Flávio Augusto: “Sou movido por missão”

Flávio Augusto da Silva é um dos grandes nomes quando o assunto é empreendedorismo. Fundador da Wise Up e presidente da Wiser Educação, holding que hoje fatura cerca de R$ 650 milhões e reúne marcas como Number One, Conquer, Aprova Total e MeuSucesso.com, o bilionário construiu sua fortuna do zero e se tornou uma referência no mundo dos negócios.

Antes de se tornar uma das vozes mais influentes do empreendedorismo brasileiro, Flávio Augusto era apenas um jovem da periferia do Rio de Janeiro tentando mudar o próprio destino. Aos 19 anos, iniciou sua trajetória na área de vendas de forma informal, oferecendo cursos de inglês por telefone — e só recebia comissão quando fechava um contrato.

Anos depois, aquele jovem vendedor daria um passo decisivo rumo ao sucesso ao fundar a escola de idiomas Wise Up — iniciativa que marcaria o início da trajetória que o levaria a figurar entre os empresários mais ricos do Brasil com um patrimônio estimado em R$ 1,4 bilhão em 2025, segundo a revista Forbes.

Ele credita a origem de sua veia empreendedora às raízes familiares. A avó, lavadeira que sustentou sozinha três filhos, foi seu primeiro exemplo de resiliência e coragem. Já da mãe, professora da rede pública, herdou o olhar atento para as oportunidades — e as primeiras lições sobre o valor de vender.

Um dos marcos da juventude de Flávio Augusto foi uma viagem ao Paraguai ao lado da mãe, quando decidiu comprar relógios para revender. A aposta deu certo: em apenas um mês, faturou mais do que os pais somavam juntos. Foi ali que percebeu que a arte de vender poderia ser seu verdadeiro superpoder.

Com a experiência acumulada em três décadas de empreendedorismo, Flávio Augusto relembra, em entrevista exclusiva à Lorena Magazine, os principais capítulos de uma trajetória que o consolidou como um dos empresários mais bem- sucedidos do mundo.



De vendedor de cursos de inglês a bilionário listado pela Forbes. Qual foi o maior ponto de inflexão da sua trajetória que acredita ter definido o empresário que é hoje?

“Acho que são vários pequenos pontos de inflexão do que um grande ponto de inflexão. Geralmente um ponto de inflexão ele começa de dentro para fora, então nos primeiros pontos de inflexão que me levaram a minha trajetória foram aqueles que me levaram a acreditar na minha autoconfiança, desenvolvendo a competência de comunicação de vendas. O primeiro deles foi quando eu tinha os meus 13 aos meus 16 anos, quando eu fiz concurso público. Me preparei três anos seguidos para fazer esse concurso e durante esse período de preparação eu me deparei com meu limite, que eu estava muito atrás, e aí é o momento que você pode desistir ou você vai acreditar, investir e estudar. Quando fui aprovado naquele concurso da Marinha, foi uma coisa que demonstrou para mim que eu era capaz de fazer uma diferença. Então isso foi uma base muito importante para mim”.

“O segundo ponto foi quando eu fui trabalhar na área de vendas de uma empresa. Eu aprendi a venda do ponto de vista profissional. Mas eu lembro que, quando eu tinha as metas que eu precisava bater, eu pensava: ‘Poxa, não são mais difíceis do que o concurso, então se eu consegui aquilo eu vou conseguir’, então me dediquei até conseguir. Sempre fui um cara muito dedicado para conseguir aquilo que eu

queria. Eu estava autoconfiante, aprendi a vender, entendi o mercado de educação, até que cheguei num ponto em que eu já liderava um time de mais de cento e poucos vendedores, mais de 20 gerentes de vendas e foi quando eu pedi demissão e saí daquela empresa para abrir minha própria empresa”. Então são vários pequenos momentos. Mas eu acho que o que tem muito valor é dizer que tudo começa de dentro para fora. A minha qualificação transformou, na realidade, o meu interno, a minha autoconfiança”.



Você costuma dizer que “estabilidade não existe”. De que maneira essa mentalidade foi determinante para enfrentar riscos e conquistar resultados extraordinários?

“Então, entender que a estabilidade não existe ajuda a gente a lidar com risco de outra forma. Porque 100% das situações em que nós nos encontramos são situações de risco, até aquelas situações que a gente acredita, que elas são seguras. Elas são ilusoriamente seguras. Não existe nada que nos dê absoluta segurança. Então entre estar dentro do risco, mas na estagnação ou estar assumindo um risco para crescer, eu prefiro assumir o risco para crescer, porque não fazer nada é um grande risco também. Então quando eu entendo que não existe estabilidade, eu lido com risco de uma maneira mais tranquila”.

O que o sucesso significa para você? Você já se considerou um homem de negócios de sucesso?

“Eu acho que eu me senti com muito sucesso quando eu passei no concurso, depois quando eu comecei a vender e depois quando eu abri a minha primeira escola. Então, quando eu faço uma turnê com 20 mil pessoas, acho que cada etapa é a realização de um pedaço desse sucesso, mas não acho que existe o sucesso como um lugar definitivo: ‘Olha, eu cheguei ao sucesso e acabou’. São conquistas que a gente tem a cada momento. Neste momento, meu objetivo é tal, aí a gente conquista aquele objetivo, depois a gente vai para um próximo, e por aí vai, né? Não sugiro que a pessoa se acomode, porque você vai experimentar essa conquista todas às vezes que você estiver se colocando numa situação de desafio.”

Se pudesse voltar no tempo, há algo que você faria de maneira diferente em sua trajetória empreendedora?

“Eu poderia dizer que eu faria coisas que hoje, com o conhecimento que eu tenho, eu talvez fizesse diferente, como, por exemplo: eu abri 24 escolas nos primeiros três anos em 15 capitais diferentes. Hoje, com o conhecimento que eu tenho e com a

experiência, talvez eu abrisse essas mesmas 24 escolas no máximo entre Rio de Janeiro e São Paulo. Eu precisava fazer aquilo para poder chegar a aprender coisas que aprendi, entendeu? Não tenho esse pensamento retroativo: ‘Ah, se eu tivesse voltado, se eu tivesse feito’. Eu poderia ter feito o que fiz mais rápido se eu tivesse o conhecimento que eu tenho hoje, mas eu não tinha, então não tem como.”

A Wiser Educação reúne marcas líderes como Wise Up, Number One, Conquer e MeuSucesso.com. Qual é a filosofia que sustenta a expansão desse império educacional?

“A Wiser Educação se concentra em empresas com foco em empregabilidade, então são cursos. É uma empresa que tem cursos de inglês, cursos para pós-graduação, soft skills, preparatório para residência médica, a gente é muito forte na área médica, ou seja, são cursos que têm foco em empregabilidade. Geralmente, operações com muita tecnologia, com margens altas. Esse é o perfil de negócio que a gente buscou para a Hold para formar o Wiser.”



Você já construiu e vendeu empresas bilionárias. Como decide a hora certa de vender um negócio e iniciar um novo ciclo?

“A venda de uma empresa, ela segue uma lógica diferente da economia real. A economia real, ela tem a ver com a demanda e o modelo que você desenvolve. Ou seja, você simplesmente performa com a estratégia que você cria e com o processo de vendas que você desenvolve. A economia pode estar boa e você está vendendo bem, ou a economia pode estar ruim e você está vendendo bem igual, porque a macroeconomia não tem influência sobre a economia real, sobre a performance do seu negócio. Já a venda de um negócio, ela é muito sensível à macroeconomia, então você não vai fazer um IPO, que é uma espécie de venda no negócio, e é menos provável que você faça uma outra operação e, se fizer, vai ser com valores menos atrativos no momento de macroeconomia desfavorável. Então, a venda de um negócio está muito mais sensível a essa questão macroeconômica. Como empresário, você sempre tem que estar pronto a qualquer momento para fazer um IPO, para fazer uma venda ou para fazer uma transação. Mas você vai estar sempre dependendo da macroeconomia”.

Sobre a Trinca, fale um pouco sobre esse encontro com Caio Carneiro e Joel Jota, que são dois grandes empreendedores e como vocês estão impactando todos os maiores empresários do país?

“Então, a gente começou fazendo um programa de performance em vendas na Wiser Educação e a gente começou a caminhar junto em cima desse produto. As competências que cada um tem nessa Trinca, elas são competências complementares, e a experiência que tivemos com esse produto foi muito positiva e a gente foi expandindo, percebendo que aquilo era pouco e que conseguíamos fazer mais e fomos expandindo, até que fizemos a Trinca. Depois nós fizemos a MLS, fizemos um programa de mentoria que é o CLAX CLUB, e aí tem sido bastante promissor. A própria MLS já tem 8 mil clientes de high tickets, de empresários, ou seja, tudo isso tem muito pouco tempo. A gente começou faz 3 anos só.”



Como você consegue equilibrar sua vida pessoal com as inúmeras responsabilidades de ser um bilionário?

“Eu não acho que é equilíbrio, eu acho que a gente concilia, a gente faz acordos. E tem também o outro ponto nessa questão empresarial que não é só o acordo, tem que ter gente capaz, gente competente. Então, por exemplo, a Weiser é tocada ali por um time. Tem que ter uma equipe.”

Se você fosse se definir em uma frase, qual seria?

“Eu sou uma pessoa que me movo por uma missão. Então, eu acho que eu me movo por um propósito. Eu gosto da ideia de que o que eu faço contribui com os empresários, porque é muito útil isso.

 

Créditos:

Fotógrafo João Menna

Renata Kuerten: “Seguir em frente, mesmo diante dos desafios.”

Nascida em Braço do Norte, Santa Catarina, Renata Kuerten, construiu uma carreira de destaque na moda. Sua relação com esse universo começou aos 13 anos, quando foi descoberta por um olheiro durante um concurso de beleza. Desde então, percorreu o mundo participando de diversas campanhas internacionais, brilhou nas passarelas e dirigiu campanhas de grandes marcas. Em 2015, deu início a outro sonho: ser apresentadora de TV. Já são mais de 20 anos de atuação na carreira artística, sendo 10 deles, realizados em 2025, como apresentadora.

Sua jornada na TV começou em 2015, à frente do dominical “Chega Mais”, da RedeTV!, em 2019, foi convidada para comandar o reality “Show de Noivas”, no Canal E!. Em 2022, foi contratado pelo SBT para assumir a coapresentação do “Esquadrão da Moda”, programa com vice-liderança de audiência da emissora. Este ano, comemorando uma década como apresentadora de televisão, renovou contrato com a emissora pelo quarto ano consecutivo, mantendo-se à frente da atração.

