Enquanto as empresas tentam fazer implementações de inteligência artificial em prol do desenvolvimento e os países ao redor do mundo tratam sobre a regulamentação da IA, Paul Dean, oficial sênior de segurança dos Estados Unidos demonstrou preocupação com o uso indevido da ferramenta para produção de armas nucleares. Nesta quarta-feira (01/05), em coletiva de imprensa, ele alegou que a inteligência artificial não deve controlar as armas nucleares.
Paul Dean ressaltou que nunca delegariam uma decisão tão importante para a inteligência artificial e, de acordo com a revista Forbes, a afirmação de Paul Dean foi feita de forma direta para a China e Rússia, mostrando que o posicionamento denota o interesse dos Estados Unidos de se tornar líder nos debates globais a respeito da regulamentação da IA.
Decisão humana
O oficial de controle de armas do Departamento dos Estados Unidos alegou que os EUA têm o compromisso claro e forte de que a decisão de utilizar armas nucleares não deve ser tomada por nenhum tipo de tecnologia, mas sim exclusivamente por um ser humano.
Dean comentou que os países Reino Unido e França também não tem interesse em passar essa responsabilidade tão crucial para nenhuma outra inteligência que não seja a humana. Com a afirmação, ele pediu para que Moscou e Pequim tomem a mesma atitude.
Imagem ilustrativa de inteligência artificial (Reprodução/Yuichiro Chino/GettyImages Embed)
Sobre o regulamento
Com os avanços irrefreáveis da tecnologia e o desenvolvimento constante da inteligência artificial, os líderes dos países ao redor do mundo demonstram preocupação com a segurança dos cidadãos e de toda a nação, considerando que o limite máximo da tecnologia supracitada ainda é desconhecido e em poder dos indivíduos errados, pode ser prejudicial em sua totalidade.
Deste modo, a discussão para a criação de normas sobre o uso da inteligência artificial, considerando os limites entre deveres dos cidadãos e seus direitos como humanos, que não podem ser infringidos, é algo que deve percorrer durante algum tempo até que o regulamento seja instaurado de fato.
Foto destaque: armas nucleares (Reprodução/Pinterest/The Conversation/@theconversation)