A gigante do streaming informou na última terça-feira (19) que perdeu 970.000 assinantes entre abril e junho deste ano. O número foi muito abaixo do que a própria empresa havia previsto em abril, quando avisou que esperava perder 2 milhões de assinantes no segundo trimestre, chocando investidores e criando dúvidas sobre suas perspectivas de crescimento no longo prazo.
A maior perda de assinantes da Netflix veio dos Estados Unidos e do Canadá, maior mercado da companhia, onde o streamer disse que perdeu 1,3 milhão de usuários no segundo trimestre. Mas isso foi compensado pelo aumento de assinaturas em outros lugares.
“Nosso desafio e oportunidade é acelerar nosso crescimento de receita e associação, continuando a melhorar nosso produto, conteúdo e marketing, como fizemos nos últimos 25 anos, e monetizar melhor nosso grande público”, disse a Netflix nesta em comunicado a investidores.“Estamos em uma posição de força dada a nossa receita de mais de US$ 30 bilhões, US$ 6 bilhões em lucro operacional no ano passado, fluxo de caixa livre crescente e um balanço forte.”
As ações da Netflix saltaram 8% na terça-feira em negociações após o expediente. (Foto: Reprodução/Getty Images)
Em comunicado aos acionistas, a Netflix afirmou que examinou a queda nas assinaturas e que o movimento foi atribuído a uma série de fatores incluindo compartilhamento de senhas, competição e crise econômica.
Recentemente, a empresa anunciou, também, que vai cobrar um adicional de usuários em cinco países latino-americanos que acessarem suas contas em mais de uma residência, ou seja, que compartilham uma mesma conta. Argentina, República Dominicana, Honduras, El Salvador e Guatemala são alvos da ação.
A Netflix também está desenvolvendo, em parceria com a Microsoft, um novo plano de assinatura que conta com o suporte da publicidade e possui um preço mais baixo. O recurso é uma das formas de apoiar o negócio com outras fontes de receita.
Foto destaque: A Netflix continua sendo o maior serviço de streaming de vídeo do mundo, com quase 221 milhões de assinantes. Reprodução: Mike Blake/File Photo/Reuters.