Neuralink e o futuro da IA: Elon Musk explica como a tecnologia pode reduzir riscos
Musk destacou que o Neuralink representa um papel na solução dos riscos da IA, apesar dos receios. Além disso, ele já planeja iniciar testes em humanos

Elon Musk, em uma recente entrevista ao podcast “The Joe Rogan Experience,” compartilhou detalhes empolgantes sobre a Neuralink, sua empresa de interface cérebro-máquina, e como ela pode desempenhar um papel crucial na mitigação dos riscos associados à inteligência artificial (IA).
A Neuralink está se preparando para dar os primeiros passos nos testes em seres humanos com seu implante cerebral inovador. Musk explicou que a Neuralink está trabalhando incansavelmente no desenvolvimento de um implante cerebral altamente avançado que tem a capacidade de facilitar a comunicação entre humanos e computadores de maneira mais natural.
Logo do podcast “/The Joe Rogan Experience”/. (Foto: reprodução/Candra Dian/Fine Art America)
Futuro da IA
Embora esse avanço tenha o potencial de beneficiar pessoas com deficiências físicas, Musk também destacou que poderia ser aplicado para aprimorar o desempenho humano em geral. O empresário expressou suas preocupações em relação à IA, enfatizando que vê a IA como uma ameaça real. No entanto, ele acredita que a Neuralink pode desempenhar um papel fundamental na resolução desses desafios.
O objetivo da empresa é criar um implante cerebral compacto e de fácil implantação, que seja seguro e não cause danos ao cérebro. Embora a Neuralink ainda esteja em seus estágios iniciais de desenvolvimento, Musk anunciou planos de iniciar os primeiros testes em seres humanos ainda este ano.
Neuralink em humanos
Musk afirmou: “Estamos muito animados com o potencial da Neuralink. Acreditamos que essa tecnologia pode mudar o mundo.” A empresa tem trabalhado arduamente para avançar na implantação de chips no cérebro de seres humanos, e recentemente lançou um formulário de candidatura para pessoas com paralisia interessadas em participar desses procedimentos.
Os pré-requisitos para participação nos testes incluem ser cidadão americano com pelo menos 18 anos de idade, ter paralisia devido a lesões na medula espinhal cervical ou esclerose amiotrófica, e contar com o apoio de um cuidador. Pacientes com histórico de convulsões ou que já possuem outros implantes, como marca-passos, não são elegíveis para o estudo.
O objetivo principal desses testes é permitir que os voluntários controlem um teclado de computador apenas com o pensamento, um avanço notável no campo da interface cérebro-máquina. O estudo terá uma duração de seis anos, com acompanhamento rigoroso dos voluntários, incluindo consultas domiciliares e clínicas.
A Neuralink recebeu a aprovação da FDA, a agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, em maio, marcando um passo importante antes de realizar os testes em humanos. Além disso, a empresa realizou testes em animais, incluindo ovelhas, porcos, macacos e ratos, como parte de sua pesquisa e desenvolvimento contínuos.
Foto Destaque: Neuralink de Elon Musk. Reprodução/India Today.