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Pesquisa indica que brasileiros abraçam tecnologias mais rápido que média global

O estudo apontou que os brasileiros são ótimos em abraçar novas tecnologias, mas outra pesquisa aponta que o desempenho digital do país como um todo não é tão bom

02 Dez 2023 - 09h50 | Atualizado em 02 Dez 2023 - 09h50
Pesquisa indica que brasileiros abraçam tecnologias mais rápido que média global Lorena Bueri

O estudo "Future Consumer Index (FCI)" conduzido pela consultoria EY, aponta para uma crescente imersão dos brasileiros na era digital, onde as tecnologias são empregadas para aprimorar a conveniência, personalização e experiências. Em relação ao panorama global, os brasileiros se destacam como consumidores particularmente engajados em serviços digitais. 

A pesquisa, abrangendo mais de 21 mil participantes em 27 nações, como Brasil, Estados Unidos, China e Reino Unido, ressalta que uma parcela significativa da população brasileira adere a serviços de streaming de vídeo (82%), ouve streams de áudio (75%), realiza gestões financeiras online (84%) e participa de interações sociais em plataformas de vídeo (58%). Cifras superiores à média global.

Brasileiros com a tecnologia

  • 53% dos brasileiros entrevistados afirmam ter alguma compreensão do que é IA (Inteligência Artificial);
  • 62% acreditam que a automação permitirá focar em aspectos mais interessantes e desafiadores do trabalho;
  • 65% não preveem que seus empregos serão totalmente substituídos pela tecnologia;
  • 62% sentem que o governo deve fazer mais para regular o uso da tecnologia.

Embora haja uma abertura para a adoção de soluções digitais, as inquietações em relação à segurança cibernética são notáveis: 

  • 71% dos entrevistados no Brasil expressam grande preocupação com roubo ou fraude de identidade;
  • 69% estão muito preocupados com segurança de dados e violações cibernéticas;
  • 66% têm uma grande preocupação com empresas que vendem informações pessoais;
  • Apesar das preocupações, 67% estão dispostos a compartilhar dados para obter ofertas personalizadas.

Situação enquanto país

No entanto, o Brasil registrou uma queda de cinco posições no Ranking Mundial de Competitividade Digital, ocupando a 57ª posição entre os 64 países analisados. O estudo, conduzido pelo IMD World Competitiveness Center em colaboração com a Fundação Dom Cabral (FDC), ressalta a urgência de uma participação mais intensa tanto do setor público quanto do privado para impulsionar a construção de uma nação digital mais competitiva.


Campus Aloysio Faria, da FDC (Foto: reprodução/Fundação Dom Cabral)


A classificação global analisa três categorias - conhecimento, tecnologia e preparação para o futuro - por meio de 54 indicadores, abrangendo aspectos como gestão urbana, treinamento e educação, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, serviços bancários e financeiros, agilidade empresarial e segurança cibernética. Além disso, a pesquisa integra as visões de executivos brasileiros de setores diversos, abrangendo diferentes regiões e tamanhos de empresas, oferecendo, assim, uma perspectiva abrangente sobre a transformação digital no país.

Foto Destaque: bandeira no brasil em um teclado (Reprodução/Gobernarte)

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