Entenda a importância da luz solar para a saúde

Na University College London, no Reino Unido, o professor de genética humana Steve Jones afirma que: “A luz solar é uma coisa poderosa, talvez mais poderosa do que a maioria das pessoas imagina”.

Em um país como o Brasil, tropical, a luz do sol é abundante em, praticamente, todo o ano e, facilmente, os cidadãos tendem a esquecer o seu valor.

Já no caso de países mais ao norte da Europa, da Ásia e América do Norte, o sol tem pouca presença ao longo do ano, fazendo com que as pessoas passem longos períodos dentro de casa. 

O professor Jones, em tom de preocupação, afirma que: “De certa forma, a vida moderna nos levou de volta à Idade da Pedra, quando vivíamos em cavernas”. De acordo com o mesmo, os efeitos negativos de uma vida longe da luz solar foram confirmados por muitos estudos realizados ao longo das recentes décadas.


Professor Steve Jones. (Foto: Reprodução/BBC)


O professor relata que “nos anos 1960, houve vários experimentos, feitos pelos franceses que foram para dentro de cavernas e ficaram por lá […] Todos começaram a dormir ou por períodos de tempo extraordinariamente longos ou extraordinariamente curtos, e eles não conseguiam perceber a diferença […] Todos eles disseram que sofreram de graves abalos no humor e depressão, tanto que muitos tiveram de sair muito antes do que haviam planejado”.

Mesmo com tal experimento, não é tão necessário colocar pessoas para viverem em cavernas para identificar os efeitos da falta da luz solar na vida de indivíduos. Apenas observar o comportamento durante o inverno em regiões de latitude alta, quando a luz do sol aparece pouco. 

O professor Jones destaca que “no inverno, nós nos sentimos meio estranhos […] A falta de luz do sol significa que seu sistema imunológico não funciona tão bem”.

Aarti Jagannath, professora associada de neurociência clínica da Universidade de Oxford, no Reino Unido, aponta que a pele humana não se trata apenas de uma barreira, mas sim de um órgão vivo do corpo humano. Um exemplo é quando é quando ela começa a produzir vitamina D, um componente essencial de muitas sinalizações diferentes no organismo.


Professora Aarti Jagannath. (Foto: Reprodução/ndcn.ox.ac.uk)


O professor Steve Jones diz que: “Você pode obter vitamina D de várias maneiras […] Você pode fazer o que eu faço: tomar um comprimido de vitamina D. Com uma dieta de salmão e cogumelos, você não tem raquitismo [enfermidade que enfraquece os ossos]. Mas a melhor maneira, de forma esmagadora, é por meio do sol”

Considerado raro, o raquitismo tem sido identificado com maior frequência. Jones afirma que “tem voltado por razões verdadeiramente deprimentes. A quantidade de sol que temos obtido caiu dramaticamente nos últimos 20 anos […] Caiu mais rapidamente nos últimos dois ou três anos”.

Em acordo com a descrição do problema, a professora Jagannath aponta que “nós não estamos ficando ao ar livre, e isso vai ter um impacto no alinhamento do relógio biológico. Isso nos faz sermos ainda mais como ermitões dentro de uma caverna, dependendo da luz artificial”.

Segundo a professora, a solução para o problema é precisar manter uma rotina que ajude o organismo a se manter saudável, mais de acordo com a forma com que o dia se desenvolve.

Jagannath diz que: “Fazer refeições na hora certa, ir para a cama na hora certa e ir ao ar livre, mesmo que esteja congelante, para aquela caminhada diária de 20 minutos e alguma exposição à luz [natural] […] Simplesmente estar ao ar livre e expor-se à luz, para que você possa corrigir seu relógio circadiano, terá um enorme impacto benéfico na sua saúde e bem-estar”.

Foto Destaque: Luz da manhã. Reprodução/Espaço da Gente.

Confira dicas para manter a saúde capilar no verão

Verão; época de muita umidade e calor. Condições que favorecem o surgimento de caspas, espinhas e outras doenças no couro cabeludo devido à exposição a umidade. É preciso protegê-lo da poluição, suor, radiação do sol e controlar a oleosidade e manter a saúde capilar em dia como qualquer outra parte do corpo.

A dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa, é uma inflamação no couro cabeludo proveniente do aumento da produção do fungo Malassezia pachydermatis sp., causando coceira, descamação e vermelhidão na pele. A caspa pode aparecer em outras partes do corpo como, sobrancelha, orelhas, tórax e canto do nariz geralmente em áreas com maior oleosidade. Esta reação pode ser agravada dependendo do estado emocional do individuo. Caso não seja tratada, feridas surgirão na pele no local da coceira e os ‘floquinhos de neves’ irão cair sobre seus ombros, gerando desconforto e constrangimento.

Este ambiente é favorável para o aparecimento de outras bactérias, como a Staphylococcus aureus., causando a inflamação no folículo piloso, são saliências vermelhas que podem ter pus. Conhecido como espinha, a inflamação decorre de uma lesão na pele, a obstrução dos poros e a produção de sebo. A foliculite aparece nas áreas com pelos como, cabeça, perna, braço, barba, virilha e axila, e o uso de lâminas de barbear, roupas justas e excesso de antibióticos podem agravar o quadro. Quando não tratada pode levar à perda permanente dos pelos do corpo, alopecia cicatricial, ou calvície.

Já a psoríase, é uma inflamação crônica sistêmica desencadeada pela presença de outras infecções, baixa temperatura e fatores emocionais. É identificada pelas manchas vermelhas ressecadas pelo corpo e, assim como a caspa, descamação da pele.

Ana Lísia Giudice, médica dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia da Bahia (SBD-BA), explica: “A ciência tem estudado formas e opções de detecção e controle. Algumas dermatoses não trazem risco de perda definitiva de cabelos como a dermatite seborreica, alopecia areata em placas, psoríase de couro cabeludo e as micoses de fios e de couro cabeludo. Outras trazem esse risco, como o lúpus cutâneo, alopecia frontal fibrosante, foliculite decalvante e líquen plano pilar. Hoje, temos algumas medicações tópicas, orais e injetáveis que nos trazem esperança de controle dessas doenças que tanto mexem com a autoestima dos pacientes”.


Atenção redobrada com a saúde capilar no verão. (Foto: Reprodução/ GettyImages)


CUIDADOS

Algumas orientações básicas para maior controle:

  • Use bonés e chapéus quando for ficar exposto ao sol. Os raios ultravioletas emitidos pelo sol danificam a queratina, oxidam e desbotam os fios podem levar a queimaduras e lesões;
  • Para pessoas calvas o uso de filtro solar é fundamental;
  • O sal e o cloro do mar e piscinas detonam o cabelo. Então, depois de mergulhar, leve os cabelos com água potável e hidratante;
  • Lava corretamente os cabelos: com água em temperatura ambiente utilize o xampu no couro cabeludo e o condicionador somente nas pontas; Enxague, retire o excesso do produto e seque o cabelo com a toalha;
  • Não durma com o cabelo molhado;

Importante ressaltar: não pratique a automedicação para não prejudicar a cicatrização. É necessário agendar uma consulta com a dermatologia, assim que observar qualquer alteração na saúde capilar.

 

Foto destaque: Apesar de não existir solução para a caspa, alguns cuidados podem ajudar a amenizar este problema. Reprodução/ shutterstock.

Entenda melhor o transtorno apresentado por Kanye West

Kanye West, também conhecido como Ye, é um dos nomes mais conhecidos da música, e, em 2018, o cantor contou sobre ser diagnosticado com o transtorno bipolar – uma condição apresentada por milhões de pessoas no mundo.

Hoje (22), aos seus 44 anos de idade, Kanye West irá lançar seu décimo primeiro álbum de estúdio, intitulado como Donda 2. O álbum ficará disponível apenas na Stem Player, a plataforma de música do próprio cantor. No ano de 2018, Kanye revelou ter sido diagnosticado com transtorno bipolar, uma condição que afeta o comportamento e a mentalidade dos pacientes que apresentam o transtorno.

Segundo a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos), o transtorno bipolar é marcado por distúrbios biológicos, neuroquímicos e psicossociais, e, essa doença, fomenta alterações de humor e alternâncias no quadro mental, podendo registrar momentos de euforia e episódios de depressão.


Transtorno Bipolar afeta milhões de pessoas no mundo (Foto: Reprodução/Shutterstock)


Essa condição afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a ABRATA, podendo ter origem genética. A manifestação desse transtorno, em geral, costuma ocorrer entre os 18 a 25 anos de idade, e podendo haver casos mais graves que apresentam tentativas de suicídio, independente ao acompanhamento médico. Sendo assim, é importante ressaltar a gravidade do transtorno bipolar, e que é necessária uma atenção. O distúrbio costuma levar até 10 anos para um diagnóstico preciso, devido à falta de conhecimento e ao preconceito. Entre seus principais sintomas, podemos ressaltar: Irritabilidade; Hiperatividade; Insônia; Impulsividade; Psicose; Tristeza sem motivo aparente; Perda de interesse em prazeres; Memória fraca; Perda de energia; Pensamentos suicidas; Delírios; Alucinações; Ansiedade; Fuga de ideias; Transtorno do pensamento; Lentidão psicomotora.

