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Metaverso em debate: pesquisa da 3C Gaming questiona sua relevância atual

Em 2022, o metaverso movimentou bilhões, porém, da mesma forma que se popularizou, também caiu em desuso. A 3C Gaming realizou uma pesquisa para analisá-lo

09 Set 2023 - 09h20 | Atualizado em 09 Set 2023 - 09h20
Metaverso em debate: pesquisa da 3C Gaming questiona sua relevância atual Lorena Bueri

O conceito do metaverso dominou as discussões de tecnologia de 2021 a 2022, impulsionado pela digitalização durante a pandemia e o crescimento de indústrias como a de jogos. No entanto, da mesma forma que se popularizou, também caiu em desuso. Em termos simples, os especialistas afirmam que o metaverso teve um desempenho abaixo do esperado ou falhou. Em 2022, o ecossistema relacionado ao metaverso movimentou mais de US$ 220 bilhões.

A segunda edição da pesquisa Metaverse Scope, conduzida pela 3C Gaming, levanta essa questão ao analisar como o tema é percebido por consultorias, mídia e instituições de pesquisa. No caso das consultorias, o estudo demonstra que elas aprofundaram sua relação com o metaverso através de ações práticas e investimentos. 


Logo da 3C Gaming. (Foto: reprodução/3c.gg)


O estudo observa que na primeira onda, realizada em março de 2022, as consultorias apresentavam uma definição conceitual mostrando os elementos do metaverso. Já na segunda onda, datada de março deste ano, elas discutem o futuro do metaverso, a percepção de valor e as expectativas atuais. Foram analisados artigos e análises de empresas como Accenture, PWC, KPMG, McKinsey, EY e Deloitte.

No caso da mídia e eventos de inovação, o interesse pelo tema diminuiu ao longo dos últimos dois anos. Isso se deu devido à ascensão da inteligência artificial e à falta de adesão nas plataformas de metaverso que utilizam blockchain e realidade virtual.

 

Quatro áreas relevantes

A pesquisa questiona se, nesse contexto, faz sentido continuar dando importância ao tema. O objetivo do mapeamento é identificar quatro grandes áreas de relevância para retomar a discussão de forma concreta e focada. Essas quatro premissas são: presente, expectativas, valor real e plataformas. 

A primeira premissa enfatiza a importância de não considerar a tecnologia como algo utópico no futuro. A segunda premissa sugere observar com atenção as expectativas das pessoas, seguido de uma análise do valor real que essas tecnologias proporcionam. Por fim, é crucial avaliar o trabalho prático das plataformas. O estudo também argumenta que o metaverso continua sendo um conceito relevante porque reúne aspirações essenciais das pessoas: experiência, identidade e propriedade.

 

O que acham os envolvidos 

Paulo Aguiar, CCO da 3C Gaming e idealizador da pesquisa, explicou que as empresas precisam definir e comunicar com mais clareza seu propósito no metaverso. Ele enfatizou que os usuários devem compreender o papel da marca nesse ambiente, que vai além da simples replicação do mundo real. 

Aguiar também destacou a importância de compreender que a experiência no metaverso é mais do que apenas criar um espaço virtual, incluindo considerar a comunidade existente na plataforma, como ativá-la e garantir que a experiência seja completa e motivadora para que as pessoas compartilhem e retornem, semelhante a uma estratégia eficaz de live marketing. Além disso, ele ressaltou a necessidade de compreender as possibilidades técnicas de cada plataforma e como medir os resultados dessa iniciativa ao escolher por qual delas começar ou expandir.

Giovanni Rivetti, CEO da Context, do Grupo Dreamers, explicou que houve uma discrepância entre a narrativa projetada e a realidade no que diz respeito ao metaverso. Ele destacou que o entusiasmo exagerado aumentou as expectativas e acelerou o retorno, mas ao mesmo tempo prejudicou a percepção dos benefícios. Rivetti salientou que, quanto maiores eram as expectativas, mais difícil era ter uma percepção positiva do valor. Em outras palavras, ele mencionou que o foco excessivo na ideia do metaverso criou um desequilíbrio significativo entre o mundo financeiro e empresarial e as empresas de tecnologia em relação à futura geração de receita. 

Ele também apontou que, de certa forma, é irônico que o próprio exagero gerado pelas empresas que promovem o metaverso tenha causado um desgaste irreversível, embora o conceito em si seja poderoso e incontestável. Rivetti afirmou que não há dúvidas sobre as aplicações das tecnologias imersivas e de realidade aumentada em benefício da educação, entretenimento, socialização, trabalho remoto, treinamento, demonstração de diversas categorias de produtos e em muitos outros casos de uso.

Antônia Souza, COO da Lumx, que possui experiência na Meta ao longo de vários anos, destacou a importância de compreender a tecnologia antes de realizar qualquer investimento. Ela observou que, desde o auge do metaverso, muitas marcas tentaram utilizá-lo sem uma compreensão completa do conceito ou sem conduzir estudos para determinar se o público-alvo das ações estava interagindo com esse ambiente. Por outro lado, Antônia mencionou que várias marcas estão adotando uma abordagem oposta ao movimento de fracasso (flop) e estão utilizando a tecnologia para alcançar a geração Z, que tem sido um desafio significativo para os profissionais de marketing atualmente.

 

Foto destaque: Imagem ilustrativa do metaverso. Reprodução/Conexão Algar Telecom.

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