegância descomplicada.

Diane Keaton nos lembra que charme não é apenas aparência, mas atitude: é vestir-se com a verdade do que somos, sem medo de desafiar convenções. Seu estilo — assim como seu talento — permanece eterno, indomável e irresistivelmente encantador. Um lembrete de que o verdadeiro estilo não se encontra nas tendências, mas no modo como habitamos o que somos. E se existe algo que ela nos deixa além da saudade, é a certeza de que se vestir de si mesma é, sempre, o gesto mais elegante que existe.

Ronaldo Fraga retorna ao SPFW em cortejo poético a Milton Nascimento

Seis anos depois de sua última participação, Ronaldo Fraga voltou às passarelas do São Paulo Fashion Week como quem regressa a um altar. A escolha do cenário — o Museu da Língua Portuguesa e não poderia ser mais simbólica: entre palavras e memórias, o estilista mineiro apresentou a coleção “Minas-Nascimento”, uma homenagem luminosa a Milton Nascimento.

Fraga transformou o desfile em um rito de celebração. Crianças abriram o caminho vestidas como anjos, em uma cena que remetia tanto à pureza quanto à origem da própria música de Milton. Aquele menino de cinco anos que, com uma sanfona nas mãos, começou a traduzir o som dos rios, dos ventos e das montanhas de Minas. A passarela virou procissão: modelos desfilaram com luzes de LED sobre a cabeça, como se carregassem pequenas auréolas em movimento.

O som que vira tecido

A trilha sonora foi tão protagonista quanto as roupas. Vozes, sanfonas e batidas suaves ecoaram pelo museu, costurando o tempo entre o menino de Três Pontas e o estilista de Belo Horizonte. Em cada passagem, o público parecia caminhar com Fraga — não apenas assistindo a um desfile, mas participando de um cortejo de memória e emoção.


 

Coleção "Minas-Nascimento" de Ronaldo Fraga (Vídeo: reprodução/YouTube/@SPFWoficial)

Essa atmosfera imersiva reforçou a força simbólica da coleção: vestir-se, aqui, é também um ato de ouvir. A música de Milton virou textura, e as texturas de Fraga ganharam som em uma fusão rara entre moda, arte e afeto.

Entre o minério e o sonho: o artesanato como voz

A coleção nasceu das mesmas terras que moldaram tanto o estilista quanto o músico. Linho cru, jeans e tafetá apareceram tingidos em tons terrosos, dourados e azuis profundos; um reflexo do minério, do céu e das noites mineiras. Cada ponto de bordado, cada renda richelieu, cada pedaço de crochê trazia a assinatura silenciosa de artesãs de Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina.


Coleção "Minas-Nascimento" de Ronaldo Fraga (Vídeo: reprodução/Instagram/@revistazelo)

As peças carregavam versos bordados, fragmentos de canções como “Caçador de mim” e mangas volumosas que davam corpo ao gesto, ampliando o discurso visual de Fraga. A silhueta curta e ampla, característica do estilista, reafirmou o equilíbrio entre o dramático e o cotidiano, entre o vestir e o sentir.

Mais do que roupas, “Minas-Nascimento” é um reencontro entre fé, memória e pertencimento. Ronaldo Fraga costura o Brasil com linhas de afeto e resistência, transformando tecido em canção. “Com voz também se costura”, ele lembra e, na noite em que Milton Nascimento virou roupa, o SPFW voltou a soar como poesia.

SPFW N60: Bárbara Paz faz abertura de desfile de João Pimenta

Começou ontem (13) a SPFW N60, trazendo a marca homônima João Pimenta como a abertura dos desfiles. O desfile aconteceu na Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo. O show começou antes mesmo do desfile em si: os convites eram capas de livros clássicos, já dando um pequeno spoiler do que vinha pela frente. Uma das grandes surpresas foi a abertura, com a renomada atriz Bárbara Paz fazendo uma leitura performática.

Bárbara Paz apresenta grandes clássicos da leitura

A Biblioteca Mário de Andrade, leva o nome em homenagem ao escritor brasileiro e completa 100 anos em 2025, e ontem (13) foi palco de um espetáculo. Com um look all white, a atriz Bárbara Paz, fez uma leitura de trechos de diversos livros: ‘Macunaíma’, um dos clássicos do autor e da literatura brasileira; ‘Livro do Desassossego’, de Fernando pessoa; e ‘Mudar: Método’, de Édouard Louis. Além da leitura, um trio de músicos fez a trilha sonora de toda a apresentação.