“Sempre sonhei com esse lugar de apresentadora, de poder levar para as pessoas um pouco de leveza e de conhecimento, de estreitar essa conexão com o público, que me recebeu tão bem nesse lugar. Comemorar 10 anos dessa carreira atuando em um programa que devolve a autoestima de várias mulheres. Além de se sentirem bem consigo mesmas, elas se tornam uma inspiração para outras, e isso é algo que eu amo, a moda e a possibilidade de inspirar outras mulheres, de fazer com elas podem enxergar com mais amor e cuidado por meio de quadros diferentes. Quero continuar nessa caminhada e quem sabe produzir meu próprio programa?!”, conta Renata.

Mãe de Lorena, de 2 anos, fruto de sua relação com o advogado Beto Senna, com quem oficializou a união em maio deste ano, em São Miguel dos Milagres, Maceió, Renata busca não romantizar a maternidade e fala abertamente sobre os desafios de criar uma filha e carreira conciliar sem deixar de ser a mulher que gostaria de ser antes de se tornar mãe.

Nos negócios, Renata, que nasceu em uma família humilde, mostra um lado pouco conhecido da vida pública: é investidora e sabe da importância de construir um patrimônio que traga conforto para sua carreira e família.

Quando não está nas campanhas publicitárias, passarelas ou diante das câmeras, Renata dedica seu tempo em viagens com a filha, Lorena, e o marido Beto Senna, compartilhando dicas em destinos incríveis e especiais. Em suas redes sociais, costuma mostrar sua rotina, sempre com um olhar humano que se conecta com o outro, revelando suas relações familiares, de trabalho, lazer e amigos.

Em entrevista exclusiva à Lorena Magazine, Renata abre o coração ao compartilhar momentos marcantes de sua trajetória. A apresentadora relembra o início da televisão, fala sobre os desafios e aprendizados da maternidade e revela os projetos que refletem a transformação e a força de sua carreira.



 

  • Quais métodos você usa para se manter sempre atualizado no mundo da moda?

“Eu vivo cercada de pessoas que entendem de moda, então sempre trocamos novidades e conversamos entre nós. Também faço muitas pesquisas, principalmente por causa do meu trabalho, então a moda sempre dá um jeitinho de chegar até mim (risos).”

 

  • Como você se descobriu neste universo e o que te despertou o interesse de seguir esse caminho?

“Desde pequena eu já tinha uma relação muito forte com a moda. Sonhava em ser modelo, mesmo que, na época, pareciasse algo muito distante. Minha mãe disse que eu desfilava no caminho de cimento entre o tanque de lavar roupas e a cozinha de casa, como se fosse uma passarela. Com o tempo, decidi me transformar: coloquei aparelho nos dentes, deixei o cabelo crescer e comecei a investir de verdade nesse sonho. Aos 15 anos, tudo começou a mudar de fato, quando fui descoberta por um olheiro e comecei minha carreira como modelo profissional.”



 

  • Você também já esteve à frente de muitos programas de televisão e agora, arrasando no “Esquadrão da Moda”. Diante da realização de mais este sonho, qual o sentimento que mais você descreve em frente às câmeras?

“O sentimento seria gratidão! Porque durante essa década como apresentadora, amadureci como profissional. Aprendi a me comunicar de forma mais empática, a lidar melhor com o improviso e a transformar cada história em um momento único. Cresci não apenas como apresentadora, mas também como ser humano, ao me conectar com tantas histórias históricas. Essa troca com o público, essa conexão óbvia, é o que mais me toca e me motiva a seguir em frente.”

 

  • Como você faz para lidar com as críticas em relação ao seu estilo de vida? Durante a gravação, já passou por alguma situação constrangedora?

“Eu venho de uma família humilde e, desde muito nova, aprendi a valorizar as coisas simples e a vida como um todo. Por isso, entendo que as críticas sempre vão existir, mas procuro manter os pés no chão e me lembrar de onde vim. Tento encarar tudo com leveza e foco no que realmente importa pra mim: minha evolução pessoal e profissional. Durante as gravações, já aconteceu sim, Às vezes, é um improviso que sai errado, acontece, mas é verdade que tudo isso traz aprendizado e ajuda a construir mais segurança com o andamento.”



 

  • Com tantas demandas em sua vida profissional, conta pra gente como você procura dividir o tempo com a Lorena e com o Beto?

“Eu sou uma pessoa muito família, então para mim é essencial reservar um tempo de qualidade só para eles, eles que são a minha base. Gostamos de fazer atividades juntos, principalmente nos finais de semana, quando consigo desacelerar e me conectar ainda mais com eles. Encontrar esse equilíbrio não é fácil, mas é possível quando a gente entende o que realmente importa e aprende a se organizar com carinho e consciência.”

 

  • Você acredita que a maternidade foi um divisor de águas em sua vida?

“Sim, com certeza! A chegada da Lorena foi uma mudança total na forma como eu enxergo a minha vida. Passei a ter mais medo de certas coisas, mas também aprendi a ser mais carinhosa e a dizer “eu te amo”, uma coisa que nunca foi realidade na minha família. Aprendo com ela todos os dias. A maternidade me tornou uma pessoa mais calma, responsável e resiliente. Ser mãe me transformou profundamente. Me fez enxergar a vida com mais sensibilidade e equilíbrio, e me fortaleceu como mulher, profissional e ser humano.”

 

  • Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao longo da sua carreira e como você os superou?

“Acredito que minha entrada na televisão foi uma verdadeira virada de chave na minha carreira. Era algo totalmente diferente do que eu estava acostumada, como dar entrevistas, por exemplo, é muito distinto de comandar um programa. Mas, mesmo começando muito jovem, sempre fui muito dedicada e profissional. Desde o início, entendi a importância de estudar, me preparar e focar no que era necessário para crescer e para o meu desenvolvimento. Aprendi a me posicionar diante das câmeras, a lidar com diferentes perfis de pessoas e a me comunicar com mais segurança. Enfrentar esses desafios me ajudou a evoluir não só como profissional, mas também como pessoa.”

 

  • Seu trabalho notório e espetacular, garantiu a você a renovação de contrato com o SBT por mais quatro anos. Como você enxerga essa parceria e o sucesso que vem estabelecendo ao longo dos anos?

“É uma alegria imensa! Somos vice-líderes de audiência no canal quando a temporada está no ar, e esse resultado mostra o quanto o trabalho em equipe é essencial para o crescimento e para manter parcerias sólidas. Aprendo diariamente muito com a emissora e, nesses quatro anos juntos, me desenvolvi ainda mais como profissional,  e cresci também como pessoa. Foi o início de uma jornada que me transformou em muitos sentidos. Estar ao lado de pessoas tão talentosas e dedicadas é uma alegria diária, e, desde então, meu amor pela TV só cresce.”



 

  • Quais são seus próximos projetos? Possui algum objetivo que pretende atingir?

Sim, quero continuar trilhando esse caminho na TV e na moda, que são minhas grandes paixões. Mas também tenho vontade de dar um novo passo: criar e produzir um projeto totalmente meu. Ter um programa autoral, com a minha identidade e minhas ideias seria a realização de um novo sonho.”

 

  • Para finalizar, se você pudesse resumir em uma frase qual frase seria?

“Acredito que a palavra seria resiliência, porque seguir em frente, mesmo diante dos desafios, aprendendo, evoluindo e nunca desistindo dos meus sonhos.”

 

  • Primeira capa de rosto
    Fotografo Leandro Ramos @lramos79
  • Segunda capa – de corpo
    Edição de moda: Dudu Farias @dudufarias; assistência: @callmebylacerda
    Maquiagem: Lucas Matias @iamlucasmatias
    Fotografia: Henrique Tarricone @tarricone (com assistentes de fotografia @hkavantgarde_ e @leooprodutor)
    Assessoria de imprensa: @evvacomunicacao

Thaís Carla: “Meu corpo sempre foi movimento. Agora, ele também é descoberta”

Thaís Carla sempre desafiou padrões. Como dançarina, influenciadora e uma das principais vozes do movimento pela diversidade corporal no Brasil, ela fez história ao mostrar que corpos gordos também dançam, brilham e inspiram. Mas, nos bastidores da força e da performance, há também uma mulher que, aos poucos, tem escolhido o autocuidado como prioridade — com menos gritos, mais escuta.

Em um novo capítulo de sua trajetória, Thaís passou por uma cirurgia bariátrica e, desde então, mergulhou em um processo de reconexão com o próprio corpo. Longe da narrativa de antes e depois, ela escolhe viver o agora com leveza — e, nesse caminho, descobriu nos esportes, especialmente no tênis, uma nova paixão.



Mas o movimento de reinvenção não para por aí: Thaís também acaba de se formar como atriz pela Escola de Atores Wolf Maya, expandindo ainda mais seus horizontes artísticos e provando que nunca é tarde para começar de novo. “Esse momento é todo sobre transformação”, diz ela. “Do palco ao esporte, estou explorando novas versões de mim.”

Em entrevista exclusiva à Lorena Magazine, ela fala sobre essa fase, os julgamentos, as escolhas e o prazer de se reinventar a partir do corpo — e da coragem.



  1. A bariátrica foi uma escolha muito pessoal e corajosa. O que te motivou a passar por esse processo?

Foi um processo profundo, cheio de reflexão. Minha maior motivação foi a saúde e o desejo de acompanhar cada fase da vida das minhas filhas com energia e disposição. Aprendi que a culpa não é minha, e sim de uma sociedade que insiste em não enxergar a diversidade corporal que existe no mundo. Mas esse erro coletivo acaba sendo uma dor individual. E essa dor me impedia de viver novas experiências. Não foi uma decisão fácil, mas foi tomada com muita consciência e, acima de tudo, com amor-próprio.

  1. Como tem sido a experiência de conhecer novos esportes?

Tem sido libertadora! Me redescobrir através do movimento é algo que eu nunca imaginei que traria tanta alegria. Cada novo esporte revela uma versão minha que eu ainda não conhecia. Eu me divirto, me desafio e me surpreendo com tudo o que sou capaz de fazer.



  1. E o tênis? De onde surgiu essa nova paixão?

Começou como uma brincadeira… fui experimentar e simplesmente me apaixonei. O tênis me traz foco, energia e uma conexão diferente com o meu corpo. É um esporte que exige atenção, concentração e estratégia — e isso tem tudo a ver com o momento que estou vivendo.

  1. Muitas pessoas ainda associam exercício apenas à estética. Como você enxerga isso hoje?

Essa associação vem de uma construção social e cultural muito forte, que ganhou força principalmente no século XX, com a indústria da beleza, da moda e do fitness vendendo um ideal de corpo “perfeito”. Por décadas, publicidade, televisão, redes sociais — e até certos discursos médicos — reforçaram a ideia de que o exercício serve, prioritariamente, para emagrecer ou “melhorar” o corpo.

