Segundo publicações recentes da revista Forbes, a tecnologia da inteligência artificial poderá ajudar pessoas a superarem o luto ao criar uma cópia digital de seus entes queridos. A pesquisa ainda indica uma possível utilidade também para os pacientes terminais, que poderão encontrar conforto na tecnologia.
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Pacientes em situações terminais relatam uma preocupação em comum: confortar seus entes queridos que precisarão lidar com o luto. Ao utilizar a inteligência artificial para criar uma versão digital de si, os pacientes poderão embarcar numa última experiência de autoconhecimento, enquanto preparam um presente para seus familiares.
Tecnologias que ajudam nos tratamentos de pacientes terminais (Vídeo: reprodução/YouTube/Anatomia e etc.com Natalia Reinecke)
Ao contrário de fotos e vídeos, a experiência promete promover diversos tipos de interações realistas e resistentes ao tempo, capazes de evoluir e desenvolver suas personalidades de acordo com atualizações da vida dos que estão ao seu redor.
Clones digitais estão prestes a se tornar acessíveis ao público
Segundo a revista Forbes, os clones virtuais seriam gerados a partir de uma combinação da capacidade cognitiva das inteligências artificiais com tecnologias capazes de imitar a linguagem humana, utilizando uma ampla base de dados coletados com a pessoa em vida, criando assim uma versão capaz de reproduzir com precisão respostas e escolhas da pessoa, com a possibilidade de evolução do modelo.
Especialistas apontam que quando a tecnologia estiver estabilizada, será possível utilizá-la em modelos holográficos, que proporcionarão uma maior imersão para a experiência.
Apesar de claramente ser uma tecnologia revolucionária, os clones digitais não estão isentos de gerar preocupação. Questões psicológicas sobre como iremos lidar com o luto a partir da tecnologia se mostram cada vez mais presentes, pois enquanto alguns defendem que o recurso será benéfico ao processo, outros apontam que a inteligência artificial apenas ajudará a procrastinar a trajetória do luto.
A preocupação sobre a privacidade também é relevante, pois será necessário coletar uma grande quantidade de dados pessoais, que deverão ser protegidos por regulamentações pensadas especialmente para estes casos, sem deixar de considerar o rápido desenvolvimento das tecnologias.
Foto destaque: inteligência artificial (Reprodução/Shutterstock/itforum)