Vindos de um passado primitivo, onde a agricultura e a pecuária eram algo puramente manual e desprovido do auxílio da tecnologia moderna, pode ser surpreendente o quanto somos diferentes hoje em dia. Os desenvolvimentos tecnológicos não ficaram meramente presos aos grandes centros urbanos, concentrados nos escritórios ou utilizados apenas como ferramentas de lazer na mão do cidadão comum, tal como o smartphone.
Com a ajuda de brilhantes cientistas pelo mundo todo, junto de um investimento significativo de capital por parte de países como os Estados Unidos, é correto dizer que a tecnologia, hoje, desempenha um papel extremamente importante no cultivo e na distribuição da comida que alimenta o povo brasileiro.
Inteligência artificial e a agricultura moderna
E ainda que seja uma tecnologia recente, até mesmo a inteligência artificial está encontrando espaço nas lavouras, tudo em prol de facilitar e tornar mais simples a tarefa de cuidar do cultivo de alimentos, um processo cada vez mais dispendioso e repleto de problemas. Afinal, o crescimento populacional gera uma necessidade de maior produção alimentícia, para satisfazer a demanda de uma sociedade cada vez mais abarrotada de pessoas.
Com o auxílio de novas tecnologias e uma forma mais otimizada de realizar as plantações, é possível melhorar e tornar o processo de produção algo mais abundante e consistente.
Em busca da sustentabilidade
No estrangeiro, cientistas e pesquisadores constantemente tentam revolucionar a agropecuária, tal como é o caso de Wijnand Sukkel, que atualmente gerencia um projeto na Universidade de Wageningen, na Holanda, para modernizar as lavouras e torná-las mais sustentáveis, em vista da escassez de importantes recursos, como água e terras aráveis. Através do uso de uma cobertura vegetal para aumentar a biodiversidade do solo, os cientistas envolvidos no projeto buscam um meio de ampliar a produção alimentícia, ao mesmo tempo que reduzem as emissões de carbono.
Wijnand conferindo as plantações na Universidade de Wageningen, Holanda (Foto: reprodução/Akkerwizjer)
“Através de nosso método, temos um uso mais eficiente da água, um menor risco de doenças causadas por pragas e uma diversidade mais ampla, o que é melhor para o solo e aumenta a produção”, afirmou Sukkel.
Outra inovação que está presente nas lavouras é o uso da robótica e, como mencionado acima, da inteligência artificial para coletar dados e auxiliar na tomada de decisões. Embora possa não parecer tão chamativo quanto um trator agrícola passando pelos campos, a análise de dados pode ajudar na conservação de recursos e diminuir o desperdício durante o plantio.
Essas inovações podem vir a desempenhar um papel importante no futuro, tendo em vista a previsão da ONU, que estima que a população global alcance o marco de 10 milhões de pessoas até 2050.
Foto destaque: Homem usando trator para espalhar pesticida em plantação de milho. Reprodução/Freepik/debashesbiswas