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Novo estudo desmente informações sobre os campos magnéticos de Urano

Os estudos sobre o magnetismo dos planetas do sistema solar são fundamentais para as pesquisas sobre o próprio planeta Terra e para planejar explorações espaciais

13 Nov 2024 - 15h03 | Atualizado em 13 Nov 2024 - 15h03
Novo estudo desmente informações sobre os campos magnéticos de Urano Lorena Bueri

Um estudo divulgado nesta segunda-feira (11) pela revista Nature Astronomy revelou novas informações sobre os dados coletados pela sonda Voyager 2, que sobrevoou Urano, o sétimo planeta do sistema solar, em 1986. A pesquisa recente esclareceu alguns pontos que desafiavam os conhecimentos dos cientistas da época, especialmente no que se refere aos campos magnéticos do planeta.

O que se sabia em 1986

Os dados arquivados pela sonda em 1986 foram coletados, segundo pesquisas recentes, durante uma anomalia que o planeta estava enfrentando. Portanto, grande parte das conclusões da ciência atual sobre Urano seria baseada em dados não confiáveis.


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Imagem de Urano capturada pela sonda Voyager 2 em 1986 ( Foto: reprodução/ Heritage Images /Gatty Images Embed)


Na época, o que mais intrigou os cientistas foram as descobertas sobre o campo magnético do planeta, que se mostrou muito mais poderoso do que o esperado ( cerca de 20.000 vezes mais potente que o campo magnético da Terra). Também não se sabia de onde vinham tantas partículas energéticas capazes de gerar tamanha potência, que chegava a atingir as luas de Júpiter.

Tal peculiaridade fez com que os cientistas questionassem seus conhecimentos sobre como os campos magnéticos dos planetas funcionavam.

Conclusões atuais

Com os novos estudos, sabe-se que dias antes do sobrevoo da sonda Voyager 2 houve um grande evento que atingiu Urano com vento solar, um fluxo constante de partículas, que comprimiu e carregou a magnetosfera do planeta com elétrons, tornando-a mais poderosa por um certo tempo.

“Se a Voyager 2 tivesse chegado apenas alguns dias antes, teria observado uma magnetosfera completamente diferente em Urano”, afirmou Jamie Jasinski, físico do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa e principal autor do recente estudo.

Portanto, os cientistas concluem que o campo magnético do planeta provavelmente é semelhante ao dos outros planetas do sistema solar e que as condições observadas anteriormente só acontecem em 4% do tempo.

Agora, existe também a hipótese que defende que algumas luas do planeta podem ainda estar ativas, alimentando o sistema magnético de forma moderada com íons. Porém, mesmo após tantas conclusões, nosso conhecimento sobre o planeta continua limitado.

Foto destaque: ilustração do planeta Urano (Reprodução/Star Walk/Mundoconectado)

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