Nesta sexta-feira (26), o telescópio James Webb confirmou condições favoráveis à vida em um planeta distante da Terra. As suspeitas da existência de tais condições foi relatada pela NASA (National Aeronautics and Space Administration) no final do ano passado e desde então abriu os paradigmas das pesquisas sobre planetas com potencial de abrigar vida.
Planeta K2 - 18b
O telescópio James Webb foi inaugurado em 2021 e desde então vem contribuindo com muitas coletas de dados sobre planetas distantes. O planeta K2-18b está localizado fora do sistema solar, mais precisamente na constelação de Leão, e possui uma extensão territorial mais de 8 vezes maior que a da Terra.
Telescópio James Webb (Foto: reprodução/TIM SLOAN/Getty Images Embed)
Localizada a uma distância de 120 anos-luz, foram confirmados os indícios de que o planeta possui uma atmosfera composta por hidrogênio e com sinais de existência de oceanos em seu subterrâneo. Na Terra o hidrogênio, assim como o sulfeto de dimetila, também encontrado no planeta, é um forte indicativo de vida marinha. Porém, os cientistas apontam que existe a alta probabilidade dos oceanos existentes neste planeta estarem em temperaturas elevadas demais para habitar ou dar suporte à vida.
Segundo as pesquisas realizadas pela Nasa, a atmosfera do K₂-18b também apresenta metano e dióxido de carbono em abundância. Ambos os gases são fundamentais para a vida na Terra, principalmente para organismos microscópicos. A presença dos gases também pode indicar que a atmosfera do planeta está em fase de desenvolvimento e assim, quem sabe, poderá abrigar organismos mais complexos no futuro.
Segundo os dados coletados pela equipe, é provável que a superfície do planeta apresente uma camada de gelo semelhante àquela encontrada em Netuno, algo muito comum em diversos planetas, conhecidos como Subnetunos.
Pesquisas futuras
Segundo Madhusudhan, cientista líder na pesquisa sobre exoplanetas na Universidade de Cambridge: "Nosso objetivo final é identificar vida em um exoplaneta habitável". O cientista ainda aponta que é fundamental identificar não apenas formas de vida parecidas com as nossas, mas também descobrir mais a fundo como funcionam os exoplanetas (planetas que estão fora do nosso sistema solar).
Foto destaque: Ilustração do planeta K2-18b feita pela NASA (Reprodução/NASA CSA/ESA/J. Olmsted (STScI)/N. Madhusudhan/Cambridge University/Nationalgeographic)