É importante validar que a presença frequente de um ou mais sintomas é o suficiente para a busca por uma orientação profissional, pois, a alternância de humor, pode ser um caso mais grave, e como apresentado acima, o transtorno bipolar é uma condição comum na sociedade, e garantir um tratamento será melhor para o bem-estar da pessoa.

 

Foto Destaque: Kanye West. Reprodução/Rap Mais.

Doenças psiquiátricas tem relação com o histórico familiar?

Esses adoecimentos são comprovadamente interligados com as condições genéticas de cada indivíduo, tais irregularidades se encontram no sistema genético (DNA). No entanto, não necessariamente por conta do histórico da família alguém vai desenvolver transtornos, e nem toda doença é hereditária.

Até o presente momento, não há testes genéticos o suficiente para constatar um diagnóstico da origem das doenças psiquiátricas, o que se tem são exames que captam por meio dos genes, parte da célula de um DNA, quais serão as melhores medicações provavelmente um paciente vai responder, com base nos exames há uma possibilidade de melhor escolha da medicação.


Foto representativa de uma sessão de terapia. (Reprodução/Pexels).


Além disso, é muito importante ter em mente que pelo fato desses transtornos possuírem uma ligação genética, não existe uma fórmula específica de prevenção, mas que a autoresponsabilidade de cada um em levar um estilo de vida mais saúdavel: por meio de práticas de atividades físicas e mentais que diminuam o estresse, fazer terapia, cuidado com os horários de refeições e de dormir ajudam com a proteção, a prevenção de manifestação dos sintomas.

Nos casos em que já se tem um diagnóstico, é fundamental seguir o tratamento que o médico tenha receitado de maneira correta. Além disso, é muito importante também a quebra de preconceitos e com o medo do que as outras pessoas poderão falar. Os estigmas relacionado ao adoecimento mental é maléfico e lesivo; é algo que prejudica a qualidade da vida de um ser humano, e com ele, a vida de seus familiares e relações sociais.

Vale ressaltar que o combate a esse preconceito tem sido uma das maiores preocupações da Associação Mundial de psiquiatria (AMP), de associações de pacientes que compartilham de doenças psiquiátricas, de seus familiares e dos que os tratam. No ano de 1996 a (AMP) chegou a lançar um programa internacional que visava combater a esses estigmas, envolvendo mais de 20 países e aprozimadamente 200 intervenções antiestigma.

Foto em Destaque: Foto representativa de apoio de um ser humano com o  outro. (Reprodução/Pexels).

Quando se deve fazer o teste genético?

Os genes, parte de uma molécula de um DNA, possuem dados exclusivos e individuais de cada ser humano. Dentre eles, por exemplo, a cor dos olhos; propensão à calvície; obesidade; e inclusive o desdobramento de doenças graves, como o câncer e o Alzheimer. Atualmente, a facilidade de acesso é difundida, e o exame pode ser feito colhendo amostras de salivas ou sangue de alguém. Há possibilidade de que com esse exame, possa prever quais são as chances de algúem desenvolver uma doença ainda que não apresente sintomas.

Os testes genéticos, atualmente, por serem bem mais acessíveis, podem ser realizados dentro de casa , e são encaminhados ao laboratório por correio. Ocorre que esses exames em expansão, que nos ajudam a explorar e entender nossas origens, devem ser feitos em casos específicos e necessários, afinal, há também o cuidado que se deve ter com a confiabilidade desse tipo de exame.


Exemplo de um tipo de exame de DNA, realizado por coletas por meio de contonetes (swab). (Foto:Reprodução/Pexels).


Os tipos de exames de DNA mais conhecidos, são: em casa, em laboratório, e em biópsias. O primeiro, normalmente são feitos por kits. A pessoa esfrega um swab (cotonete longo) dentro da bochecha e recolhe o material. Já no laboratório, amostras de saliva ou de sangue são coletadas, e detectam a probabilidade de uma ou várias patologias.

