Nesta terça-feira (18), a Microsoft informou que passará a cobrar um valor médio de 53% a mais para os usuários acessarem seus novos recursos de Inteligência Artificial (IA) em programas utilizados por empresas, visando os lucros que prevê adquirir por meio desta tecnologia.
A companhia também informou que irá disponibilizar uma versão mais segura do Bing, seu mecanismo de busca, para as empresas, com o objetivo de se adequar às necessidades da lei de proteção de dados, elevar o interesse corporativo em IA e melhorar sua vantagem competitiva com o Google.
A nova cobrança
Na conferência virtual Inspire, a empresa disse que os clientes corporativos pagarão mensalmente US$ 30 por usuário por uma ferramenta de inteligência artificial do Microsoft 365 que se chama Copiloto. O programa promete escrever e-mails no Outlook, redigir documentos no Word e tornar quase todos os dados utilizados pelo funcionário acessíveis por meio de um chatbot.
Esse preço quer dizer que a ferramenta pode triplicar o custo de alguns usuários da Microsoft. O vice-presidente corporativo da Microsoft, Jared Spataro, disse em entrevista que a ferramenta será paga com economia de tempo e aumento de produtividade. O software Copiloto, por exemplo, pode fazer um resumo de reuniões feitas pelo sistema online Teams.
"Você não precisa mais fazer anotações nas reuniões, não precisa participar de algumas reuniões", afirmou Spataro. "Isso apenas muda a maneira como você trabalha”. Ele não quis divulgar uma prévia da receita do software, que em média 600 empresas fizeram testes desde o seu lançamento em março. O Copiloto ainda não foi disponibilizado para todos os usuários.
Bing, mecanismo de busca da Microsoft (Foto: Reprodução/Microsoft/Epoca Negocios)
O Bing Chat Enterprise
A Microsoft, enquanto isso, está indicando para as empresas utilizarem o Bing Chat Enterprise, um bot em seu mecanismo de busca capaz de gerar conteúdo e que é incluso em assinaturas usadas por aproximadamente 160 milhões de funcionários.
Diferente do buscador público Bing, a versão para empresas não armazena nenhuma visualização ou dados do usuário, é o que promete a companhia. O funcionário precisaria fazer login com detalhes de trabalho para receber esses recursos.
Spataro, quando questionado se os usuários do Bing não estão protegidos, informou que a Microsoft deixou suas políticas de privacidade claras e espera ansiosamente levar a IA aos seus usuários. A companhia anunciou também a capacidade de baixar imagens e fazer pesquisas de conteúdos relacionados a elas, assim como permite o Google.
Foto destaque: Logo da Microsoft. Reprodução/New Voice