O aplicativo Whatsapp é proibido nos territórios que contam com políticas mais rigorosas de controle da liberdade de expressão na internet, como China, Coreia do Norte, Síria, Irã, Etiópia, Uzbequistão, Cuba, Vietnã, Rússia e Paquistão. A proibição na China teve início no mês passado. Outros países, como Catar, Egito, Jordânia e Emirados Árabes Unidos, apenas restringem recursos como chamadas de voz.
Soluções alternativas
Embora as restrições possam parecer limitadoras, a dinâmica da tecnologia e a criatividade humana vriam soluções inovadoras. Segundo Will Cathcart, diretor da plataforma de mensagens, que pertence ao grupo Meta, dezenas de milhões de pessoas usam soluções técnicas para acessar secretamente o WhatsApp nestes países. "Você ficaria surpreso com quantas pessoas descobriram um jeito", afirmou Will Cathcart à BBC News.
A empresa sabe aonde estão estes usuários devido aos seus números de telefone registrados. Mesmo de posse da informação de quem são esses clientes “clandestinos”, a empresa apenas acompanha essa utilização. Cathcart explica que a ascensão das redes privadas virtuais (VPNs) e do serviço proxy do WhatsApp, lançado em 2023, ajudam a manter o WhatsApp acessível em lugares onde ele é bloqueado.
Logo do aplicativo Whatsapp (Reprodução/Getty Images Embed/Nurphoto)
Proibição recente na China
Em abril deste ano, a Apple anunciou que removeu o WhatsApp e o Threads de sua loja de download de aplicativos, a Apple Store, na China. A medida imposta pelo governo chinês impede que usuários chineses de iPhone baixem o WhatsApp, atitude considerada "lamentável" pelo diretor da plataforma. Segundo ele, a empresa segue uma ordem do regulador de internet do país, que encara que as plataformas da Meta representam riscos à segurança da China.
O governo chinês alega que as plataformas podem ser usadas para disseminar informações falsas, instiga protestos ou ameaçar a segurança nacional. Os chineses fazem uso de outros aplicativos de mensagens monitorados pelo governo, como WeChat.
Foto Destaque: donos de celulares buscam alternativas para acessar o Whatsapp (Reprodução/Dimitri Karastelev/Unsplash)