Hoje, enxergo o exercício como um ato de cuidado. Com o corpo, sim — mas, principalmente, com a mente. O movimento me equilibra, me dá autoestima, confiança e disposição. A estética pode até ser uma consequência, mas o mais importante é como a gente se sente por dentro.



  1. Como é lidar com a expectativa das pessoas sobre seu corpo agora?

Aprendi a não carregar expectativas que não são minhas. As pessoas sempre vão ter opiniões, mas quem vive no meu corpo sou eu. Estou em paz com meu processo, com minhas escolhas e com as transformações que vêm acontecendo. Cada passo é meu, no meu tempo.

  1. O que você diria para outras mulheres que estão pensando em começar no esporte, mas têm medo do julgamento?

Diria para começarem mesmo com medo. O julgamento vai existir, mas ele não pode ser maior que o seu desejo de viver melhor. O esporte é para todo mundo. Nosso corpo é instrumento de potência, não de vergonha. Se joguem, se descubram — o mais bonito é estar em movimento.



  1. Se pudesse se definir neste momento, em uma palavra ou frase, qual seria?

Renascimento. Estou vivendo uma nova fase, com mais consciência, mais amor e mais vontade de ser feliz do meu jeito.

 

  • Edição de moda: @dudafarias
  • Make Up: @marktiocosta
  • Fotografia: @marcospbduarte

Gianne Albertoni: “Sou reinvenção. Porque a cada fase escolho me transformar – com alma”

Aos olhos do grande público, Gianne Albertoni é sinônimo de elegância e carisma. Modelo, atriz e apresentadora, ela percorreu as passarelas mais prestigiadas do mundo antes de conquistar a televisão brasileira com seu estilo leve, espontâneo e sempre muito profissional. Mas sua trajetória vai muito além dos holofotes – é uma história de reinvenção, disciplina e paixão pelo que faz.

Na carreira, Gianne foi descoberta ainda aos 13 anos, de forma quase cinematográfica, em São Paulo, pelo fotógrafo Sérgio Valle Duarte. Pouco tempo depois, já estava desfilando para grifes como Versace, Armani, Prada e Dolce & Gabbana. Seu rosto estampou capas internacionais e a colocou na seleta lista das modelos brasileiras que brilharam nos anos 1990, abrindo caminho para muitas que vieram depois.



Ao contrário de muitas modelos que tentaram migrar para outras áreas, Gianne fez essa transição com naturalidade e talento. No cinema, teve papéis marcantes em filmes como “Popstar Xuxa” (2000), “Muita Calma Nessa Hora” (2010), “Muita Calma Nessa Hora 2 (2014)Chacrinha” (2018), provando que sua atuação era mais do que um charme ocasional. Também passou por novelas como “Casos e Acasos” (2008) e séries brasileiras, sempre com uma presença magnética.

Na televisão, Gianne mostrou um novo lado de sua personalidade: descontraída, comunicativa e com um timing perfeito para o entretenimento. Ela encantou o público à frente de programas como o Hoje em Dia, na Record TV, onde esteve por anos ao lado de nomes como Edu Guedes e Celso Zucatelli. Seu estilo direto e elegante a tornou uma das apresentadoras mais queridas do país.

Em entrevista exclusiva à revista Lorena Magazine R7, Gianne fala sobre sua carreira e como tem administrado a vida corrida com o lado pessoal. A modelo ainda faz questão de deixar dicas para aqueles que querem seguir a carreira de modelo.



Você foi descoberta aos 13 anos e, aos 17, já desfilava para Versace. Como é olhar hoje para aquela menina que encantou o mundo da moda tão cedo?

É como rever uma versão de mim que ainda nem sabia quem era. Tão jovem, tão crua… mas com uma coragem imensa. Sinto ternura e admiração por aquela menina. Ela abriu caminhos que hoje eu percorro com mais consciência.

Do glamour das passarelas internacionais para os estúdios de TV: o que te fez trocar o salto alto pelo microfone?

Sempre amei comunicação. A TV me ofereceu algo que a passarela não dava: voz. Eu quis sair do lugar de quem é olhada para o lugar de quem olha, ouve, provoca reflexão. Foi um movimento natural.



Qual foi o momento mais difícil e o mais mágico da sua trajetória até agora?

O mais difícil foi lidar com a solidão em meio ao barulho da fama. Viajar o mundo tão nova, longe da família, dos amigos, a pressão… tudo isso cobra um preço.

O mais mágico? O nascimento do Werk It, sem dúvida. Um projeto que nasceu da amizade, do amor à moda e da vontade de transformar. É um marco para mim.



Você já se sentiu presa à imagem de modelo linda e loira? Como lida com os rótulos?

Sim, claro. Durante muito tempo senti que havia uma expectativa de silêncio, como se beleza e profundidade fossem opostos. Mas aprendi a subverter isso com trabalho e autenticidade. Hoje, não fujo dos rótulos — mas também não me encaixo neles.

O que o público não sabe sobre você que gostaria que soubessem?

Que sou extremamente caseira. Amo o silêncio, bichos, natureza. Sou intensa e observadora. Por trás do brilho, tem alguém que adora o simples.



Você viveu os bastidores da moda internacional nos anos 90 e 2000. Que segredos jamais contados você poderia revelar hoje?

Que por trás de cada clique existe exaustão, espera, improviso. Era uma intensidade quase caótica, mas fascinante. E também havia cumplicidade entre as modelos — como uma pequena irmandade silenciosa.

Já pensou em desistir da fama? Teve algum momento em que quis sumir dos holofotes?

O meu reconhecimento veio do trabalho, passo a passo. Então nunca pensei em desistir. Mas não é fácil manter o equilíbrio quando tudo ao seu redor gira tão rápido. E foi nesses momentos que me reconectei comigo mesma. Aprendi que sumir também é necessário para voltar inteira.



Quem é a Gianne por trás das câmeras?

Sou uma mulher sensível, intensa, curiosa e extremamente leal às minhas verdades. Levo a sério meu tempo, minha saúde e minhas relações. Sou feliz em casa, cuidando dos meus cachorros, das plantas e de quem eu amo.



Amores, amizades, decepções… o que mais te moldou como mulher fora dos palcos e da TV?

A perda da minha mãe me mudou para sempre. Mas também os amores que deixaram marcas, as amizades que me sustentaram, as quedas que viraram força. A vida me esculpiu — e sigo me deixando esculpir.



Se pudesse dar um conselho para jovens que estão começando hoje no mundo da moda, qual seria e o que você gostaria de ter ouvido quando começou?

Cuide da sua essência como cuida da sua imagem. A fama passa, os holofotes apagam — mas o que você constrói dentro fica. Eu teria gostado de ouvir: você não precisa se encaixar. Crie o seu próprio molde.

Se pudesse se definir em uma palavra ou frase, qual seria?

Sou reinvenção. Porque a cada fase, escolho me transformar — com alma.



Créditos

Apresentadora e Modelo: @albertonigianne
Fotografia: @thaiscunhaff
Beauty: @corral.makeup
Stylist: @marinakafer
Press: @casnovo
Agência: megamodelbrasil
Entrevista: @andrep.jornalista
Editora Chefe: @lorenalouisy
Editor Criativo: @leandrobernardesr
Capa: @pegabrel

Repórter: André Pontes

Emily Garcia abre o coração sobre a maternidade: “Meu maior propósito está em casa, me chamando de Mãe.”

Emily Garcia é um dos nomes mais queridos e influentes da internet brasileira. Com uma trajetória marcada por beleza, autenticidade e superação, ela conquistou milhões de seguidores ao transformar sua história pessoal em inspiração para outras jovens mulheres. De Miss Teen Brasil a empresária e influenciadora de sucesso, Emily nunca escondeu as raízes humildes nem o apoio incondicional da mãe, que sempre foi sua maior aliada nos bastidores de cada conquista.


Photo: @eunivan


Na capa especial de Dia das Mães da Lorena Magazine R7, Emily abre o coração em uma entrevista exclusiva sobre o capítulo mais transformador de sua vida: a maternidade. Ao se tornar mãe de Miguel ainda muito jovem, ela encontrou um novo propósito — mais forte, mais profundo e cheio de amor. Entre desafios, aprendizados e escolhas conscientes, a influenciadora compartilha como equilibra carreira, vida pessoal e criação do filho com maturidade e coragem.

Ser mãe tão jovem transformou sua forma de enxergar o mundo? Como essa experiência impactou sua maturidade pessoal e suas escolhas profissionais?

 

Ser mãe jovem transformou minha forma de enxergar o mundo, e virou ele de cabeça pra baixo, mas de um jeito lindo! Eu amadureci muito rápido, aprendi a lidar com desafios, a abrir mão de algumas coisas e a valorizar os momentos simples. A maternidade me trouxe uma força e uma responsabilidade que eu nem imaginava ter tão cedo. E no lado profissional, me fez ter ainda mais foco e vontade de crescer. Hoje, tudo o que eu faço tem um propósito maior: construir um futuro bonito e cheio de amor pro Miguel.

Qual foi o momento mais desafiador da sua jornada como mãe até agora? E o mais inesquecível?

 

O maior desafio foi aprender a equilibrar tudo sem enlouquecer (ou pelo menos tentando, né?). A maternidade virou minha rotina de cabeça pra baixo, mas me ensinou a ser forte, literalmente virar uma mãe leoa e me virar nos 30. Já o momento mais inesquecível? Sem dúvida, quando meu filho me chamou de mamãe pela primeira vez, me derreti na hora! É aquele tipo de lembrança que fica guardada no coração pra sempre. E até hoje cada “mamãe” dele, ainda me faz derreter, rs!

 {resposta} Ser mãe jovem transformou minha forma de enxergar o mundo


Photo: @eunivan


Você compartilha muito da sua maternidade nas redes sociais. Como equilibrar exposição e proteção do seu filho?

Eu adoro compartilhar minha maternidade, mas sempre com muito respeito pelo Miguel. Ele é uma criança, tem dias que está super animado e outros que não quer nem ver a câmera e eu respeito total! E quanto aos comentários maldosos, não deixo barato: mando direto pro meu jurídico. Acho que o segredo é esse equilíbrio, mostrar o que é leve e verdadeiro, sem forçar nada, e sem ultrapassar os limites da nossa intimidade.

O que você mais aprendeu com seu filho que nenhuma outra experiência teria te ensinado?

 

O Miguel me ensinou uma força emocional que eu nem sabia que tinha. Ele me mostrou o que é amor de verdade, aquele amor que é tão profundo, genuíno e intenso que supera qualquer desafio, obstáculo ou qualquer dor. Nada na vida me ensinaria isso da mesma forma.

