O Pentágono, em parceria com a Universidade do Texas, iniciou uma empreitada tecnológica visando uma comunicação eficaz entre drones de diferentes fabricantes em cenários de conflito. Esse avanço, que já vem sendo trabalhado desde 2020, com a participação crucial de Keven Gambold, CEO da Unmanned Experts, agora recebe um impulso financeiro significativo, totalizando mais de 7 milhões de dólares em contratos com a Força Aérea.
O foco principal é a criação de uma linguagem comum para drones, denominada Droidish, facilitando ações integradas entre as máquinas durante operações militares. O objetivo é alcançar uma coordenação autônoma entre os drones, minimizando a necessidade de intervenção humana no calor da batalha.
Projeto piloto demonstrativo
Numa demonstração inicial patrocinada pela Força Aérea, três drones foram postos à prova em um desafio aéreo: enquanto um drone permanecia estático, os outros dois deveriam executar uma rota de voo que os aproximava perigosamente do primeiro.
A missão era evitar uma colisão sem interferência humana, desafio este que exigiu uma coordenação precisa entre os drones para determinar qual deles deveria ceder passagem ao outro. Este teste revelou a importância e a eficácia potencial do Droidish na promoção de uma comunicação autônoma e segura entre diferentes aeronaves não tripuladas.
Conheça os drones militares mais letais do mundo (Vídeo: reprodução/YouTube/Hoje no mundo militar)
Inovação no campo de batalha
Enquanto o Droidish foi projetado para promover interações entre máquinas, a contribuição humana ainda é crucial para ampliar o vocabulário da linguagem conforme as tarefas se tornam mais complexas. A equipe de Gambold, junto com a Universidade do Texas, continua trabalhando para aperfeiçoar esta linguagem.
A longo prazo, a visão é que o Droidish possa ser usado não apenas por drones militares, mas também por veículos autônomos, facilitando a comunicação entre sistemas veículo-veículo, proporcionando uma condução mais segura e eficiente em céus e estradas do futuro. Esta iniciativa representa um passo audacioso em direção à integração de tecnologias autônomas no cotidiano, expandindo as fronteiras da inovação em segurança e coordenação autônoma.
Foto Destaque: drone militar americano em voo. Reprodução/Business Wire/G1