Os casos mais aconselháveis para se realizar o exame são quando o histórico familiar deixa evidente a necessidade. Por exemplo, quando alguém da família já tiver apresentado casos de câncer de mama, tumores, câncer de ovário e próstata. Vale citar que existem casos em que os genes e suas mutações indicam a possibilidade de doenças inimagináveis para quem realiza o teste.

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Um ótimo exemplo, é o da atriz Angelina Jolie, que por um teste genético realizado pela BRCA descobriu sua predisposição ao câncer de mama e se submeteu a uma mastectomia preventiva, que é uma cirurgia que retira a região debilitada interna da mama em conjunto com os seios. 

Foto em Destaque: Imagem de um DNA coletado. Reprodução/Pexels.

Dormir pouco aumenta risco de insônia segundo estudo

Segundo pesquisa publicada na ultimo quinta-feira, dia 17 de fevereiro, na revista Pediatrics, crianças e adolescentes que dormem poucas horas por dias têm mais chances de desenvolverem insônia quando adultos. Conforme o resultado, crianças de 9 anos de idade que dorme pouco tem duas vezes mais a chance de ter dificuldade de dormir; e adolescentes com 16 anos tem cinco vezes mais chances de ter a condição no futuro.

O estudo analisou exames de sono de 502 crianças com 9 anos de idade durante sete anos. Depois adolescentes com 16 anos e quinze anos após, já como adultos. Essa é a primeira pesquisa em longo prazo realizada, conseguindo traçar a trajetória de desenvolvimento da infância à vida adulta com o surgimento dos sintomas do distúrbio.

A primeira bateria de exames laboratoriais, entre 2000 e 2005, e a segunda entre 2010 e 2013, os cientistas monitoraram o sono em ambiente escuro, das 21h às 23h, e em ambiente claro, das 6h às 8h. E a terceira aconteceu entre 2018 e 2021 com os participantes adultos relatando que dormiam entre 3 a 11 horas diárias. Foram avaliados ondas cerebrais, frequência cardíaca, movimentos dos olhos e das pernas e nível de oxigênio no sangue.


Evite ingerir qualquer tipo de estimulante antes de dormir. (Foto: Reprodução/ Harry Cunningham / Unsplash)


De acordo com psicólogo clínico Júlio Fernandez-Mendoza, principal autor do estudo, “(…) com base em estudos anteriores nossos e de outros, não esperávamos que os sintomas de insônia persistissem em cerca de 40% dessas crianças de aproximadamente 9 anos de idade até a idade adulta jovem“, disse à CNN.

Para o médico pediátrico de medicina do sono Robin Lloyd o estudo é pertinente pois aborda a necessidade de buscar alternativas de tratamento para uma disfunção que não é apenas física, mas também influencia a saúde mental. “Tem uma relação bidirecional, em que as pessoas que têm mais problemas de saúde mental tendem a ter mais problemas de sono; pessoas que têm mais problemas de sono tendem a ter mais problemas de saúde mental“, destaca.

COMO PREVENIR A INSÔNIA

A principal dica é dormir as horas necessárias para sua idade:

Bebês Recém-nascidos: 14 a 17 horas

Crianças pequenas: 11 a 14 horas;

Crianças de 3 a 5 anos: 10 a 13 horas;

Crianças de 6 a13 anos: 9 a 11 horas;

Adolescentes de 14 a 17 anos: 8 a 10 horas;

Adultos entre 26 a 64 anos: 7 a 9 horas;

Idosos (65 +): 7 a 8 horas;

Evite estimulantes, como chás, café e enérgicos; e tirar cochilos durante o dia porque isso reduzir a qualidade do sono noturno. Outra dica é não fazer uso de telas iluminadas na cama: celulares, televisão, notebooks e jogos portáteis – pois interfere na liberação de melatonina, hormônio responsável por regular o sono.

 

Foto Destaque: Crianças e adolescente não estão isentas do distúrbio. Reprodução/ Istock

Conheça os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais utilizado pelas mulheres. O medicamento, feito à base de hormônio, deve ser usado diariamente a fim de reduzir a chance de gravidez. Mesmo sendo comercializado e usado amplamente, falar sobre o assunto ainda é considerado tabu na sociedade. Ainda assim, algumas coisas devem ser ditas para o conhecimento geral: você sabia que a pílula anticoncepcional tem efeitos colaterais?

A ginecologista e obstetra Eloisa Pinho, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS, conta que o medicamento traz muitos benefícios, como regulação do ciclo menstrual, diminuição das cólicas, combate às espinhas e reduz o risco de anemia devido à perda de sangue no período menstrual. Mas nem tudo são flores. O uso da pílula traz uma diversidade de efeitos colaterais e reações adversas.

