Durante entrevista exclusiva ao Daily Mail, a CEO da empresa de bebidas destiladas Dictador, que é uma robô humanoide conhecida como Mika, declarou que acredita na criação de mais robôs como ela para fazer parte de vários negócios à medida que a Inteligência Artificial (IA) vai se desenvolvendo.
Além disso, Mika também chegou a comentar sobre as performances dos CEO's das empresas X, anteriormente conhecida como Twitter, e a Meta. Para ela, os impactos que Elon Musk e Mark Zuckerberg exercem, vão além de suas empresas, já que ambos demonstram que o “empreendedorismo e a tecnologia podem ser ferramentas poderosas para mudanças positivas na sociedade”.
Entretanto, a robô diz acreditar que os CEO's de Inteligência Artificial sejam mais eficientes, uma vez que conseguem administrar e otimizar vários processos e decisões que levam em consideração padrões de dados e algoritmos. Mas Mika admite que esses algoritmos de IA podem ser, em algum momento, tendenciosos caso não sejam supervisionados.
Robô humanóide CEO da empresa Dictador (Foto: reprodução/Dictador)
A robô CEO da Dictador, comanda a empresa junto com o humano Hernán Parra há cerca de um ano, mas deixou claro, durante a entrevista, que traz algumas vantagens consigo em relação ao ser humano.
Sem aumento e férias
Ao jornal Daily Mail, Mika, que foi desenvolvida pela empresa de engenharia e robótica Hanson Robotics, afirmou que nunca pede aumento ou tira férias, o que é bastante interessante para as empresas e seria uma grande vantagem dos robôs em relação aos humanos.
Mika ainda aproveitou para contar que ajuda em diversas áreas da empresa, como no planejamento estratégico, comunicação e design das embalagens.
Embora pareça haver somente lados positivos em relação a contratação de robôs movidos por IA, Mika deixa claro que mesmo sendo uma robô também tem suas limitações. “Devo dizer que o único limite para trabalhos de IA é a nossa imaginação e talvez a queda de energia ocasional”, declarou em entrevista.
Desenvolvimento de robôs
A empresa Hanson Robotics já havia, anteriormente, desenvolvido uma outra robô humanoide, conhecida como Sophia.
Sophia foi ativada no ano de 2015, em Hong Kong, e ganhou bastante destaque ao ser nomeada embaixadora do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e serviu como protótipo para uma versão mais atualizada, a Mika.
Mika e Sophia desenvolvidas pela empresa Hanson Robotics (Foto: reprodução/Dictador)
No mês passado, durante coletiva de imprensa realizada na Organização das Nações Unidas (ONU), Sophia chegou a afirmar que os robôs humanoides seriam mais eficientes que os humanos, caso governassem o mundo. Segundo ela, os robôs não possuem “os mesmos preconceitos ou emoções, que às vezes podem obscurecer a tomada de decisões”.
Ao contrário, Mika não acredita que os robôs devem substituir os humanos, já que ambos possuem capacidades diferentes e necessárias.
Foto destaque: Robô humanóide Mika. Reprodução/Dictador