 {resposta} Eu adoro compartilhar minha maternidade


Photo: @eunivan


Se pudesse deixar uma mensagem para outras mães jovens que te acompanham, qual seria?

 

A mensagem que eu deixaria é: nunca deixe de lutar pelo seu filho, sempre busque o melhor para ele, independentemente dos desafios. Porque nada paga a paz e a consciência tranquila de uma mãe que sabe que está fazendo ou pelo menos tentando sempre o melhor pelo seu pequeno. A jornada pode ser difícil, mas o amor de mãe é a força que nos guia e nos fortalece todos os dias.

Como conciliar maternidade, carreira de influenciadora e vida pessoal sem abrir mão de si mesma?

 

Conciliar tudo é um desafio, mas com a rede de apoio que eu tenho, fica mais fácil e eu tenho consciência disso, até pra eu poder ter meu tempo de qualidade também, cumprir com minhas responsabilidades, obrigações e trabalhos. Claro, sou muito grata por todo esse suporte, mas, mesmo assim, faço questão de estar presente em cada momento com o Miguel. Eu me dedico ao máximo, porque acredito que a maternidade exige presença e carinho. O truque é saber priorizar o que realmente importa e, ao mesmo tempo, cuidar de mim mesma para estar bem em todos os papéis que ocupo, como mãe e mulher.

 {resposta} Eu me dedico ao máximo, porque acredito que a maternidade exige presença e carinho


Photo: @eunivan


Neste Dia das Mães, o que representa, para você, ser mãe em meio a tantos sonhos e responsabilidades?

 

Ser mãe em meio a tantos sonhos e responsabilidades é, pra mim, a maior realização da vida. É saber que, mesmo com todos os desafios e metas pessoais, o meu maior propósito está em casa, me chamando de mãe. Ele me dá força, me inspira a correr atrás dos meus sonhos e me lembra todos os dias do que realmente importa. No fim, ser mãe é o que dá sentido a tudo.

Créditos:

  • Photo: @eunivan
  • Produção: @adragencia
  • Make: @anavilallba
  • Hair: @brabatrancas
  • Estúdio: @eforstudio
  • Stylist: @donattodosanjos
  • Storymaker: @armandogadelha
  • Assessoria de imprensa: @betinhoalves1

Juliana Didone e Guilherme Berenguer celebram reencontro em “A Vida de Jó”

Vinte anos após conquistarem o público como Letícia e Gustavo em “Malhação” (2004), Juliana Didone e Guilherme Berenguer se reencontram no drama bíblico A Vida de Jó, previsto para estrear no segundo semestre de 2025 no streaming Univer Vídeo e, em seguida, na Record. A trama promete emoção intensa ao retratar a trajetória de fé e superação de Jó, personagem central das escrituras cristãs.

Além do reencontro dos atores, a série traz uma nova leitura da clássica história, com direção de arte apurada e foco nos conflitos humanos. O público pode esperar atuações maduras, personagens fortes e cenas que exploram a resiliência diante da perda e da esperança.

Com exclusividade ao Lorena Magazine R7, Juliana Didone e Guilherme Berenguer conversaram sobre o reencontro, o novo projeto e o que os fãs podem esperar. Confira:

Perguntas conjuntas


Créditos: @guilhermelima


1. Como foi reviver a parceria em um projeto tão diferente de “Malhação”?

Reviver essa parceria está sendo incrível. A história de Jó e Raquel é muito intensa, forte e cheia de camadas. Está sendo um desafio fantástico.

2. Vocês sentiram que a conexão em cena permaneceu a mesma, mesmo após duas décadas?

Sim, a conexão em cena permaneceu disponível, e isso é muito bom para buscarmos ainda mais profundidade dentro desse projeto.

3. A história de “A Vida de Jó” envolve muita emoção. Como a maturidade de vocês como atores influenciou esse novo trabalho?

Eu sempre gosto de citar o ator Daniel Day-Lewis. Ele diz que o ator precisa vivenciar experiências para poder trazer esse repertório para seus personagens. Vinte anos depois, aos 44 anos, como pai, marido e vivendo outras questões, sem dúvida conseguimos emprestar mais emoções e profundidade aos nossos personagens.


Créditos: @guilhermelima


4. Qual frase resumiria esse reencontro em “A Vida de Jó”?

Uma missão especial que conta com parceria, profissionalismo e cumplicidade em cena.

5. O que o público pode esperar dessa nova parceria e da série como um todo?

O público pode esperar uma história impactante, transformadora e que, sem dúvida, deixará uma semente para buscarmos equilíbrio, resiliência e fé, na prática.

 {resposta} Cumplicidade em cena

Perguntas para Guilherme Berenguer


Créditos: @guilhermelima


1. Qual foi o maior desafio para interpretar um personagem tão emblemático como Jó?

O personagem Jó me desafia em várias camadas. Gostaria de destacar a camada do sofrimento, onde só lhe resta a alma vivente. Isso nos faz refletir muito sobre o que realmente importa na vida.

2. Como está sendo conciliar a vida nos Estados Unidos com o retorno às gravações no Brasil?

Conciliar a vida nos Estados Unidos com o retorno às gravações no Brasil está sendo desafiador, mas conto com minha esposa fantástica, minha parceira de vida, e com o apoio dos meus filhos. Como o projeto não é tão longo em termos de duração, conseguimos organizar tudo para que fosse possível.

3. Depois de anos longe da televisão aberta brasileira, como você descreve esse retorno?

Descrevo esse retorno como uma missão, um desejo genuíno de colocar a arte para fora. E o personagem chegou em um momento muito único da minha vida.

4. Morar fora do país trouxe novas perspectivas sobre sua carreira como ator?

Morar fora do Brasil traz muitas experiências e perspectivas. Vejo minha carreira de forma muito positiva. O artista brasileiro é muito competente e visceral, o que o torna diferenciado. É claro que, olhando para o modelo de negócios dos Estados Unidos na área artística, percebemos que ainda temos muito a aprender. Mas, em termos de qualidade e talento, temos competência para ocupar cada vez mais espaço no cenário internacional.

5. Como foi mergulhar em um personagem que enfrenta perdas tão profundas como Jó?

Quando estamos na fase de preparação e nos aprofundamos nas perdas que o personagem vive, isso inevitavelmente nos afeta. Faz a gente refletir sobre que tipo de vida estamos levando, quais escolhas fazemos, porque reclamamos em vez de agradecer, a diferença entre preço e valor, a bênção de estar presente e o quão pequenos somos diante da vida. Esse processo deixa clara a dependência que temos de um relacionamento com o nosso Pai Criador.

 {resposta} Um desejo genuíno de colocar a arte para fora


Créditos: @guilhermelima


Perguntas para Juliana Didone

1. Como foi reviver a parceria em um projeto tão diferente de “Malhação”?

Está sendo uma oportunidade de reencontrar em cena um amigo, que guardo memórias lindas de um momento muito significativo nas nossas carreiras. Mas para fazer algo completamente diferente! Está sendo muito especial.

2. Vocês sentiram que a conexão em cena permaneceu a mesma, mesmo após duas décadas?

 A gente teve um encontro longo, né? Malhação durou dois anos. Construímos um carinho sólido um pelo outro. E isso não vai se perder nunca.

3. A história de “A Vida de Jó” envolve muita emoção. Como a maturidade de vocês como atores influenciou esse novo trabalho?

Influenciou completamente. Eu viveria a Raquel de uma forma muito mais rasa se fosse há vinte anos. Nossas personagens contam um drama muito pesado e desafiador. Tem que ter estrada na vida para virar todas essas camadas, e o tempo ajuda a elaborar essa composição.

4. Qual frase resumiria esse reencontro em “A Vida de Jó”?

Coisas boas acontecem!

5. O que o público pode esperar dessa nova parceria e da série como um todo?

A série é muito emocionante. A gente está contando com muito carinho e entrega essa história de busca, de luta, coragem e fé. Vocês vão gostar!


Créditos: @guilhermelima


 {resposta} Construímos um carinho sólido um pelo outro

Perguntas individuais para Juliana Didone

1. Interpretar Raquel, a mulher de Jó, exigiu alguma preparação emocional específica?

Fazer a Raquel tem aberto todas as minhas feridas. A personagem passa por provações dilacerantes, desafios muito violentos – ela quase perde a sanidade mental. Então, eu estou aberta, mas também muito concentrada para não me misturar com ela por tempo demais. É uma preparação muito densa.

2. Como suas recentes experiências no teatro e no cinema influenciaram sua atuação em “A Vida de Jó”?

Toda construção de um novo personagem, seja ele para o veículo que for, me ensina e me traz a prática dessa busca, que não me deixa tão vulnerável. Então, quanto mais experiente, mais bagagem eu vou levando em mim.

3. Você tem usado as redes sociais para abordar temas sensíveis. De que forma essa abertura impacta sua entrega artística?

Acho que, como artista, devemos compartilhar coisas importantes que nos afetam, sejam positivas ou não. Porque, na verdade, muitas vezes é um pensamento coletivo. Muita gente se identifica.


Créditos: @guilhermelima


 {resposta} Mais bagagem eu vou levando em mim


Créditos: @guilhermelima


4. Quais características de Raquel você acredita que mais vão tocar o público?

A humanidade dela. Ela erra, acerta, está procurando. É questionadora. Raquel é uma mulher forte, mas que vai passar por uma dor que qualquer um desmoronaria.

5. Olhando para trás, o que a Juliana de 2004 pensaria ao ver a Juliana de hoje?

“Olha, que bom te encontrar assim. Vamos!” – é minha palavra favorita.

Juliana Didone e Guilherme Berenguer mostram, em A Vida de Jó, que algumas parcerias resistem ao tempo. Com atuações intensas e uma história de fé e superação, a série promete emocionar e inspirar quem acompanhar essa nova jornada.

