Cientistas britânicos criaram um programa de Inteligência Artificial (IA), que possibilita o auxílio da prevenção do câncer de mama triplo negativo.
A tecnologia analisa os gânglios linfáticos, as chances de crescimento do câncer, prevê a velocidade em que ele irá se espalhar e sua capacidade imune. Dessa forma, os médicos poderão entender desde a descoberta do câncer de mama triplo negativo da paciente qual o quadro que se encontra, qual o tipo de tratamento mais adequado para cada caso e sua resposta à imunidade.
O câncer de mama triplo negativo é o modelo de câncer mais invasivo, com crescimento acelerado pelo corpo. Além disso, possui o pior diagnóstico e sem muitas opções para o tratamento do paciente. Sua incidência é, em sua maioria, entre mulheres com menos de 40 anos de idade, negras e latinas.
Segundo a líder da pesquisa no King’s College London, Anita Grigoriadis: “Ao demonstrar que as alterações nos linfonodos podem prever se o câncer de mama triplo negativo se espalhará, construímos nosso crescente conhecimento sobre o importante papel que a resposta imune pode desempenhar na compreensão do prognóstico de um paciente”.
Em outra entrevista, Anita Grigoriadis contou um pouco sobre como foi a descoberta: “Quando olhamos para muitos gânglios linfáticos de muitos pacientes vimos que certas características parecem ser um sinal de que a paciente de alguma forma tem a capacidade de adiar o desenvolvimento do câncer em outros órgãos por mais tempo”.
Ilustração de uma célula cancerígena sendo captada por sistema de Inteligência (Foto: Reprodução/BBCNews)
Para chegar ao resultado atual do software de IA, os pesquisadores fizeram testes em mais de 5.000 gânglios linfáticos que foram doados por 345 pacientes para o biobanco. Com os testes finalizados, os cientistas aguardam que o programa seja testado em ensaios clínicos.
Para o diretor da pesquisa Simon Vincent, o programa poderá ajudar a salvar muitas vidas, uma vez que possibilitará que as mulheres tenham tratamentos personalizados que levam em consideração a possibilidade do aumento do câncer de mama.
Foto destaque: Médica avaliando mamofrafia. Reprodução/Pfizer