O Facebook e o Instagram poderiam parar de funcionar na União Europeia. É o que diz a informação divulgada em uma seção de relatório anual que a Meta (FB0K34) apresentou à Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários (CMV) dos Estados Unidos.
Meta e suas ramificações. (Foto:Reprodução/DivulgaçãoMeta)
A Meta poderia "ser forçada" a fechar o Facebook e o Instagram na Europa se a troca, coleta e armazenamento de dados dos cidadãos europeus e seu transporte para servidores americanos fossem proibidos pelas novas regras europeias de proteção de privacidade, a regra está no Regulamento Geral de Proteção de Dados (LGPD) da UE.
Em resposta, a controladora do Facebook e do Instagram apresentou o documento de 134 páginas onde descreve as atividades do ano.
Na página 9, indica as "leis e regulamentos em evolução que determinam se, como e em que circunstâncias podemos transferir, processar e/ou receber determinados dados que são críticos para nossas operações, incluindo dados compartilhados entre países ou regiões em que operamos e os dados compartilhados entre nossos produtos e serviços".
Ou seja, para a Meta, as informações sobre os usuários deveriam poder circular livremente de servidores americanos para europeus, e de uma rede social para outra.
Segundo a Meta, se isso mudar, "poderia afetar nossa capacidade de fornecer nossos serviços, a maneira como entregamos nossos serviços ou nossa capacidade de direcionar anúncios, o que pode afetar negativamente nossos resultados financeiros".
Resumindo: se algumas leis de privacidade fossem alteradas, isso poderia afetar a própria "capacidade de fornecer nossos serviços" na União Europeia.
Apesar da ameaça vir de um documento oficial da SEC, muitos europeus não acreditam que a UE irá retirar a Meta do território. Isso acontece porque exitem mais de 300 milhões de usuários registrados no Facebook na Europa, e 150 milhões no instagram.
Além disso, é necessário que os documentos registrados da SEC sejam definidos a investidores, e também devem registrar e levar em conta cenários catastróficos.
Um porta-voz da Meta especifou que: "Não temos absolutamente nenhum desejo e nenhum plano de nos retirar da Europa. Somente que a Meta, como muitas outras empresas, organizações e serviços, depende da transferência de dados entre a UE e os Estados Unidos para oferecer serviços globais. Como outras empresas, para fornecer um serviço global, seguimos as regras europeias e contamos com Cláusulas Contratuais Padrão e medidas adequadas de proteção de dados. As empresas precisam fundamentalmente de regras globais claras para garantir fluxos de dados de longo prazo entre os EUA e a UE e, como mais de 70 outras empresas em uma ampla gama de setores, à medida que a situação evolui, estamos monitorando de perto o impacto potencial em nossa economia europeia. operações".
Foto Destaque: Meta. Reprodução/LightRocket.