Créditos

  • Atriz @julianadidone
  • Ator @gberenguer
  • Produção Executiva: @anameliacaserta_
  • Fotógrafo: @guilhermelima
  • Stylist: @luanventilari
  • Beleza: @zuhribeirobeauty_
  • Film: @yagogoulart e @felicostta
  • Estúdio: @raareestudio
  • Editora-chefe: @lorenamagazine
  • Capa: @pegabrel
  • Repórter: @nattyraquell

Look 1

  • Guilherme: Camisa: Z vitor @zvitor_oficial | Saia: Matha Medeiros @mathamedeiros_oficial | Joias: Joy By Okubo @joybyokubo | Sapato: Sapato Santa Lolla @santa_lolla
  • Juliana: Camisa: King&joe @kingjoeoficial | Calça: Docths @docthos | Sapato: CNS @cnsoline

Look 2

  • Guilherme: Trench Coat: Uniqlo @uniqlo| Moletom: Calvin Klein: @calvin | Calça: Tommy Hilfiger @tommyhilfiger | Sapato: CNS @cnsonline
  • Juliana: Trench Coat: Tommy Hilfiger @tommyhilfiger | Joias: Joy By Okubo @joybyokubo | Sapato: Santa Lolla @santa_lolla

Noivado de Ana Mosconi e João Rezende: ‘Parceria, sonhos, respeito, apoio e escolhas’

Com o brilho do amor nos olhos e os corações pulsando em sintonia, Ana Mosconi e João Rezende protagonizam a capa especial da Lorena Magazine R7 com exclusividade. O casal, que conquistou milhões de seguidores ao longo dos anos com sua autenticidade e carisma, dá um passo importante no relacionamento e compartilha os bastidores dessa nova fase marcada por emoção, propósito e muito estilo.

A história dos dois começou nos bastidores do canal de Pedro Rezende, irmão de João e cunhado de Ana, ainda em 2018. Na época, a conexão já era evidente, mas foi só em 2020 que o relacionamento floresceu. Desde então, a trajetória de Ana e João tem sido marcada por cumplicidade, respeito e sonhos compartilhados.

No dia 2 de outubro de 2024, veio o pedido de noivado, um momento íntimo e inesquecível que abriu as portas para um novo capítulo. E hoje (23), chegou o dia tão almejado para comemorar o noivado do casal.

Para celebrar esse marco, o casal mergulhou em um ensaio editorial elegante e conceitual, que une o romantismo à paixão pela moda. A escolha dos looks, o cenário e a estética traduzem a essência dos dois: sofisticados, modernos e conectados. Ana, que sempre foi apaixonada pelo universo fashion, desenhou o próprio vestido do noivado, uma peça minimalista e clássica, confeccionada com carinho por sua mãe, que é costureira.

Com exclusividade, ao Lorena Magazine R7, Ana Mosconi e João Rezende revelaram detalhes inéditos sobre esse momento único na vida do casal; confira!


 Ana Mosconi e João Rezende – Créditos:


Um momento marcante na relação de vocês?

O pedido de casamento, sem dúvida, foi o momento mais especial da nossa história. Tudo foi planejado com muito carinho e significado, e quando aconteceu, parecia um sonho. Foi um instante que simbolizou tudo o que vivemos até aqui e tudo o que ainda vamos construir juntos.

Vocês já se imaginam tendo filhos (as), se sim, quantos? Já pensaram em nomes?

Sim, queremos ter filhos no futuro. Ainda não temos um número certo, mas já pensamos em alguns nomes. Se for menina, Joana, porque vem do nosso shipp e tem um significado especial para nós. Se for menino, Gabriel, como uma homenagem a um dos irmãos do João.

Vocês têm uma comida favorita do casal?

Nossa comida favorita é aquela que acompanha os nossos momentos juntos. Seja um prato mais elaborado ou algo simples, como um lanche de última hora, o que faz a diferença é estarmos no sofá, assistindo a um filme e aproveitando a companhia um do outro. Esses momentos tranquilos, em que estamos só nós dois, acabam sendo os mais especiais.



Qual a música predileta de vocês?

Beautiful People, do Ed Sheeran. A música descreve exatamente quem somos como casal.

Vocês têm algum casal como inspiração para vocês?

Os nossos pais, para nós a resposta não poderia ser diferente. O carinho, respeito, amor, ternura e parceria que vimos neles são inspirações para a nossa relação.



 Se puderem resumir o relacionamento de vocês com uma frase, qual frase seria?

“Nosso amor é feito de parceria, sonhos e muito respeito. A gente se apoia, se entende e se escolhe todos os dias.”

E é claro que não deixaríamos de bater um papo individual como os noivos


Ana Mosconi – Créditos:


Ana, você sempre demonstrou uma grande paixão por moda. Como foi criar o seu próprio vestido de noivado e ter sua mãe participando desse momento tão especial?

Foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida! Moda sempre fez parte da minha história, e ter minha mãe ao meu lado nesse processo tornou tudo ainda mais especial. A gente desenhou juntas, escolheu os tecidos, fez ajustes…

Foi um trabalho feito com muito amor e carinho. Quando vesti o vestido pronto, senti que era exatamente o que eu queria: algo que representasse esse momento tão especial, o início de um novo ciclo na nossa vida. E por isso, eu queria que minha mãe fizesse parte desse momento, porque é algo único, cheio de significado e amor.

O que mudou na relação de vocês desde o pedido de noivado? Sentiu que houve uma evolução no relacionamento?

Com certeza, amadurecemos muito como casal. Agora estamos realmente em outro momento, pensando na nossa família, na nossa casa, em construir a nossa vida juntos. A partir do momento que ficamos noivos, isso tudo se concretizou de fato. A gente entendeu que era algo que realmente queríamos e que estamos vivendo uma fase muito especial e séria na nossa relação.

O ensaio fotográfico para a capa da Lorena Magazine trouxe uma estética elegante e conceitual. Como foi o processo criativo para essas fotos?

A gente quis explorar um conceito totalmente diferente do que já tínhamos feito, trazendo essa ideia de sofisticação e elegância, mas sem perder a naturalidade. O ambiente escolhido, com áreas abertas e muito verde, trouxe uma atmosfera que remete a cenários clássicos e atemporais. Isso ajudou a criar esse contraste entre o fashionista e o sofisticado, deixando tudo ainda mais especial e com uma estética única.



 O noivado é um grande passo para o casamento. Como estão os preparativos para essa nova fase da vida de vocês?

Estamos aproveitando cada momento e cada detalhe dessa fase tão especial! Esse ano é muito importante para nós, e estamos curtindo tudo com calma, planejando com carinho e já imaginando como será o nosso grande dia.

Qual conselho você daria para casais que sonham em construir uma relação sólida e baseada no respeito e na amizade, como a de vocês?

Acho que o mais importante é ter dialogo, parceria e, acima de tudo, respeito. A gente sempre fala que um relacionamento saudável não é sobre perfeição, mas sobre entender o outro, saber ceder quando necessário e sempre se apoiar. Quando você encontra alguém que soma na sua vida, tudo flui de forma leve e natural.



João, como foi para você o momento de pedir a Ana em noivado? Você planejou tudo com antecedência?

Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Desde o momento em que decidi que queria pedir a Ana em casamento, comecei a planejar cada detalhe com muito carinho. Queria que fosse especial, que fosse inesquecível, algo à altura do que ela significa para mim. Passei meses organizando tudo, sonhando com o dia em que ela leria aquelas páginas e entenderia que cada detalhe havia sido pensado para ela. No momento do pedido, meu coração batia tão forte que parecia que ia sair do peito.

E quando vi a reação dela, os olhos brilhando, a emoção tomando conta, eu soube que tinha feito tudo do jeito certo. Foi um instante que vou guardar para sempre, porque ali, naquele momento, eu vi o nosso futuro começar.



 O que mais te encantou na Ana quando vocês começaram a se aproximar?

Desde o primeiro momento, a Ana teve algo diferente. Ela tem uma luz, uma alegria genuína que contagia tudo ao redor. Mas o que realmente me encantou foi o coração dela. A Ana tem um jeito único de se importar com as pessoas, de demonstrar carinho e cuidado, de tornar qualquer momento especial sem precisar de muito. E o sorriso dela… E impossível não falar sobre isso. Desde que a conheci, soube que aquele sorriso ainda faria parte da minha vida para sempre.

Vocês são um casal muito querido pelo público. Como é compartilhar momentos tão especiais da vida pessoal com os fãs?

E uma sensação muito especial. A gente sempre compartilhou a vida de maneira muito verdadeira, e ver tantas pessoas torcendo e vibrando com a gente torna tudo ainda mais emocionante. Mas o que mais me marca é perceber como o tempo passou e como muita gente cresceu com a gente. Pessoas que começaram a nos acompanhar ainda crianças e que hoje já são adultos, construindo suas próprias histórias. Isso me emociona de verdade, porque significa que, de alguma forma, fizemos parte da vida delas, assim como elas fizeram da nossa. O carinho que recebemos, as mensagens, a energia positiva, tudo isso fez esse momento ser ainda mais inesquecível. Saber que nossa história inspira e emociona outras pessoas, é algo que me deixa muito feliz.



O que o casamento significa para você e como imagina a construção da família de vocês no futuro?

O casamento, para mim, é mais do que um momento, é a construção de uma vida ao lado de quem a gente ama. É sobre escolher, todos os dias, caminhar juntos, enfrentar desafios e celebrar conquistas lado a lado. Eu e a Ana já somos uma família, mas sei que quando esse dia chegar, vai ser ainda mais especial. No futuro, me imagino vivendo essa história com ela, construindo nossa vida com muito amor e, quem sabe, daqui a pouco, um filhinho para completar nossa família.

Créditos:

  • Foto: @lsouzafoto
  • Film: @roslenweddings
  • Make/Hair: @gustavo_campassi
  • Assessoria: Betinho Alves
  • Direção: @lorenamagazine @brennof
  • Capa: @pegabrel

Laura Brito: a nordestina que conquistou mais de 6 milhões de seguidores com autenticidade

Nascida em Recife–PE, Laura Brito é uma influenciadora de 30 anos que marca presença nas redes sociais desde 2013, quando começou a postar vídeos em seu primeiro canal no YouTube. Uma mulher nordestina, independente e cheia de autenticidade, ela acumula atualmente mais de 6.5M de seguidores no Instagram e já trabalha como criadora de conteúdo há 10 anos.

Laura Brito viu na Internet sua chance para se manifestar de maneira artística. Quando tinha 18 anos, criou seu primeiro canal no YouTube onde falava sobre moda e estilo, uma paixão herdada de sua família. Ela ganhou seus primeiros seguidores, dando dicas de customização, que eram conhecidas na categoria “DIY” (Do It Yourself ou Faça Você Mesmo).

Ela ganhou ainda mais visibilidade após viralizar um vídeo reproduzindo uma maquiagem, e assim, como outras influenciadoras, Laura expandiu seu nicho e aumentou seu repertório de conteúdos. Atualmente, além de falar sobre moda, ela compartilha sua rotina e também dicas e tutoriais de maquiagem, visando inspirar seus seguidores a usarem a criatividade para manifestar seu próprio estilo independente das condições econômicas.

Além de ter feito cursos de maquiagem, Laura também é atriz, tendo concluído recentemente seu curso de teatro após sonhar com isso desde criança.

