Na manhã de domingo (24), a Nasa, agência espacial norte-americana, marcou um feito histórico ao trazer à Terra a primeira amostra coletada de um asteroide, através da espaçonave OSIRIS-REx. O evento significativo ocorreu sete anos após o lançamento da missão, em 8 de setembro de 2016, com o objetivo inicial de alcançar o asteroide Bennu, situado próximo ao nosso planeta.
Um marco espacial
A espaçonave, após sua longa jornada, efetuou uma passagem próxima à Terra para entregar cerca de 250 gramas de material coletado do asteroide Bennu em 2020. Esta amostra, além de ser a primeira, é também a maior já obtida no espaço exterior. De acordo com a Nasa, Bennu, sendo um remanescente primordial da formação do sistema solar, carrega consigo informações cruciais que podem elucidar perguntas sobre a origem do nosso planeta.
Descida e recuperação
Para a entrega da amostra, a OSIRIS-REx não realizou um pouso. Segundo a agência, a ideia era manter a velocidade da espaçonave enquanto uma cápsula contendo a amostra era liberada em direção ao Campo de Testes e Treinamento do Departamento de Defesa de Utah, nos EUA. Após o desprendimento da cápsula, a sonda ajustou sua trajetória, agora direcionada ao asteroide Apophis, iniciando a fase OSIRIS-APEX de sua missão.
A cápsula, após uma viagem de aproximadamente quatro horas pelo espaço, atravessou a atmosfera terrestre e, em 13 minutos estimados, alcançou o solo. A recuperação do material foi feita rapidamente pelos cientistas para evitar qualquer contaminação. Seguindo protocolos rigorosos, a cápsula foi armazenada em uma caixa metálica, posteriormente envolvida em material plástico não reativo e uma lona, para então ser transportada por helicóptero até uma instalação temporária no campo de treinamento.
OSIRIS-REx retorna à Terra com amostras de asteróide (Vídeo: reprodução/YouTube/Cortes do Space Orbit)
Concluída a etapa de recuperação, a amostra agora será enviada ao Centro Espacial Johnson da Nasa, onde se dará início à análise detalhada. Os cientistas anseiam que o estudo deste material cósmico possa revelar dados inéditos sobre os primórdios do sistema solar e, consequentemente, sobre a formação da Terra. Este marco não apenas celebra o avanço na exploração espacial, mas também promete novas descobertas que podem redefinir o entendimento humano sobre sua própria origem no cosmos.
Foto Destaque: OSIRIS-REx pousa em asteróide. Reprodução/Nasa/Isto É