É comum sentir dores de cabeça, abdominais, náuseas, ganho de peso, retenção de líquido e perda da libido nas primeiras semanas do uso da pílula anticoncepcional. E no começo, é normal ocorrer sangramentos fora da menstruação devido ao aumento da fragilidade do útero causado pelo medicamento. A especialista destaca: “O problema é especialmente comum em mulheres que ainda não se adaptaram ao uso correto da pílula e acabam esquecendo de ingeri-la diariamente“.


Alternativa para método contraceptivo. (Foto: Reprodução/Getty Images)


Sobre a acne, Pinho explica que o medicamento provoca a produção de oleosidade da pele, criando o ambiente perfeito para o surgimento dos pequenos indesejáveis cravos e espinhas. O uso do medicamento também traz riscos à saúde, como a chance de trombose. Inflamando as paredes do vaso sanguíneo o uso não é indicado às mulheres com predisposição ao problema. Eloisa nos ajuda a entender melhor, diz “Isso ocorre porque a quantidade de hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais é capaz de alterar a circulação, aumentando o risco de formação de coágulos nas veias profundas”.

Segundo a obstetra outro ponto que se deve ter atenção é a endometriose. O tratamento para tal condição é justamente a pílula anticoncepcional, pois ela controla e alivia os sintomas. No entanto, muitas mulheres que sofrem da doença, e tomam a pílula, desconhecem a condição podem agravar o quadro, evoluindo para infertilidade.

Alternativas de contraceptivos

A famosa camisinha, tanto masculina quanto feminina, é o único contraceptivo que evita doenças sexualmente transmissíveis, porque oferece uma proteção física contra a entrada do esperma. O diafragma é uma cúpula de silicone que é colocada dentro da vagina antes da relação sexual impedindo que o esperma fecunde o óvulo, o conceito parecido com a camisinha. E por fim, o DIU de cobre tem o formato de T e é colocado no útero da mulher para dificultar a fecundação.

A especialista recomenda que seja combinado um método preservativo com um medicamento para proporcionar maior eficácia na contracepção.

 

Foto Destaque: Conheça os efeitos colaterais e reações adversas. Reprodução/Getty Images

Atividade física e sexo: os prazeres da prática

Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, a obesidade e a falta de prática regular de exercícios físicos são os principais responsáveis pela disfunção sexual. Os homens compõem 31% e as mulheres 43% dos dados apresentados.

Assuntos relacionados ao sexo ainda são vistos como tabus, porém torna-se cada vez mais necessário tratar desses temas; pois estão ligados a saúde e bem estar do indivíduo e pode impactar também nas suas relações.

Casal. Foto: Notícias ao minuto


Atualmente, alguns estudos foram divulgados evidenciando a importância do tema ser estudado, discutido e divulgado. A temática dos estudos relaciona sexo e a prática de exercícios físicos.

Um estudo publicado no The Jornal of Sexual Medicine, mostrou que mulheres adeptas de práticas físicas, e que a realizam até seis horas semanais têm maiores níveis de excitação, lubrificação e desejo do que as mulheres que não praticam nenhum tipo de atividade. Realizar exercícios melhora também o fluxo sanguíneo e consequentemente aumenta o prazer durante o ato. Em contrapartida, mulheres obesas e sedentárias relataram problemas relacionados a prática de atividade sexual é o que mostra um outro estudo publicado na revista científica Obesity.

Já a pesquisa publicada no The Jornal of Sexual Medicine, trouxe dados sobre os homens. Os sedentários tiveram 50% mais chance de apresentar disfunção erétil do que os praticantes de atividade física.

Buscar por uma atividade física prazerosa ajuda a evitar doenças, melhora a relação com o corpo, aumenta a disposição e ajuda a ter mais resistência. Segundo a ciência, os principais benefícios da prática física para o sexo são: reduz os níveis de estresse, eleva a autoconfiança, melhora a circulação sanguínea – ajudando na excitação, ereção, lubrificação e sensação de prazer e aumento da resistência física – quanto melhor o condicionamento físico, mais energia e maior desempenho durante o ato sexual que também é considerado um exercício físico.

 

Foto destaque: Casal se exercitando. Site/ Globo Esporte

Fatores e doenças ligados à obesidade

Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde, a obesidade é o acúmulo normal ou excessivo de gordura no corpo. As causas ligadas a esse problema vai muito além da ingestão alimentar excessiva. Entender a complexidade dessa doença é fundamental para buscar o tratamento mais adequado e não somente a resolução de uma questão estética.

