A Meta Platforms, dona do Facebook, concordou em adiar a conclusão da aquisição da Within Unlimited, produtora do popular aplicativo de fitness “Supernatural”, de acordo com um processo judicial. A FTC, Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, entrou com uma ação para impedir o acordo em julho e pediu a um juiz do tribunal federal de São Francisco uma ordem de restrição temporária impedindo as empresas de fechar o acordo.
Em um processo conjunto na última quinta-feira, a Meta concordou em não fechar até as 23h59 de 31 de dezembro ou até o primeiro dia útil após o juiz decidir se o caso pode prosseguir. A FTC, que votou por 3 a 2 sobre a abertura do processo, chamou o Facebook de "gigante da tecnologia global", observando sua propriedade de aplicativos populares como Instagram, Messenger e WhatsApp, e disse que sua "campanha para conquistar a realidade virtual" começou em 2014, quando adquiriu a Oculus, uma fabricante de headsets de realidade virtual.
Na época do processo da FTC, o Facebook, que concordou em comprar a Within em outubro de 2021 por uma quantia não revelada, disse que o caso era baseado em “ideologia e especulação, não em evidências”. A Comissão Federal de Comércio dos EUA argumentou em sua reclamação que a aquisição planejada era uma maneira de a Meta dominar a realidade virtual.
No final de julho, a Meta relatou uma queda na receita trimestral pela primeira vez. (Foto: Reprodução/Carlos Barria/Reuters)
A Meta Platforms já possui o headset de realidade virtual mais vendido, o Quest 2, e controla a Meta Quest Store, que possui centenas de aplicativos. Fundada em 2014, a Within se descreve como "o principal destino para a realidade virtual cinematográfica", criando conteúdo original para realidade virtual.
Na última quinta-feira (04), a Meta anunciou que fará sua primeira oferta de títulos, em um momento em que a empresa de mídia social está fazendo investimentos expressivos para financiar seus projetos de metaverso. A dona do Facebook não divulgou o valor da oferta, mas afirmou que usaria os recursos para despesas de capital, recompras de ações, aquisições ou investimentos. A Meta está entre as empresas de tecnologia com maior valor de mercado e é a única que não tem dívidas em seus registros contábeis.
Foto destaque: A Meta afirmou que o negócio não será concluído até o fim do ano ou até o primeiro dia útil após a Justiça decidir se a transação pode ir adiante. Reprodução/Arnd Wiegmann/Reuters