Embora, após deixar o Nordeste, ela tenha enfrentado dificuldades relacionadas à sua origem, usou isso como motivação para seguir em frente. Laura tem muito orgulho de ser nordestina e busca transmitir isso em tudo que faz. Em entrevista exclusiva, ela contou mais sobre sua trajetória, suas conquistas e ambições, confira:

 {resposta} Tudo eu costumizava, porque sempre conseguia algo novo


Fotógrafo: Pedro Argueles


1 .Laura, o que a motivou a começar no YouTube aos 18 anos e como foi o processo de adaptação ao mundo digital naquela época?

O que me motivou a entrar na internet aos 18 anos foi meu desejo de ser atriz. Naquela época, a internet parecia a única forma de eu entrar para o meio artístico, já que praticamente ninguém fazia vídeos profissionais na plataforma. Havia muito mais blogs, então percebi que seria um lugar onde eu poderia me expressar artisticamente e falar com pessoas desconhecidas. No início, eu não queria que amigos ou familiares soubessem; meu objetivo era conversar com outras pessoas. A internet foi, para mim, uma porta para ser eu mesma e entrar no mundo artístico. E deu super certo!

2. Como surgiu sua paixão pelo movimento Faça Você Mesmo e qual foi a transformação mais desafiadora que já realizou?

 A minha paixão por “Faça Você Mesmo” começou pela necessidade, porque era a única forma que eu conseguia me expressar diante das condições que eu tinha. Então, quando eu era mais nova e queria sair com algum tipo de roupa, eu não tinha condições de comprar. Por isso, eu sempre transformava, eu sempre fazia algo diferente para poder ter mais personalidade dentro do que eu podia, né? Então, eu digo que a customização foi, para mim, um apoio. E muito mais: eu me apoiei na customização para poder alcançar outros lugares, vestir coisas diferentes, porque eu não tinha condições financeiras. E não só roupa. O meu quarto, a decoração do meu quarto, eu fiz com papel, porque eu não tinha condições de comprar decorações, mas eu queria decorar o meu quarto. A minha vontade de querer ter as coisas e não poder me fez enxergar a customização como um aliado. Assim, tudo eu customizava, porque sempre conseguia algo novo, diferente, sem gastar nada.

 {resposta} É sobre enxergar possibilidades e contar histórias

3. Mas tem alguma transformação mais desafiadora entre essas?

Acho que as transformações mais desafiadoras foram no início, quando eu fazia de tudo. Eu pegava uma calcinha e transformava em um top porque, na época, tops de renda estavam super em alta. O mais desafiador era enxergar possibilidades que as pessoas não viam. Olhar para uma calcinha de renda e transformá-la em um top foi um exercício criativo que me ensinou muito. Recentemente, o biquíni jeans foi uma grande superação. Não só porque foi desafiador pegar uma calça jeans e fazer um biquíni, mas também por usá-lo no Rio de Janeiro, com confiança. Foi um momento em que desafiei tanto minha criatividade quanto minha coragem.

4. Como a tradição familiar de costura influenciou sua carreira e sua visão sobre moda e criatividade?

A costura na minha família sempre esteve ligada à necessidade. Minha mãe, com cinco irmãs, costurava roupas para elas irem a casamentos e à faculdade. Ela até criou coleções usando sacos de pano de chão para vender e pagar os estudos. Essa criatividade diante das dificuldades sempre me inspirou. Cresci vendo minha mãe transformar tecidos e até fui modelo das peças que ela criava. Essa tradição vem de gerações: minha avó deu a máquina de costura para minha mãe, e minha mãe passou a máquina para mim. A moda, para nós, é sobre enxergar possibilidades e contar histórias. Quando uso uma peça de fuxico ou renascença, levo comigo a força da nossa cultura nordestina e a autenticidade da nossa história.

 {resposta} Quero empoderar as pessoas 

5. Você é a grande defensora da cultura nordestina, como sua origem influencia o conteúdo que você cria e a mensagem que você transmite?

Ser nordestina é meu maior orgulho e influência tudo o que faço. O Nordeste é muito rico culturalmente, e eu me inspiro em tradições como fuxico, renda, renascença e crochê. Muitas peças que uso são feitas manualmente, costuradas, cortadas ou coladas por mim. Não é que eu me esforce para falar do Nordeste; o Nordeste faz parte de quem eu sou. Ele está nas minhas roupas, no meu jeito de falar e na mensagem que passo.

6. De que maneira você incentiva seus seguidores a adotarem um estilo de vida mais sustentável e consciente?

Faço isso através do meu conteúdo, de forma leve e natural. Às vezes, as pessoas não percebem, mas aprendem sobre sustentabilidade e aplicam no dia a dia. Compartilho minha história e mostro como enxergar possibilidades nas coisas que já temos pode transformar vidas. A moda é muito ligada ao poder aquisitivo, mas acredito que podemos nos sentir seguros e confiantes usando o que temos criativamente. Quero empoderar as pessoas para se sentirem parte de qualquer lugar, independente das condições financeiras.

 {resposta} O diferencial em de você ser você mesma


Fotógrafo: Pedro Argueles


7. Qual você considera seu segredo para alcançar um nível tão impressionante de engajamento nas redes sociais?

Trabalho com a internet há 12 anos, e acredito que o segredo é a constância e a autenticidade. A internet não é linear; os números variam. O segredo para você manter ativo o seu engajamento, o seu público, é você não desistir. Ser autêntica no que faço, no visto e comunico também é fundamental. O diferencial vem de você ser você mesma, porque o que sou ninguém mais é. Não se trata de copiar o que já existe, mas de criar algo único que mostre quem você é realmente.

8. O que podemos esperar da sua marca de roupas e produtos de beleza? Algo especial que você deseja destacar?

Tenho muito cuidado em pensar em lançar uma marca brasileira. Hoje em dia, o mercado brasileiro, tanto de moda quanto de beleza, é um mercado muito responsável e profissional, que você tem que entrar com muita sabedoria. Então, eu tenho muito cuidado em como vou fazer isso. Tem várias propostas de marcas de maquiagem, de marcas de roupa, mas saibam que, no dia em que for lançada a minha marca com o meu nome, vai agregar tudo isso que falo sobre a minha história e vai ter muito respeito por todas as marcas que já existem. Então, sim, é um projeto para 2025, é um sonho, na verdade, mas que vai ser construído e lapidado com muita calma, com muita responsabilidade e de forma muito autêntica.

 {resposta} Sejam nordestinas e queiram ganhar o mundo

9. O que despertou o seu interesse em se tornar atriz e como tem sido a experiência no curso de teatro e série da Helena?

Me tornar atriz sempre foi o meu sonho desde muito novinha. Desde criança, eu dizia que o meu sonho era entrar na TV. Eu queria quebrar a televisão e entrar por trás, porque na minha época não era TV plasma, era aquela com caixa atrás.

Ser atriz sempre foi o meu sonho, mas eu nunca vi a oportunidade para isso. Desde muito nova, lá em Pernambuco, nunca foi nada que foi tão trabalhado. Era muito mais em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas espero que hoje já existam escolas incríveis no Nordeste que possam capacitar atores e atrizes.

Quando estava prestes a completar 30 anos, percebi precisar dar voz a todos os meus sonhos. É assim que acho que vou ser realizada na minha vida. Então fui atrás de um curso aqui em São Paulo, no Célia Helena, sendo muito renomado, e me formei como atriz. Foi um curso de dois anos, e eu digo que não foi fácil fazer esse curso tendo todas as outras demandas. Foram aulas de segunda a sexta, todos os dias, por dois anos. Foi muito desafiador estudar coisas novas, me aprofundar, entrar de cabeça nessa área. Para ser atriz, tem que estudar muito, tem que ler muito, tem que levar com muita responsabilidade.

Teve momentos que pensei: “Que difícil, não sei se vou conseguir.” Mas eu não desisti, graças a Deus. E me formei. Acabei de apresentar um espetáculo de Shakespeare. Foram quatro dias de espetáculo no teatro, então me deu muita experiência. Hoje, me sinto pronta para alçar essa nova carreira, que tenho certeza de que será de muito sucesso. E eu estou muito feliz.

10. Quais foram os maiores desafios que enfrentou por ser nordestina no mundo digital e como superou esses obstáculos?

Ser nordestina é algo que tenho o maior orgulho, mas, de fato, sofri muita xenofobia, principalmente quando vim morar aqui em São Paulo. Passei por relatos dificílimos, que tive que enfrentar e bater no peito para falar sobre o Nordeste. Pude ver que as pessoas, de fato, não conhecem, não sabem a grandiosidade de tudo o que tem no Nordeste. Por mais que a gente fale, temos que continuar falando sempre.

Em vários trabalhos, fui colocada e depois cortada por ser nordestina, por conta da minha voz, do meu sotaque, por dizerem que eu falava errado, quando, na verdade, estava só falando uma palavra que é tão comum no Nordeste. Em vários outros aspectos, fui descredibilizada por ser nordestina, mas isso só me dá força para continuar falando do Nordeste e para que, um dia, isso não seja mais uma pauta para outras pessoas que venham para São Paulo ou que sejam nordestinas e queiram ganhar o mundo.

 {resposta} Tudo vira alguma coisa. Isso é tudo sobre na vida


Fotógrafo: Pedro Argueles


11. Qual é a mensagem mais importante que você deseja passar para os seus seguidores através dos seus conteúdos?

A mensagem mais importante que quero passar através dos meus conteúdos para os meus seguidores é: tudo vira qualquer coisa. Isso é sobre tudo na vida. E a outra é: enxergue possibilidades. Se eu for falar sobre cada uma dessas duas frases, passo um tempão falando. Mas é enxergar possibilidades em tudo, seja em uma roupa, seja no trabalho, seja na vida, seja em uma reunião ou em uma oportunidade. Qualquer coisa, existe possibilidade para a gente driblar qualquer dificuldade que apareça.

12. Como foi o processo de transição do ‘Faça Você Mesmo’ para tutoriais de maquiagem e quais lições você tirou dessa mudança estratégica?

Quando comecei na internet, fazia customização, e logo depois um vídeo meu de maquiagem viralizou. Foi um vídeo em que imitei a maquiagem de Mari Maria, que hoje é uma amiga pessoal. Quando esse vídeo viralizou, enxerguei uma oportunidade ali: de fazer dinheiro, de trabalhar, de me sobressair na internet. Então, transicionei da customização de roupa para a maquiagem.

E, estrategicamente, foi uma porta que se abriu e que eu não poderia deixar de lado. Foi muito recompensador para mim falar de maquiagem. Tenho muito respeito pela área da maquiagem, pela área da beleza. Hoje em dia, sou maquiadora; fiz cursos de maquiagem também. E, recentemente, voltei a falar sobre moda da forma que eu queria. Estrategicamente, foi isso: eu precisava abraçar a oportunidade da maquiagem, e, para mim, foi incrível.

