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Startups que apostam em chips com luz viram foco de investidores

As startups de chips de transitores (utilizando o composto de fotônico de silício) viram aposta de investidores, e prometem permitir a potencialização de novas tecnologias para os próximos anos.

27 Abr 2022 - 11h56 | Atualizado em 27 Abr 2022 - 11h56
Startups que apostam em chips com luz viram foco de investidores Lorena Bueri

A nova tendência põe em evidência os computadores que utilizam luz no lugar de corrente elétrica, sendo esse o novo modelo de processamento. Recentemente, as startups criaram um modelo diferente de chips à base de fótons, e estão no foco de grandes investimentos. 

Foi anunciado pela Ayar Labs — startup desenvolvedora da tecnologia intitulada de "fotônica de silício" — na terça-feira (26), um levantamento de US$ 130 milhões (R$ 645 milhões) por parte de investidores, e, entre eles, a Nvidia.

Apesar dessa inovação (chip de silício com base em transitores) potencializar as tecnologias da nova geração, reduzir os transitores para além dos átomos se torna um grande desafio. O desenvolvimento de peças minúsculas não demandam uma maior dificuldade; porém, conforme a redução dos materiais, os sinais se tornam mais frágeis e podem vazar. 

De acordo com a Lei de Moore, dentro do período de dois anos a densidade dos transitores em um chip seria potencializada, e, consequentemente, os custos reduzidos. Contudo, esse processo está desacelerando, e as empresas tecnológicas enfrentam o desafio de suprir as necessidades complexas das novas tecnologias. 


Chips de sílico possuem fótons para computadores quânticos (Foto: Reprodução/HZDR/Juniks)


A empresa Pitchbook divulgou que, no ano passado, as startups detentoras de fotônica de silício acumularam mais de US$ 750 milhões (R$ 3,7 bilhões). Esse acúmulo representou uma dobra em relação ao ano anterior; quanto ao período de 2016, essas empresas captaram cerca de US$ 18 milhões (R$ 89 milhões). 

“A inteligência artificial está crescendo muito e assumindo grande parte do data center. O desafio da movimentação de dados e o consumo de energia nessa movimentação de dados é uma grande, grande questão”, disse Charles Wuischpard, presidente-executivo da Ayar Labs. 

As startups que utilizam fotônica de silício, além de criar chips de transitor, investem na produção de computadores quânticos, chips para veículos autônomos e supercomputadores. Um exemplo é a PsiQuantum, ao qual, acumulou cerca de US$ 665 milhões (R$ 3,3 bilhões) até o momento. 

 

Foto Destaque: Chips de transitores. Reprodução/Ayar Labs/Handout/Reuters.

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