O bilionário Elon Musk à princípio defende a liberdade de expressão, mas seu posicionamento está sendo questionado devido às atuais eleições na Turquia, isso se deve ao posicionamento do Twitter que assumiu uma postura de apoio a Erdogan e censurou as contas de seus opositores políticos, segundo as reportagens do Insider e do The Washington Post.
O bilionário Elon Musk comprou o Twitter em Outubro de 2022. (Reprodução/ Getty/Istock)
Em uma postagem publicada no Twitter na sexta-feira, a conta Global Government Affairs anunciou que a plataforma de Elon Musk iria "restringir o acesso a determinados conteúdos da Turquia" para cumprir exigências legais.
Os detalhes sobre as demandas legais e quais contas deveriam ser atingidas não foram divulgados pelo Twitter. No entanto, Tugrulcan Elmas, um pesquisador de mídias sociais da Universidade de Bloomington, em Indiana, monitorou a rede e descobriu que pelo menos seis contas que estavam publicando sobre a eleição foram suspensas.
Um desses perfis suspensos era o do empresário Muhammed Yakut, que havia denunciado negócios ilegais de Erdogan e alegado que o líder turco estava envolvido no desaparecimento de seu genro. Yakut também havia insinuado que forneceria informações sobre o golpe de Estado fracassado em 2016, sugerindo que tudo havia sido encenado por Erdogan.
Elmas informou ao Insider que as contas suspensas provavelmente não teriam influência nas eleições, uma vez que os afetados ainda podiam postar no YouTube e no Facebook.
Desde que Elon Musk assumiu o controle do Twitter no ano passado, o Twitter tem acatado a mais de 80% dos pedidos de governos para suspender ou monitorar usuários, de acordo com a publicação Rest of World. Antes de sua chegada, a taxa de atendimento a esses pedidos era de 50%.
Na segunda-feira, os eleitores da Turquia votaram nesse domingo para eleger o presidente e 600 membros do parlamento, a Grande Assembleia Nacional. A eleição foi marcada por uma disputa acirrada pela presidência entre o atual presidente Recep Tayyip Erdogan e o líder do Partido Popular Republicano, Kemal Kilicdaroglu.
Foto destaque. Twitter. (Reprodução/ Pixabay)