13. Agora é a última. Você mencionou o desejo de arriscar uma carreira internacional. Já tem algo em vista para concretizar esse objetivo?

A carreira internacional nunca foi um grande sonho, mas ela chegou para mim este ano, quando tive três trabalhos super importantes internacionais. Estive em Los Angeles com L”/Oréal Paris e Netflix para a première de Emily in Paris, onde consegui emplacar e conversar com várias pessoas importantes sobre minha carreira de atriz e abrir oportunidades para mim.

Outro trabalho internacional foi em Paris, para a Paris Fashion Week, na abertura da Semana de Moda Internacional com a L”/Oréal Paris. Isso foi incrível para me posicionar no mercado da moda internacional. Percebi que tenho muita vontade de fazer outros trabalhos envolvendo a moda internacionalmente. O que mais amei fazer nesse trabalho internacional é levar parte de mim para fora do Brasil, levar o Brasil para fora, levar o Nordeste. Nessa oportunidade, na abertura da Paris Fashion Week, levei o fuxico, levei uma moda nordestina com a marca Hand Lace.

Então, consegui perceber minha força e o quanto consigo converter e, com minha voz, falar ainda mais sobre o que acredito. Meu último trabalho internacional foi na Tailândia, quando fui para a Ásia com a Pandora, e pude falar mais sobre meu trabalho de influenciadora.

Foram três trabalhos internacionais, e cada um falou sobre um pouco de um caminho da minha carreira: atriz, moda e influenciadora digital. Então, sim, as portas internacionais, graças a Deus, estão abertas para mim e espero trabalhar ainda mais.

Matéria por Izabelle Lopes

Isabelle Nogueira: “Mulher amazônida com muito orgulho”

Isabelle Nogueira, 31 anos, é natural do Amazonas e formada em Letras. Antes de se tornar influenciadora digital e dançarina, Isabelle ficou conhecida por sua paixão pela cultura local de Parintins-Amazonas e seu talento como a Cunhã-Poranga do Boi Garantido no renomado Festival Folclórico de Parintins, um dos maiores eventos culturais do mundo. Isabelle é Cunhã-Poranga neste festival há 11 anos.

Isabelle conquistou ainda mais visibilidade ao integrar o grupo “/Pipoca”/ na 24⁠ª temporada do Big Brother Brasil. Sua participação no reality show trouxe à tona sua dedicação às causas sociais, ambientais e culturais, destacando-se como uma defensora ativa dos direitos dos povos indígenas e da preservação ambiental.

A ex-sister foi uma das finalistas mais queridas do programa de maior audiência da TV brasileira. Após a participação na atração global, Isabelle recebeu, da prefeitura de Parintins, o título de Embaixadora do Festival Folclórico de Parintins.

Com uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação e a cultura, ela utiliza suas plataformas digitais para promover a riqueza cultural da Amazônia e sensibilizar seus seguidores sobre a importância de valorizar e proteger as tradições indígenas. Seu trabalho como influenciadora digital e dançarina tem sido uma ponte vital para conectar a cultura amazônica a um público mais amplo, inspirando muitos a se engajarem em causas culturais e sustentáveis. Em entrevista exclusiva, Isabelle abriu o coração, confira:


Photo: @itamazzutti


 {resposta} Expectativas de seguir a minha carreira artística como apresentadora…

1- O que o Big Brother Brasil trouxe de positivo na sua carreira?

Com certeza muito mais visibilidade, expectativas de seguir a minha carreira artística como apresentadora e até mesmo oficinas para aperfeiçoar aquilo que eu já executava em Manaus diante de câmeras. Então com certeza o Big Brother, me trouxe esse lado positivo na minha carreira.

2- E o que o programa trouxe que você possa considerar negativo?

Olha, eu saí do programa extremamente, amada, acolhida, ovacionada. Não existe algo que ele me trouxe de negativo, mas quando eu saí do programa eu tive algumas crises de gastrite, nervosa. Eu acho que isso pode ser uma extensão do jogo, eu acho. Então pode ser que isso possa ter sido do lado negativo. Acho que só isso, pois 99% das coisas vindas, foram ótimas.

 {resposta} Amor pela minha cultura, pelo meu povo

3- Sua participação fez com que muitas pessoas buscassem entender mais sobre o Festival Folclórico de Parintins. Como você se sente por saber que impulsionou essa curiosidade nos demais lugares do país?

Eu me sinto muito lisonjeada em ter sido escolhida por Deus para representar o meu povo. Eu me sinto uma vitoriosa porque é como se essa guerra tivesse sido vencida, de levar o nome do meu povo e da minha cultura de forma construtiva para o país. E nós vencemos, pois hoje temos uma visibilidade e um espaço diante dessa massa multicultural que é o Brasil que nós não tínhamos antigamente. Até porque os olhos não se voltavam tanto para o norte, principalmente para o Amazonas e hoje, o cenário está mudado e mudando a cada momento. Então eu fico muito lisonjeada, grata, honrada e acho que só reverberou aquilo que o meu coração tem, que é amor pela minha cultura, pelo meu povo.


Photo: @itamazzutti


 {resposta} Eu quis logo de início e ele não…

4- De início você relutou para assumir o romance com o Matheus e hoje vocês estão aí firmes. Como está sendo essa conexão entre vocês dois?

No princípio, logo quando a gente saiu do Big Brother, eu quis logo de início e ele não. Então ele foi para terra dele, eu fui para minha. Ele pediu um espaço de tempo, falou que era para ir para a minha terra e tal, e ele para dele, e que a gente ia começar no meio do caminho. E depois ele me procurou querendo esse encontro, essa conversa. Hoje, realmente parece que o destino uniu a gente, a gente tá se conhecendo a cada dia que passa mais aqui fora, porque não tínhamos convivência de casal lá dentro, né? Então a gente tá realmente se conhecendo a cada dia mais aqui fora, mesmo morando junto. E assim, né?

5- O público pode esperar um passo mais sério na relação de vocês? Um noivado, talvez?

Acho que todo casal que está junto, que começa a namorar, tem expectativa de ter um casamento, não digo nem só de noivado, porque tendo em vista a pessoa incrível que ele é, eu realmente acredito que, ajustando alguns pontos, se aliando, ajustando até mesmo as nossas viagens, a nossa convivência que correria dia a dia, um casamento pode acontecer. Acredito que não agora, porque estamos, cada um, focando muito na sua carreira, aproveitando as oportunidades incríveis que Deus está nos dando. O casamento requer dedicação e atenção, e essa atenção e dedicação que o casamento requer, nesse momento, por exemplo, não seria possível, devido aos nossos compromissos de trabalho. Então, realmente, acredito que vamos começar por um ponto lá na frente.

 {resposta} Grata, honrada e surpresa…

6- Isa, conta para gente como você recebeu o convite para desfilar na Grande Rio e como está sendo esse preparativo?

Eu recebi o convite no mês de junho, na época do Festival Folclórico de Parintins. Eu fiquei muito grata, honrada e surpresa porque o convite veio através, praticamente, através das redes sociais, já da publicação enfatizada. Eu já havia aceitado, mas não tinha conversado diretamente com a diretoria, mas eles entenderam o meu interesse, então, já foram logo publicar, enfatizar essa união. E eu fiquei muito feliz, me senti muito acolhida pela família Grande Rio. Fui na escola, participei do primeiro ensaio, foi muito lindo, a comunidade me acolheu demais, me senti muito feliz e abraçada, me diverti muito. A cada dia que passa eu estou aprendendo mais sobre o Carnaval, eu estou vivendo, de fato, um intercâmbio cultural entre O festival folclórico dos Parintins e o carnaval, então eu tô aprendendo muito.

Confesso que há muitas coisas diferentes, até mesmo, por exemplo, dança, né!? Dancei a vida toda com os pés no chão, porque a nossa dança ela tem uma inserção de movimentos indígenas, então é uma dança sem sapato, e o carnaval não, bem se sabe que é com salto alto, então para mim é muito novo estar dançando de salto, tô aprendendo e tô amando.


Photo: @itamazzutti


7- Qual a sensação de representar suas raízes e a cultura do seu povo?

É uma sensação de poder explanar para o Brasil e para o mundo o que eu vivo desde a minha infância. Eu vivo isso desde a barriga da minha mãe. Eu vivo uma herança familiar. Eu fico muito grata, muito feliz. É uma responsabilidade muito grande. O funcionamento, a credibilidade. Porque eu represento um povo, uma nação.

8- Recentemente você realizou sua primeira viagem a Nova York, como foi para você conhecer outras culturas e outros lugares?

Nossa, foi a minha primeira vez em Nova York. Essa cidade que o mundo todo sempre fala, que muitas pessoas sonham em conhecer, que muitas pessoas amam ir para passar férias. Foi muito lindo, foi muito legal, fiquei muito feliz. Eu fui para participar da Semana da Amazônia, para participar de um debate, de um momento de conversa, para falar sobre a Amazônia criativa, de povos que trabalham em função da Amazônia, para montar ela em pé e também de artistas que fazem parte desse movimento como eu. Fiquei muito grata com o convite, muito honrada, lisonjeada e foi muito divertida, sem dúvidas é uma cidade que não para, é uma São Paulo, assim, dez vezes mais, que não para.


Photo: @itamazzutti


 {resposta} Ela vive num lugar digno e confortável…

9- Quais são seus planos para o futuro? Há algum projeto pela frente?

Vários projetos e vários planos, mas alguns já concretizados. Por exemplo, um dos meus sonhos antes de entrar no Big Brother, era tirar a minha mãe do aluguel. E graças a Deus, esse sonho já foi concretizado. Assim que saí do programa, já busquei logo um lugar para ela, consegui tirar ela do aluguel. Hoje ela vive num lugar digno e confortável. Em breve, eu mesma vou comprar minha casa própria, também já é um projeto que eu já tô fazendo aí, mas eu compartilho com vocês mais na frente. Sobre a minha carreira, eu estou estudando muito, me preparando para fazer alguns testes. Quero seguir com a minha carreira de apresentadora, gosto muito do povo, do público. Eu imagino e creio que vai se realizar um programa com auditório, com um povão brasileiro, multicultural, culturas, artistas, é tudo que eu quero, se Deus quiser, vai acontecer.

10- Para finalizar, se você pudesse se resumir em uma frase, qual frase seria?

Mulher amazônida com muito orgulho. Uma coisa que eu tenho é orgulho. Orgulho da minha raiz e da minha ancestralidade. Acho que essa frase me representa muito.