Desfile da marca João pimenta na SPFW N60 (Vídeo: reprodução/YouTube/SPFW)

Enquanto recitava e performava trechos de livros clássicos, os modelos desfilavam na biblioteca. O desfile mostrou uma alfaiataria leve e com mais volumes. Diferente de outras ocasiões, neste desfile, João Pimenta optou por cores mais vívidas, como laranja, azul, branco e amarelo. Os tecidos utilizados, como algodão, linho e poliamida, deixaram as peças mais leves, mantendo a elegância de sempre, misturada a estética urbana.


Desfile da marca homônima João Pimenta (Foto: reprodução/Instagram/@spfw/@joao_pimenta)

Sobre a SPFW N60

Além de João Pimenta, Glória Coelho também fez sua apresentação ontem, na parte da tarde. O desfile da noite ficou por conta de Ronaldo Fraga. O evento acontece até o dia 20 deste mês, e ainda terá apresentações de marcas como Patricia Viera, À La Garçonne, Marina Bitu, Sou de Algodão, Herchcovitch; Alexandre, Dendezeiro, Angela Brito, Apartamento 03, Gustavo Silvestre, entre outros. Os desfiles acontecem em diversos locais de São Paulo.

Essa edição comemora os 30 anos de um dos maiores eventos da moda nacional. “Hoje, celebrando três décadas de moda, cultura e transformação, reafirma seu papel como espaço de expressão, identidade, pertencimento e inovação, refletindo as urgências do presente e abrindo caminhos para o que ainda está por vir.”, escreveu a organização do evento em publicação no Instagram. Além dos desfiles, também acontecem exposições e workshops, ligados a moda, arte e cultura.

SPFW: Gloria Coelho celebra 50 anos de carreira com desfile em trem do metrô de São Paulo

Como parte da abertura oficial da 60ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), a estilista Gloria Coelho apresentou, nesta segunda-feira (13), uma coleção dentro de um trem em movimento. O desfile, intitulado “O futuro se constrói em movimento”, marcou os 50 anos de trajetória da designer e propôs uma experiência imersiva entre moda, cidade e mobilidade.

O evento começou na estação Júlio Prestes, no centro da capital, e se estendeu durante uma viagem de aproximadamente 40 minutos, transformando os vagões em passarela e cenário de celebração.

O passado como ponto de partida

A coleção parte de uma investigação sobre o século XIX, período que simbolizou a chegada das ferrovias e o nascimento do pensamento moderno. O conceito reflete a maneira como o progresso, desde então, tem sido impulsionado pela inovação e pelo movimento — temas centrais na obra de Gloria.


Modelo durante desfile de Gloria Coelho no São Paulo Fashion Week (Foto: reprodução/Gustavo Scatena/@agfotosite)

Em entrevista à CNN, a estilista explicou o processo criativo:

“Eu estava desenvolvendo uma coleção inspirada nessa fase. Recebi o convite da Motiva para levar o desfile a esse espaço, já que eles estão fazendo uma ativação pela cidade, e amei a ideia.”

O desfile, fruto da parceria com a empresa de mobilidade urbana Motiva, uniu moda, memória e tecnologia, destacando a importância do deslocamento como metáfora de futuro.



Tradição e inovação em diálogo

Com 51 looks, Gloria apresentou peças que combinam alfaiataria, tule, transparências e bordados em alto-relevo, reforçando sua estética atemporal e minimalista. Entre os destaques, surgiram vestidos fluidos, conjuntos estruturados e casacos longos que dialogam com a história da marca.

A paleta de cores transitou entre preto, off-white, bordô, marrom, verde e rosa — tons que remetem à sobriedade e à delicadeza, marcas registradas da criadora. O desfile contou ainda com a presença de Isabella Fiorentino e Anttònia, que integraram o casting especial.

Ao misturar referências vitorianas e boho a elementos contemporâneos, Gloria reafirma sua visão de um futurismo poético, em que tradição e experimentação coexistem.

A cidade como passarela

A escolha do metrô como espaço performático simboliza a abertura da moda a novos públicos e contextos. Ao transformar o deslocamento urbano em experiência estética, Gloria Coelho faz um convite à reflexão sobre mobilidade, tempo e criação coletiva.

O São Paulo Fashion Week 2025 segue até 20 de outubro, reunindo mais de 30 marcas e designers. Nesta terça-feira (14), apresentam-se Flavia Aranha, Patricia Viera e Forca, dando continuidade à programação da maior semana de moda do país.

Matéria por: Maria Carolina Brandao