Nesta terça-feira (13), a Meta, empresa que controla aplicativos como Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, declarou que permitirá que pesquisadores tenham acesso a um novo modelo de Inteligência Artificial desenvolvido e “semelhante a humano".
A tecnologia do modelo conhecido como I-JEPA analisa uma imagem e completa suas partes que não aparecem, com uma precisão maior que dos modelos que já possuem no mercado. Isso se dá porque o I-JEPA já conta com um conhecimento prévio do nosso mundo e o utiliza para completar a imagem ao invés de levar em consideração apenas os pixels próximos existentes.
Today we're releasing our work on I-JEPA — self-supervised computer vision that learns to understand the world by predicting it. It's the first model based on a component of @ylecun's vision to make AI systems learn and reason like animals and humans.
— Meta AI (@MetaAI) June 13, 2023
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Anúncio de apresentação do modelo I-JEPA pela empresa Meta (Foto: Reprodução/Twitter @MetaAI)
Para um dos empresários mais conhecidos do mundo e presidente executivo do Meta, Mark Zuckerberg, compartilhar os modelos de Inteligência Artificial desenvolvidos pela empresa faz com que as demais ajudem no desenvolvimento da tecnologia, tornando-a cada vez mais barata, acessível e com menos possibilidade de erros, uma vez que encontrarão possíveis lacunas para serem corrigidas e desenvolvidas.
Zuckerberg afirmou para seus investidores: “Para nós, é muito melhor se o setor padronizar as ferramentas básicas que estamos usando, para que possamos aproveitar as melhorias feitas por outros”.
O desenvolvedor de Inteligências Artificiais da empresa Meta, Yann LeCun, defende o modelo mais tecnológico e de forma “mais racional”, porque segundo ele, o I-JEPA consegue fazer algo que as outras IAs não conseguem, ampliar e continuar uma imagem sem erros. Quando completam uma imagem, geralmente os modelos existentes inserem, por exemplo, dedos extras aos personagens.
Enquanto há quem acredite que o desenvolvimento dessa super tecnologia seja algo positivo para todos, outros já conseguem ver lados negativos. Temos alguns desses pontos, a concentração de poder nas mãos de poucas empresas, menos pessoas sendo empregadas e sendo substítuidas por automação, o desenvolvimento de armas autônomas, a manipulação social e politíca por Inteligência Artificial, vazamento de dados e privacidade, entre outros problemas que podem surgir com a tecnologia.
Mas mesmo com o alerta desses riscos por outros setores, os executivos da empresa Meta vêm ignorando os perigos em se desenvolver algo tão tecnológico e próximo da racionalidade humana.
Foto destaque: Mão robótica indo de encontro à mão humana. Reprodução/Rawpixel.com/Freepink