Foto: @itamazzutti

Direção criativa e Styling: @igorgarrcia @bymelzani 

Maquiagem: @renanmakeup_

Cabelo: @raphaelgazz 

vestido @israelvalentimoficial

Entrevista por Patrick Machado 

Juliana Nalú: “Uma garota da favela também pode vencer, não desista nunca!”

Juliana Nalú é uma daquelas artistas com multi talentos, ela divide a sua carreira como modelo e atriz. Nascida no Rio de Janeiro, mais precisamente vinda do Complexo do Chapadão, conjunto de favelas localizada na cidade do Rio; a artista começou a trilhar sua carreira como modelo aos 14 anos, sonho que nutria desde os seis.

Como trabalho de modelo, Juliana já representou grandes marcas renomadas como a Yeezy, marca do rapper Kanye West e SKIMS, de Kim Kardashian, a qual, inclusive, foi selecionada pela própria socialite para participar da campanha.

A modelo também já coleciona diversos países em seu currículo onde esteve a trabalho, como: Reino Unido, Espanha e Grécia. Atualmente, ela mora em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Nalú também já participou de grandes campanhas de beleza com marcas renomadas como L’Oréal, Urban Outfitters, American Eagle e PrettyLittleThing.


Juliana Nalú (Photo: Ace Amir)


Já na carreira como atriz, Juliana descobriu o amor pela dramaturgia. Em 2016, a jovem participou e venceu o concurso “CUFA – Solte o seu Brilho”, realizado pela TV Globo em parceria com a Central única das Favelas, o qual tinha a atriz Taís Araújo como madrinha. Na final, Juliana contracenou com Juliana Paes, conquistando os votos dos jurados.

Formada em artes cênicas pela CAL – Casa das Artes de Laranjeiras, Juliana fez uma participação especial no último capítulo, da novela “Segundo Sol”, da TV Globo, em 2018, onde interpretou uma personagem que fez par romântico com o ator Chay Suede.

Já em 2023, Juliana decide retornar às suas raizes e ajudar seu local de origem, criando uma nova oportunidade: o projeto “Favela Seeds”, que revela novos talentos vindos das comunidades. O projeto, organizado e dirigido pela própria modelo e por sua família, dá oportunidades a jovens e crianças de criarem portfólios na carreira de moda e showbiz, tentando criar oportunidades em várias áreas do entretenimento como a música, produção, moda, artes plásticas e fotografia.

Em uma entrevista exclusiva à Lorena R7, Juliana falou sobre como tem equilibrado a sua carreira como atriz e modelo, além de contar mais detalhes sobre novos projetos em que está imersa.


Juliana Nalú (Photo: Ace Amir)


 {resposta} Surgiu no meu coração a vontade de ser modelo

Juliana, a sua carreira de modelo era idealizada desde pequena, mas de onde surgiu essa vontade em se tornar modelo? Em que momento você falou “Isso me encanta e quero fazer isso”?

Então não teve um momento específico em que decidi ser modelo, eu descobri que isso me encanta, desde que eu me entendo por gente eu não me lembro de nenhum momento não querer ser modelo, e é engraçado porque eu também não tinha nenhuma inspiração a uma pessoa específica que eu tivesse me inspirado, até porque quando eu era criança não tinha tanto ainda essa representatividade, sabe, com meninas no meu perfil, mas eu só entendi que o normal no meio da minha família, né, que eu cresci na favela, eu só entendi que eu não queria continuar ali, eu queria fazer coisas grandes, e foi assim que surgiu no meu coração a vontade de ser modelo.

Juliana, você tem uma carreira internacional como modelo. Como foi essa transição para a atuação e o que te atraiu nesta nova fase?

O meu amor pela atuação surgiu depois que participei do concurso da L”/Oreal, com na época o Caldeirão do Hulk, porque você precisava atuar e eu só queria mesmo fazer uma faculdade. Sempre me interessei pela atuação porque é uma forma de se expressar. E querendo ou não ser um modelo, é difícil ter uma plataforma que consiga expressar realmente a sua arte, sabe? Hoje em dia eu consigo me expressar muito melhor porque eu estou ficando maior, então eu tenho mais voz. Mas no começo é muito difícil e você se sente um cabide. Então na atuação eu me vi mais assim, expressando realmente o que eu sou e mostrando a minha voz. E foi assim que surgiu o meu amor pela atuação, quando eu tinha em torno de 18, 19 anos.

 {resposta} Expresso realmente quem eu sou e mostro minha voz



Juliana Nalú (Photo: Ace Amir)


Qual foi o maior desafio que você sentiu ao se propor a trabalhar em diferentes países como modelo?

O maior desafio que senti trabalhando internacionalmente com o modelo mesmo foi o começo porque eu não sabia inglês, eu aprendi inglês sozinha e por isso que isso é um dos focos do Favela City, do meu projeto agora que é dar curso de inglês para os jovens porque eu sei quão importante é e é saudade da minha família, eu moro fora agora há 7 anos, eu comecei bem novinho, tinha 19 anos e hoje em dia eu volto com muita frequência, eu volto todo mês ao Brasil, graças a Deus, mas no começo ainda pelas condições financeiras eu não conseguia voltar com tanta frequência, então eu sentia muita falta da minha mãe porque ela é a minha melhor amiga, a gente é bem unida.

Dentre as marcas que você já desfilou, existe alguma com a qual você mais se identificou?

É uma marca que eu me identifico muito, que eu trabalhei agora, eu fui num desfile deles e o dono é até meu amigo, o Sharav, é a Casablanca, porque ele é marroquino, veio do nada também, veio de um lugar bem humilde, bem simples, e ele começou a marca sozinho e hoje ele tá expressando a voz dele, a cultura dele, eu acho incrível. Então eu me identifico bastante com ele e com a marca Casablanca. E como eles brincam com as cores também, é bem assim, summer, bem Rio.

 {resposta} Gosto mesmo de mostrar que tenho orgulho de onde eu vim

Em 2022 você estrelou para a marca de lingerie SKIMS de Kim Kardashian, sendo a primeira brasileira a desfilar para grife? Como foi esse momento?

Em 2022 eu participei da campanha das SKIMS, foi bem bacana, bem especial, fiquei feliz por ser reconhecida por uma marca tão grande e ser a primeira brasileira a trabalhar com essa marca, foi uma campanha especial demais e eu fiquei bem feliz, o time era bem bacana, todo mundo me tratou com muito carinho e desde então a gente tem fechado também algumas parcerias com publi e a gente tem uma conexão bem bacana.

Como você mantém a sua identidade e cultura brasileira presente, ao trabalhar com marcas, participar de campanhas globais e desfilar para grandes grifes?

Eu acho que eu mantenho a minha identidade brasileira mesmo só por ser quem eu sou. Eu digo assim na maneira da questão da estética, sabe? Eu não sou uma menina magrela, eu tenho bunda, eu tenho curvas, eu tenho quadril, eu tenho culote e o que antigamente era muito difícil de você ser aceito de entrar nesse âmbito, né? E trabalhar com as marcas que eu trabalho hoje em dia e graças a Deus eu acho que é assim que eu tenho representado o Brasil, mesmo com o meu perfil, que é um perfil que antigamente eles falavam que não vendiam, mas essa é a mulher brasileira, né? Com culote, com curvas e eu tento sempre também mostrar de onde eu vim quando me perguntam lá fora, ah, de onde você é? Eu falo do Brasil, mais precisamente do Rio, da favela e tal, porque eu gosto mesmo de mostrar que eu tenho orgulho de onde eu venho, que não é só do Brasil, não, eu vim da favela, que é uma coisa muito mais específica, muito mais especial para mim, no meu coração.

 {resposta} Com paixão e esforço a gente consegue


Juliana Nalú (Photo: Ace Amir)


Em paralelo à sua carreira de modelo, hoje você também está investindo na carreira de atriz, como é encarar esse novo desafio?

É bem difícil hoje em dia porque eu tô começando também novas marcas, novas empresas, né? Tô lançando agora minha marca de biquíni muito em breve e agora também tenho que me ajustar com a carreira de atriz. É bem complicado com a correria de viagem, etc, mas com paixão e esforço a gente consegue. Eu tô bem animada pra esse novo capítulo, né? Voltando a atuar.

Na dramaturgia, tem algum papel que você queira interpretar no futuro ou contracenar com algum artista ídolo?

Eu acho que o meu sonho mesmo é contar a história de uma menina parecida comigo, sabe? Uma menina que veio de baixo mesmo com sonhos, mas, ao mesmo tempo, eu gosto muito de fazer algo que é muito diferente de mim. Brincar com diferentes personalidades e me divertir, né? Eu acho que essa é a graça com a dramaturgia, com a atuação, é que você pode brincar com diferentes personalidades e se divertir de verdade.

 {resposta} O que importa é a gente fazer o que a gente ama

Sobre o projeto inspirador “Favela Seeds”, como você avalia o impacto desta ação na vida das pessoas da comunidade? Como esse resultado tem se apresentado?

O “Favela Seeds” é um projeto que surgiu no meu coração, é um projeto muito genuíno. O time sou eu e minha família mesmo, todos os dias. Eles estão lá quando eu não estou no Brasil. Eles que estão em contato com as crianças, com os jovens e as famílias. Um projeto, realmente, eu só quero dar a oportunidade que eu sonhava quando era jovem, sabe? Tentar. Eu estou me esforçando para conectar esses jovens com o mercado de trabalho que é mais difícil, né? Ter acesso que é esse de modelar e tal. E é onde eu tenho me sentido mais realizada ultimamente. O Favela Seeds me dá muita alegria e é o sonho da minha vida. É só give it back, né? Esse é o meu sonho. Give it back.

 {resposta} Quero dar oportunidade que eu sonhava quando era jovem


Juliana Nalú (Photo: Ace Amir)


Que conselho você dá aos aspirantes que desejam seguir uma carreira multifacetada, como a sua, transitando entre diferentes áreas criativas?

Eu acho que tem que continuar perseverando, continuar focando. Não é fácil, não é não, é bem cansativo. Eu fico bastante doente às vezes porque viajo muito entre um avião e outro, entre um fuso horário e outro, fica bem corrido. Mas, no fundo, no final, o que importa é que a gente está fazendo o que a gente ama. Quando a gente faz o que a gente ama, não tem essa sensação de trabalho. Eu estou vivendo meu sonho, então não tenho que reclamar. Me sinto muito abençoada. Sou muito grata a Deus por onde ele tem me colocado. E eu só quero mesmo é ser mais usada cada vez mais para ajudar outras pessoas e fazer minha missão aqui.

 {resposta} Quero ser usada para ajudar outras pessoas e fazer minha missão aqui

  • Fotos Juliana | Ace Amir
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  • Photography asst @rufiopierce
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  • Press by @casnovo

Matéria de André Pontes