O tratamento da obesidade conta com a ajuda de diversos profissionais e com diferentes especialidades para oferecer o maior suporte durante o longo tratamento. Psicólogo, educador físico, nutricionista e médico, são alguns dos exemplos que integram essa equipe. 

Fatores psicológico, excesso de alimentação, estilo de vida desregrado, fator genético, uso de corticoides, antidepressivos, questões hormonais e inflamatórias, são alguns dos fatores associados a doença e que podem desencadear outras complicações na saúde do paciente. Em mulheres, relaciona-se também com a infertilidade. 


Manter uma boa alimentação pode ajudar na redução do peso (Foto:Reprodução/Acadab)


Doenças relacionadas a obesidade:

Hipertensão – caracterizada pelo excesso de pressão sanguínea nas artérias e é uma fator de risco ligado ao infarto, insuficiência respiratória e cardíaca, entre outros;

Diabetes tipo 2 – pode ser definida como a resistência do organismo à insulina, hormônio que mantém a glicose sob controle;

Síndrome da apneia do sono – considerada causa e consequência da obesidade. Caracterizada pela diminuição na oxigenação durante o sono;

Outras doenças como artrose, esteatose hepática, dislipidemias, alterações circulatórias e hepáticas, cardiopatias também estão relacionadas.

O diagnóstico deve ser feito de forma individualizada visando a melhor estratégia para cada paciente.

Dados nacionais divulgados pelo site “/Saúde Não Se Pesa”/ traz números importantes, como: o percentual de obesos cresceu 60,2% nos últimos 12 anos; 74% dos óbitos no país acontece em decorrência de doenças associadas à obesidade e 18,9% da população maior de 18 anos apresentam obesidade.

Vale ressaltar que crianças obesas têm a maior chance de se tornarem adultos obesos. Cuidar da saúde dos pequenos é essencial para a redução dos números anteriormente apresentados.

Foto destaque: Site Danone Nutricia

Ronco: conheça as causas e tratamentos para o ruído

O ronco é um som provocado por uma dificuldade para inspirar o ar, devido ao estreitamento ou obstrução nas vias respiratórias superiores durante o sono. Nesse ato, o estreitamento complica a passagem do ar e com isso, é gerado uma vibração nas estruturas respiratórias. Esse ruído – o ronco – é considerado normal dependendo das posições que as pessoas dormem, de costas, por exemplo. Entretanto, quando esse ruído é grande e intenso pode ser indício de alguma outra doença.

Ademais, o ato de roncar pode, também, ser um sinal da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), distúrbio possivelmente grave que pode ser reconhecido pela sua parada respiratória que vai e volta diversas vezes durante o sono. O tempo desse transtorno pode ser de dez segundos nos adultos, e pode variar de dois a três segundos nas crianças. Além disso, essa doença prejudica a respiração e a qualidade do sono, o que pode ocasionar diversos sintomas, como sonolência, estresse e dificuldade em concentração.


Pessoa fumando. (Foto: Reprodução/GSK/VivaBem)


Qual a causa?
O ronco que notoriamente ocorre durante o sono, pode surgir por diversos motivos, como o relaxamento dos músculos da garganta e da língua, o que gera uma dificuldade na passagem do ar. Além disso, existem outras causas que podem induzir a esse som, entre elas estão:

Obstrução nasal;
Rinite e Sinusite;
Glândulas adenoides e amígdalas aumentadas;
Desvio de septo;
Queixo retraído, entre outros;

Outras ações como como ter obesidade, fumar, ingerir bebidas alcoólicas, excesso de comida antes de dormir, calmantes ou remédios para dormir, dormir de barriga para cima e ter refluxo gastroesofágico, aumentam a probabilidade de roncar e podem funcionar como agentes de risco ou agravantes do problema.

Tratamento

Médicos e especialistas recomendam fazer atividades de exercícios físicos que fortaleçam a musculatura das vias aéreas, além de também contribuir para o combate da obesidade e menos o uso de remédios para dormir. Se o caso for mais complexo e o ruído for bem mais intenso e frequente, é essencial procurar ajuda de um médico geral ou de um especialista em pneumologia, para que esses profissionais possam identificar as  possíveis causas e conduzir ao tratamento correto.

 

Foto Destaque: Homem roncando. Reprodução/Kampus Production/Pexels