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ONU alerta sobre catástrofe global devido rápida elevação do oceano pacífico

A ONU relata que o nível do mar subiu 15 cm em partes do Pacífico nos últimos 30 anos, impactando diretamente cidades do Rio de Janeiro e Atafona

28 Ago 2024 - 18h00 | Atualizado em 28 Ago 2024 - 18h00
ONU alerta sobre catástrofe global devido rápida elevação do oceano pacífico  Lorena Bueri

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um alerta referente ao oceano Pacífico, com base em um estudo que analisou o nível médio global do mar nos últimos 3.000 anos, tendo como causa principal o aquecimento global e derretimento de gelo polar.

O relatório, divulgado na segunda-feira (26), destaca que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico. Dando enfase a duas cidades do estado do Rio de Janeiro e Atafona, distrito do município de São João da Barra, no Norte Fluminense, que correm risco de inundações, com a previsão de que o nível do mar possa subir até 21 centímetros até 2050.

Cidades afetadas

Segundo o relatório detalhado apresentado pela ONU, o nível dos mares elevou 15 centímetros em alguns pontos do pacífico nos últimos 30 anos. Duas cidades brasileiras, Rio de Janeiro e Atafona, serão diretamente afetadas. Dados mostram que entre 1990 e 2020, o nível do mar na cidade do Rio de Janeiro e em Atafona subiu 13 centímetros, e a previsão é que, de 2020 a 2050, esse aumento chegue a mais 16 centímetros, com margens de erro entre 12 e 21 centímetros, com base em um cenário de aquecimento global previsto para 3 °C até o fim do século.


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Uma placa de um pub chamado "Erosion" é vista na praia de Atafona, bairro de Atafona, em São João da Barra, Rio de Janeiro, Brasil, em 7 de fevereiro de 2022 (Foto: reprodução/MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images Embed)


O relatório intitulado “Surging Seas in a Warming World: The Latest Science on Present-Day Impacts and Future Projections of Sea-Level Rise” (Mares em elevação em um mundo em aquecimento: a ciência mais recente sobre os impactos atuais e projeções futuras da elevação do nível do mar, tradução em português), identificou que, além do Rio de Janeiro, essas mudanças também colocam em risco diversas megacidades costeiras ao redor do mundo, abrangendo — mas não se restringindo a — Bangkok, Buenos Aires, Guangzhou, Dhaka, Jacarta, Lagos, Los Angeles, Londres, Mumbai, Miami, Nova Orleans, Nova York, Tóquio e Xangai.

Consequências

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), alerta que o aumento dos níveis do mar, é consequência direta do aquecimento global e do derretimento das calotas polares, resultando para uma catástrofe mundial até 2050, já que trará um impacto devastador nas economias das áreas litorâneas e afetará cidades costeiras ao redor do mundo, colocando em risco bilhões de vidas.


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 Vista aérea, ondas do Oceano Pacífico quebram na Windansea Beach de La Jolla enquanto milhares de pessoas se aglomeram na costa em um dia quente de verão (Foto: reprodução/ Kevin Carter/Getty Images Embed)


Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Laboratório de Impacto Climático (CIL), cerca de 14 milhões de pessoas ao redor do mundo habitam em comunidades costeiras com probabilidade de inundação nos próximos 20 anos.

Além da elevação do nível do mar, o relatório enfatiza outros riscos climáticos que afetam as regiões costeiras, como marés de tempestade e ondas mais fortes.


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 Ondas gigantescas na costa invadem calçada (Foto: reprodução/ Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


Um destaque são as ilhas do Pacífico sendo particularmente suscetíveis, devido ao rápido aumento das temperaturas do mar. A ONU adverte que 90% da população dessas ilhas reside nas proximidades da costa, o que as torna extremamente vulneráveis. Ademais, ações humanas, como a construção de barragens e a extração de água subterrânea, estão contribuindo para o afundamento do solo, proporcionando um alto risco de inundações nessas regiões.

Ações imediatas

Guterres sublinhou a urgência de ações imediatas para a redução das emissões de gases de efeito estufa, pois são principalmente resultados da queima de combustíveis fósseis e estão contribuindo para o aquecimento do planeta, com os oceanos absorvendo essa temperatura adicional. E complementa com a necessidade de aumentar os investimentos em adaptações climáticas.

O relatório afirma que “as ações climáticas e as decisões dos líderes políticos e formuladores de políticas nos próximos meses e anos definirão a gravidade desses impactos e a rapidez com que eles se agravarão.” 


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O Oceano Ártico derrete no Oceano Atlântico devido ao aquecimento global (Foto: reprodução/Sebnem Coskun/Anadolu /Getty Images Embed)


Entretanto, o relatório também adverte que não há uma solução definitiva para os danos já causados aos mares. “Mesmo após a emissão líquida zero ser alcançada, o aumento do nível do mar continuará devido ao aquecimento oceânico e ao derretimento de gelo terrestre comprometido, que ocorrerão em função do aquecimento causado por emissões passadas. Consequentemente, o nível do mar está comprometido a subir por séculos há milênios e permanecerá elevado por milhares de anos”, afirma o documento da ONU.

Por outro lado, investimentos em adaptações estruturais são determinantes para diminuir os riscos futuros de inundações costeiras, conforme indica o relatório. Tais ações trariam benefícios que superariam os custos de implementação e manutenção, em escala global e na maioria das regiões.


Foto Destaque: ondas poderosas quebram contra um paredão que protege casas ao longo do litoral em Ventura, Califórnia, 2023 (Reprodução/ Mario Tama/Getty Images Embed)

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