Segundo um estudo desenvolvido pela Visa, espera-se que até o final deste ano as tecnologias com sistemas de voz movimentem mais de US$ 40 bilhões. Inclusive estima-se que até 2025, cerca de 300 milhões de pessoas utilizem algum modelo de smart speaker, até o momento os mais usados são a Alexa, da Amazon e o Assistente, do Google.
Uma indústria nova está se formando neste cenário, com agências startups e inclusive profissionais independentes com capacidade de atender a essas demandas de conteúdo e praticidade abrangendo os assistentes de voz. O responsável por desenvolver projetos de voz para Universal e demais players, João Paulo Alqueres, da Iara Digital, esclarece que ecossistema vem agrupando agências especializadas no desenvolvimento de experiências de voz, marcar e desenvolvedores autônomos e consultorias full-service.
Alexa.(Foto: Reprodução/Hiper Textual)
“Envolve o trabalho integrado de profissionais que projetam as conversas que o cliente terá com a marca (designer conversacional) e profissionais que cuidam do áudio (sound designers) que é a dimensão mais importante deste tipo de mídia que não conta com suporte visual (tela)”. O que, de acordo com João, diferencia a dinâmica de desenvolvimento desses sistemas de voz das usadas em aplicativos de celulares ou software para computadores.
“Os assistentes de voz possuem, basicamente, dois tipos de funções. Eles podem realizar uma atividade pré-programada pelo fabricante (Google ou Amazon) que é acender uma lâmpada, tocar uma música, programar um alarme ou realizar atividades programadas por desenvolvedores externos que podem atingir uma grande variedade de objetivos”, completa João. Ele explica que para produzir experiências nessas plataformas é necessário que o desenvolvedor programe diretamente usando as informações das fabricantes ou utilizar algumas ferramentas de low-code (baixa-programação) disponíveis.
João também afirma que uma das coisas que torna esses assistentes de voz atraentes é o efeito abre-te sésamo que eles provocam, visto que os conteúdos são ativados exclusivamente por voz, sendo necessário realizar uma chamada específica para alcançar o conteúdo desejado.
Foto destaque: Fachada Google. Reprodução/ Giz Modo Brasil