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Rússia limita acesso ao Facebook

A Rússia disse na sexta-feira que limitaria parcialmente o acesso ao Facebook dentro de suas fronteiras por causa do que alega ser a censura de quatro veículos de notícias estatais pela rede socail.

26 Fev 2022 - 16h30 | Atualizado em 26 Fev 2022 - 16h30
Rússia limita acesso ao Facebook Lorena Bueri

A Rússia está restringindo o acesso ao Facebook sob alegação de que o serviço de rede social restringiu contas de quatro veículos de notícias russos favoráveis ​​ao Kremlin. O regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, disse em comunicado na sexta-feira que o Facebook restringiu o acesso aos serviços de notícias Zvezda TV, à agência de notícias RIA Novosti e aos sites Lenta.ru e Gazeta.ru.

O anúncio do regulador ocorre em meio a uma enxurrada de propaganda pró-Kremlin destinada a retratar uma narrativa diferente da invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin. Como o The Guardian relatou, a mídia estatal russa está tentando “retratar a invasão de Moscou como uma campanha defensiva para ‘libertar’ a Ucrânia, concentrando grande parte de sua cobertura na suposta proteção do Donbas, supostamente sob ataque de Kiev”.

O regulador afirma que, ao restringir o acesso da Meta a alguns meios de comunicação da Rússia, a empresa está “envolvida na violação dos direitos e liberdades humanos fundamentais, bem como dos direitos e liberdades dos cidadãos russos”.


Imagem do Meta. (Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP)


Ele disse que as autoridades russas disseram à Meta “para interromper a verificação independente de fatos e a rotulagem de conteúdo postado no Facebook por quatro organizações de mídia estatais russas”, mas a empresa “se recusou” a cumprir a exigência.

“Russos comuns estão usando nossos aplicativos para se expressar e se organizar para a ação”, disse Nick Clegg, vice-presidente de assuntos e comunicações globais do Meta. “Queremos que eles continuem fazendo ouvir suas vozes, compartilhem o que está acontecendo e se organizem por meio do Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger.”


Imagem do Nick Clegg. (Foto: Reprodução/BBC)


Como observou Jacob Carpenter, da Fortune, a invasão da Ucrânia pela Rússia representa um desafio significativo para serviços de mídia social como Facebook, YouTube do Google e Twitter, que foram criticados no passado por não reagirem rapidamente posts e impedir a disseminação de notícias falsas em suas plataformas.

A Meta, controladora do Facebook, anunciou um “centro de operações especiais” composto por “especialistas e falantes nativos” para monitorar o conteúdo – embora a empresa não tenha dado detalhes sobre seu número ou histórico. O Twitter está suspendendo contas (às vezes por engano) que violam as políticas da empresa sobre mídia falsa e manipulada. O YouTube, de propriedade do Google, bloqueou canais administrados por separatistas apoiados pelo Kremlin no leste da Ucrânia.

 

(Foto destaque: Presidente da Russia. (Reprodução/diariocachoeirinha)

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